X-Men: 7 coisas que a série animada clássica dos anos 90 fez melhor que os filmes
X-Men: 7 coisas que a série animada clássica dos anos 90 fez melhor que os filmes
Com seu revival já disponível no Disney+, a série animada dos X-Men foi um marco para a equipe fora dos quadrinhos!
Em outubro de 1992, chegava às televisões norte-americanas a primeira “grande” versão dos Filhos do Átomo fora dos quadrinhos. Em X-Men: A Série Animada, conhecemos a equipe e seus principais integrantes, em batalhas incessantes com Magneto, Mística, Senhor Sinistro e todo tipo de vilão imaginável. E até hoje, há quem considere a série a melhor adaptação da equipe para outra mídia.
Isso trouxe comparações diretas com os filmes produzidos pela Fox, lançados de 2000 ao finalzinho da década passada – obras que ajudaram a moldar o gênero dos super-heróis como conhecemos hoje, mas que também não foram totalmente poupadas de críticas por fãs da equipe mutante. Pensando nisso, reunimos aqui 7 coisas que X-Men: A Série Animada fez melhor que os filmes da Fox!
Um "ponto de entrada" para a franquia
X-Men: A Série Animada começa quando Jubileu, ao ser caçada por robôs poderosíssimos conhecidos como Sentinelas, é salva pelos X-Men - e logo em seguida, a mutante é recrutada para a equipe. Nesse sentido, a heroína serve como um "ponto de entrada" dos fãs para a franquia, coisa que se repetiria anos depois - mas dessa vez, com a Vampira no primeiro filme dos X-Men.
A diferença é que, enquanto Jubileu é celebrada e se torna parte da "família" na série animada, Vampira logo é escanteada e o "ponto de entrada" acaba se tornando o Wolverine, que tem uma personalidade muito mais esquiva e solitária. Então, conhecemos pouco da equipe e sua história - algo que foi um pouco melhorado na segunda saga da franquia, com Primeira Classe - e os filmes deixam a desejar como essa exploração dos X-Men por alguém "de fora".
Trajes e caracterizações
Quando o primeiro filme dos X-Men chegou aos cinemas em 2000, toda a cultura pop estava em busca de uma percepção mais realista, motivada, em grande parte, pelos avanços da computação gráfica e da filmagem digital. Por isso, a trilogia original deixou de lado toda a estética "colorida" das HQs e investiu em trajes sóbrios e táticos, os clássicos uniformes de couro.
Acontece que, com o passar dos anos, a Fox não soube abrir mão das ideias sisudas e apostar em algo mais próximo dos quadrinhos, com trajes mais fiéis e cheios de cor. Felizmente, em X-Men: A Série Animada, isso nunca foi um problema - ainda mais se considerarmos que as animações se mantinham (e se mantém até hoje) mais distantes dessa busca por um realismo perfeito.
Todo mundo tem destaque
Pergunte para qualquer fã dos quadrinhos dos X-Men qual o maior dos problemas das adaptações cinematográficas da equipe, e muitos vão dizer que o protagonismo do Wolverine ofusca todos os outros personagens. Se, por um lado, Hugh Jackman conseguiu fazer a versão definitiva do Carcaju Canadense, por outro, outros mutantes nunca tiveram destaque.
E isso, felizmente, não acontece com X-Men: A Série Animada. Embora tenhamos vários personagens (e muitas participações especiais ao longo das temporadas), todos em tela têm sua própria chance de brilhar - algo que tem sido mantido gloriosamente por X-Men '97. Do Ciclope ao Gambit e à própria Jubileu, todos têm arcos dramáticos e sequências explosivas.
O triângulo amoroso
Falar de X-Men sem citar toda a tensão sexual e o triângulo amoroso de Jean Grey com Ciclope e Wolverine é quase um sacrilégio, afinal, o drama humano e novelesco sempre fez parte das histórias da equipe. Mas, no cinema, esse drama ganhou ainda mais espaço, graças ao protagonismo do Wolverine ao longo da trilogia original.
E quando seu oponente é Hugh Jackman, você simplesmente não tem a menor chance. O Ciclope nunca foi bem desenvolvido - tanto como herói quanto como personagem "humano" - a ponto de nos fazer torcer por ele. O mesmo não pode ser dito sobre a série animada, onde o drama romântico é imprevisível e a "disputa" pelo coração de Jean Grey é bem mais acirrada.
Vilões (além do Magneto)
Em 2000, Ian McKellen assumia o manto de Magneto nos filmes dos X-Men, e fazia história com sua representação trágica e dramática do vilão. Anos depois, Michael Fassbender assumiria o papel, adicionando um olhar mais jovem - mas não menos potente e grandioso - para o Mestre do Magnetismo. Porém, pergunte outro vilão da franquia e ninguém lembra.
Claro, temos a Mística que, pelo menos na trilogia original, era uma vilã, ou até mesmo a Fênix Negra (e suas duas adaptações questionáveis). Os filmes nunca conseguiram fazer antagonistas memoráveis, coisa que a série animada nunca dispensou - desde os Sentinelas que permeiam a trama ao maligno Senhor Sinistro e até mesmo o Apocalipse, que ganha uma versão muito mais robusto que a interpretada por Oscar Isaac.
Sagas e arcos das HQs
Por conta de sua estrutura episódica e por ter menos restrições orçamentárias que os filmes (devido à mídia da animação), X-Men: A Série Animada é um exemplo fascinante de como adaptar arcos e sagas dos quadrinhos, e não só por seu nível de fidelidade, mas também por saber modificar os elementos das HQs sem tirar sua essência.
Nesse sentido, enquanto os filmes da Fox tentaram (e falharam) duas vezes adaptar a Saga da Fênix Negra, a série animada já havia feito a narrativa de uma maneira completa e brilhante em sua terceira temporada. Outras HQs marcantes da equipe, como Dias de um Futuro Esquecido e até a trama da ascensão de Apocalipse também funcionam melhor no desenho.
Uma grande família mutante
Quem acompanha os X-Men nos quadrinhos sabe que os heróis sempre atuaram como uma escola e como uma família, às vezes com o lado "heroico" da coisa sendo colocado em segundo plano. No entanto, os filmes da Fox, embora sempre tenham mostrado os Filhos do Átomo como heróis em uma escola especial, nunca construíram o senso de família vindo das HQs.
Por outro lado, X-Men: A Série Animada sempre tocou muito forte nessa ligação entre os personagens, desde seu primeiro episódio. Isso fica evidente na relação estabelecida pelos heróis com Jubileu - sobretudo Wolverine e Tempestade, que soa quase paternal - bem como as interações muito fraternais entre Tempestade e Jean Grey ou Wolverine e Morfo.