Todos os vilões do Universo Cinematográfico DC, do pior ao melhor

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Todos os vilões do Universo Cinematográfico DC, do pior ao melhor

Por Raphael Martins

Com nove filmes até o momento, o DCEU – Universo Estendido da DC – deu uma nova roupagem a heróis consagrados, os estabelecendo pela primeira vez nos cinemas em um mesmo mundo. Mas estes heróis não seriam nada sem seus respectivos vilões, que estão lá tanto para darem trabalho quanto para fazê-los crescer como personagens, além de nos brindarem com grandes lutas, é claro.

Nesta lista, encaramos o desafio de rankear todos eles, do mais mal aproveitado ao melhor até o momento. Ah, e não vamos contar com os personagens de Esquadrão Suicida, apenas com os principais antagonistas de cada filme, ok? Dito isso, vamos lá!

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Coringa

Começando pelo mais malfalado e subutilizado de todos os vilões apresentados no DCEU até o momento: o Coringa, interpretado por um afetadíssimo Jared Leto, que tem tão pouca importância em O Esquadrão Suicida que a história do filme teria acontecido de boa sem ele estar lá. A impressão que fica é que ele foi confirmado apenas para mexer com as expectativas do público e nada mais.

Com pouquíssimas cenas, o Coringa é praticamente um figurante de luxo, aparecendo muito mais em flashbacks para apresentar a Arlequina e tendo zero relevância no grande esquema das coisas. Mais sorte para ele no Snydercut...

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Lobo da Estepe

Mal animado, mal explorado e malfadado, o Lobo da Estepe nunca foi um vilão digno da Liga da Justiça nem nos quadrinhos, quem dirá para ser o principal antagonista do primeiro filme do supergrupo. Com uma motivação rasa, ele em nenhum momento passa a sensação de intimidação que um vilão precisaria passar em um filme-evento deste tipo.

Segundo Zack Snyder, o personagem foi severamente modificado após seu afastamento do projeto, inclusive visualmente, o que teria reduzido sua importância e se afastado da intenção original do diretor. Será? Descobriremos em breve, quando Zack Snyder's Justice League chegar ao HBO Max.

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Magia

Não foi apenas o Coringa que sofreu em Esquadrão Suicida. Assim como ele, Magia (Cara Delevingne) também era muito glamour e pouco conteúdo, não dizendo a que veio em momento algum do filme.

A personagem está no filme para ser o braço direito do verdadeiro vilão, Incubus, que consegue ser ainda mais malfeito que o Lobo da Estepe de Liga da Justiça, e faz pouca coisa além de expressões corporais exageradas, apesar de ter apresentado elementos interessantes de horror fantástico. Uma pena.

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Apocalipse

Alguns diriam que Zack Snyder foi apressado ao apresentar o Apocalipse logo no segundo filme do DCEU, Batman vs Superman. E não estariam tão errados: a adição do vilão que matou o homem de aço nos quadrinhos parece, além de apressada, um tanto fora do lugar.

Fruto de experimentos genéticos envolvendo o sangue de Lex Luthor (Jesse Eisenberg) e o corpo do General Zod (Michael Shannon), esta versão do Apocalipse tem até alguns conceitos interessantes, como o fato de ir evoluindo e mudando de forma a medida que absorve mais energia, mas ter sido relegado a uma mera arma de Lex no fim do filme, além de seu visual nem um pouco convincente, minaram o potencial do vilão.

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Lex Luthor

Apresentado no DCEU em Batman vs. Superman: A Origem da Justiça, o Lex Luthor de Jesse Eisenberg é jovem, ardiloso e inteligente, mas sem o charme de suas versões anteriores, performadas pelos incríveis Gene Hackman, Kevin Spacey e Michael Rosenbaum.

Seus trejeitos exagerados e sua falta de uma motivação mais profunda, que nunca vai além de destruir o Superman só "porque sim", não o ajudaram a convencer o público de que ele poderia sim ser uma ameaça cada vez maior dentro daquele universo. O personagem nunca mais deu as caras, e ao que tudo indica, deve continuar assim.

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Maxwell Lord

O Maxwell Lord de Mulher-Maravilha 1984 não poderia ser mais diferente de sua contraparte dos quadrinhos. Enquanto que nas páginas ele é um vilão manipulador com poderes de controle mental, no filme ele não passa de um vendedor de sonhos manipulado por seu próprio poder, mais uma vítima das circunstâncias impossíveis na qual se encontra do que um vilão propriamente dito.

Pedro Pascal fez o melhor que pode com o personagem e por vezes você até chega a torcer por ele, mas este sentimento logo acaba conforme a bola de neve mística na qual ele se envolveu vai ficando cada vez maior, culminando com um final um tanto quanto aquém do esperado para o personagem.

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Mulher-Leopardo

Mulher-Maravilha 1984 tem seus problemas, e um deles tem nome: Mulher-Leopardo. A vilã clássica dos quadrinhos da heroína amazona, vivida no filme por Kristen Wiig, começa sua jornada de forma interessante, mas a justificativa para ela ter se tornado uma vilã e ter "perdido sua humanidade" não poderia ser pior.

Em nenhum momento ela tem uma motivação clara para ter ido para o caminho do mal, nenhum trauma pesado, acontecimento traumático ou grande decepção, ela simplesmente é vítima de seu próprio desejo, algo explicado com apenas uma linha de diálogo. E o visual final também não era lá uma grande ajuda.

