Com a premissa simples, o episódio já começa recriando algumas cenas de Homem de Ferro, alterando significativamente os eventos que levariam Tony Stark a virar um dos maiores heróis do Universo Cinematográfico da Marvel. Aqui, ele é rapidamente salvo por Killmonger.

Isso acaba "comprometendo" toda a franquia do herói - e o episódio mostra claramente como o filme é subvertido, uma vez que Tony Stark nunca aprende a ser uma "pessoa melhor" e ainda acaba trazendo Killmonger para perto de si, sem saber dos propósitos malignos desse aliado.

Já nos primeiros minutos, vemos vários personagens importantes para a saga do Homem de Ferro, como Pepper Potts, Happy Hogan e James Rhodes. Porém, uma figura bem divertida que aparece por pouco tempo é Christine Everhart, uma jornalista.

Caso vocês não se lembrem, Christine tinha uma relação de amor e ódio com Tony Stark. Os dois chegaram a ter um breve affair romântico, mas não passou disso. Eventualmente, Christine fazia várias matérias e reportagens tentando expor o "verdadeiro lado" de Stark ao mundo.

A grande estrela do episódio é, no entanto, Erik Killmonger, um dos vilões mais complexos do Universo Cinematográfico da Marvel e que fez sua estreia em Pantera Negra, só em 2018. O episódio imagina o que aconteceria se ele tivesse dado as caras dez anos antes.

Após salvar Stark, Killmonger acaba se tornando um dos grandes aliados do bilionário, mesmo que tenha seus próprios planos sombrios correndo em segredo. Eventualmente, tudo isso não passa de um plano para retornar para seu lar, Wakanda.

Durante o episódio, Killmonger acaba dando a Tony Stark os planos para construir um exército de drones inteligentes - e isso acaba lembrando bastante o plot de Homem de Ferro 2, já que os vilões do filme fazem exatamente isso com a tecnologia de Justin Hammer.

Contudo, o que chama atenção aqui é o visual - há inclusive uma menção de que os robôs parecem saídos de Gundam. O próprio Killmonger diz que é "fã de animes" - e isso é uma referência ao ator que dá vida ao antagonista, já que Michael B. Jordan é apaixonado por mangás e animes.

Quem também aparece no episódio é Ulysses Klaue, o mercenário que foi apresentado pela primeira vez em Vingadores: Era de Ultron e depois retornou para cometer mais crimes em Pantera Negra. Aqui, o vilão tem um papel parecido com o de Pantera Negra, aliando-se a Killmonger.

Contudo, a cena em que ele aparece pela primeira vez é bem similar à cena de Vingadores: Era de Ultron, já que ele está vendendo sua própria carga contrabandeada de vibranium - o que inclui uma lança pertencente às Dora Milaje.

Mesmo se passando cronologicamente muito tempo "antes" de Pantera Negra, o episódio mostra que T'Challa já está agindo como Pantera Negra mundo afora, fazendo as missões para as quais é designado. E é em uma dessas que ele acaba dando de cara com Killmonger.

O personagem aparece (mais uma vez dublado por Chadwick Boseman) e acaba morrendo pelas mãos de seu primo - que inclusive, usa uma arma de som muito parecida com o protótipo usado por Obadiah Stane no primeiro filme do Homem de Ferro, para paralisar Tony Stark.

Falando nessa arma sonora, precisamos trazer a cena que acontece pouco depois do assassinato de T'Challa e James Rhodes. A cena em si traz o primeiro confronto entre Tony Stark e Killmonger, e acaba quando o vilão usa a lança roubada de Klaue para matar o bilionário.

À primeira vista, parece ser uma cena normal. No entanto, quando olhamos mais atentamente, ela é muito parecida com a cena em que Tony Stark é traído por Obadiah Stane, que chega por trás e usa o dispositivo sonoro para paralisar Tony e roubar seu Reator Arc.

Um personagem de outra franquia que também aparece para dar as caras é Thaddeus "Thunderbolt" Ross, um tenente-general do Exército Norte-Americano, que por sua vez foi apresentado em O Incrível Hulk. Aqui, ele aparece após a morte de Stark, para dar continuidade aos seus projetos.

O personagem tem aparecido bastante no MCU desde Capitão América: Guerra Civil, filme que marcou seu "retorno" para a franquia após anos desaparecido. E pelo visto, mesmo em um universo paralelo, ele continua sendo o militar rígido que tem um senso peculiar de ética e moral.

O segundo filme que o episódio subverte completamente é Pantera Negra, o longa solo do Rei de Wakanda que foi lançado em 2018 e se passa em 2016. Contudo, como o episódio volta até 2008, tudo isso aconteceu oito anos antes, e é por isso que Shuri ainda é uma criança.

Aqui, vemos como o assassinato de T'Challa abriu as portas para que Killmonger pudesse se infiltrar em Wakanda. E em vez de criar uma guerra interna, ele forja um ataque externo ao levar os drones de Stark para o país, mas eventualmente tudo é resolvido e ele se torna um "herói" da nação.

No fim, o episódio acaba com Killmonger conquistando a confiança e a admiração de T'Chaka, o pai de T'Challa e Shuri. Ele então é presenteado com a Erva Coração, a planta que cresce em Wakanda e confere "poderes" ao Pantera Negra.

Porém, ao usar a erva, ele acaba indo parar no Mundo Espiritual que já havia sido introduzido no primeiro Pantera Negra. Lá, ele reencontra T'Challa, que fala sobre como ele é um impostor e como ele só acredita na violência. É uma cena bem interessante, levando em conta seu contexto.

E o contexto basicamente é: agora, Killmonger foi oficializado como o novo Pantera Negra de Wakanda. Em vez de "usurpar" o trono como fez no filme do herói (na verdade, ele assumiu o trono legitimamente através do duelo), ele é chamado pelo próprio Rei de Wakanda para ser seu sucessor.

Curiosamente, seu traje é o mesmo que ele usa no filme solo do herói - com direito a vários detalhes dourados e uma "estampa" de onça. Resta saber se, nesse universo, ele continuaria sendo um herói e como os Vingadores iriam derrotar Thanos sem o Homem de Ferro,

Bem no fim do episódio, quando Shuri vai atrás de Pepper Potts para oferecer ajuda, podemos ver um quadro com os seguintes dizeres: "Você pode vingar Tony Stark. A conexão é óbvia e imediata, já que os Vingadores são peças cruciais do Universo Cinematográfico da Marvel.

Contudo, é importante ressaltar que, nesse universo, Tony Stark nunca se tornou o Homem de Ferro e, portanto, nunca teria feito parte dos Vingadores, mesmo se tivesse sobrevivido às mãos de Killmonger. Ainda assim, é uma referência divertida e que liga alguns pontos.