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Máscara Negra

Máscara Negra, o vilão de Aves de Rapina interpretado pelo ex-jedi Ewan McGregor, é um dos acertos do longa. Totalmente à vontade no papel, o personagem chega a ser por vezes realmente assustador, com suas constantes mudanças de humor, a maneira como trata o ato da matança como algo corriqueiro ou como quando força uma mulher a dançar sem roupa e abusa dela.

Em um filme carregado de humor, ele é um bom contraponto, ainda que ele também tenha seus momentos mais descontraídos. Além disso, ele também funciona como um avatar do próprio machismo tóxico, o que só nos faz odiá-lo ainda mais. E um vilão odiado é um vilão que funciona.

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Doutor Silvana

O Doutor Silvana é mais um vilão clássico dos quadrinhos a ganhar uma versão atualizada no cinema. Em Shazam!, ele tem poderes místicos, controlando os sete pecados captais e absorvendo sua energia maligna para se vingar de sua família e realizar suas ambições.

O filme mostra tanto Silvana quanto Billy Batson (Asher Angel) do ponto de vista de suas infâncias, traçando um paralelo interessante entre os dois e dando a entender que, caso não tivesse sido criado sob as mesmas circunstâncias, Billy poderia muito bem ter se tornado como ele. Ponto também para a atuação do sempre competente Mark Strong.

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Ares

O deus grego da guerra, Ares (David Thewlis), é um velho inimigo da Mulher-Maravilha (Gal Gadot) nos quadrinhos e serviu como principal antagonista de seu primeiro filme. Contudo, mesmo com todo seu poder, ele não estava lá para ser o mal definitivo a ser derrotado, e sim para mostrar à heroína e ao público que os humanos não precisam de influências externas para matarem uns aos outros. E por isso ele é mais importante para o desenvolvimento de Diana do que qualquer outro inimigo que ela pudesse derrotar só na base da força bruta.

A força de Ares no filme está em seu poder de manipular à todos, testando até mesmo a fé de Diana em si mesma e na humanidade ao compreender que não pode derrotá-la num confronto direto.

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Arraia Negra

Com um visual impressionante que conseguia tanto ser fiel aos quadrinhos quanto vistoso nas telas, o Arraia Negra é um dos vilões mais legais do DCEU. Sua motivação pode não ser das mais originais: ele é um pirata que quer vingança pela morte do pai. Mas isso é compensado com desenvolvimento de personagem, grandes cenas de combate e a ainda melhor atuação de Yahya Abdul-Mateen II.

O Arraia Negra exala ameaça sempre que aparece na tela, roubando a cena e entregando aos fãs o vilão implacável, habilidoso e letal que eles queriam ver. E ao que parece, ele retornará no futuro, ainda mais perigoso.

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Doutora Veneno

Se Ares representava o conflito, a Doutora Veneno (Elena Anaya) representa os horrores da guerra e suas consequências, tanto físicas quanto psicológicas. Embora não fosse a principal antagonista de Mulher-Maravilha, ela impressionava pelo visual, que aliado a uma boa motivação, deixou a personagem ainda melhor.

A cena em que ela perde sua máscara e fica totalmente à mercê da heroína, mostrando toda a fragilidade e vulnerabilidade de um ser humano distorcido pela guerra, é particularmente dolorosa de se assistir. Mais ainda quando a vemos do ponto de vista de Diana, que passou pelo choque de compreender que tanto homens quanto mulheres podem escolher o caminho do mal de livre e espontânea vontade.

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General Zod

General Zod foi o primeiro grande vilão do DCEU, introduzido em O Homem de Aço, filme que deu o pontapé inicial em tudo. Mas não era seu grande poder ou histórico de batalhas que o tornava um bom antagonista, e sim sua motivação.

As ações de Zod, nas palavras dele próprio, não eram movidas por crueldade, ambição ou maldade pura e simples, e sim pela sobrevivência de seu povo, o qual amava de todo coração. Ainda que este amor seja "fabricado", afinal, os kryptonianos nasciam com uma "programação" imposta a eles.

Michael Shannon fez um grande trabalho neste filme, entregando um Zod ainda melhor que o de Terrance Stamp em Superman II.

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Mestre do Oceano

Nunca fica claro em Aquaman se Orm, o Mestre do Oceano (Patrick Wilson) quer poder só pelo poder, se ele realmente acredita na causa pela qual luta ou os dois. E é exatamente por isso que ele é um excelente vilão.

Seus planos fazem sentido e suas motivações são claras ao ponto de que até dá para concordar com ele: o povo da superfície ataca diretamente o seu com poluição e morte, então o que há de errado em revidar? Se a humanidade não o fizesse, será que ele precisaria se tornar o vilão da história? Ao mesmo tempo em que é 100% leal a Atlântida e sua proteção, ele não tem problema nenhum em matar um dos seus, e esta dualidade é sempre bem vinda em filmes de super-heróis.

O Mestre do Oceano é um exemplo fascinante de vilão, que nos faz questionar a nós mesmos e por vezes nos deixa sem resposta diante de seus argumentos. E o melhor: ele não morre no filme, então pode muito bem voltar para mais no futuro.