Goku foi encontrado ainda muito pequeno pelo bondoso Son Gohan, que lhe criou e lhe deu seu nome. Mas o que nem ele nem os espectadores de Dragon Ball sabiam nessa época é que o garotinho era na verdade um saiyajin, vindo de um planeta distante.

No planeta Vegeta, o garoto foi batizado como Kakarotto, mas isso você já sabe. O que um fã mais leigo pode não saber é que este nome é uma brincadeira com a palavra "Carrot", ou "cenoura" em inglês. E que batizar meninos com nome de comida é uma prática comum entre os saiyajins.

Vegeta, por exemplo, vem de "vegetal", enquanto Raditz vem de "Radish", ou "rabanete". Broly também não escapou: seu nome vem de "broccoli", ou "brócolis".

No planeta Vegeta, só os fortes conseguem prosperar. A sociedade saiyajin é dividida por castas, e quem tem mais poder está no topo. Goku não nasceu com tanta sorte.

Vindo de uma família comum (para os padrões daquela sociedade), era considerado um guerreiro de classe baixa, não impressionando em nada quando seu poder de luta foi medido ainda bebê. O destino dele era, assim como seu pai, servir como um soldado qualquer no campo de batalha, conquistando planetas e os vendendo para quem pagar mais.

Vegeta, ao contrário, era o príncipe de sua raça e nasceu com uma capacidade de luta incrível. Mas com o treinamento certo e o coração no lugar, Goku conseguiu superá-lo em todos os quesitos, se tornando o mais forte dos dois e provando isso a cada nova batalha.

Os Saiyajins são uma raça guerreira que se orgulha de sua força, mostrando isso no campo de batalha. O pai de Goku, Bardock, era um grande guerreiro, sempre cumprindo suas missões. O mesmo não podia ser dito de Gine, sua mãe, que tinha pouca ou nenhuma capacidade de luta, sendo ostracizada entre seu próprio povo por este motivo.

Apesar disso, os dois se amavam muito, o que por si só já contraria outro grande costume entre os saiyajins, que era o de se relacionarem apenas para fins de procriação e depois cada um seguia seu rumo.

A história de Bardock foi contada duas vezes: uma no OVA O Pai de Goku, de 1990, e outra em Dragon Ball: Episode of Bardock, lançado em 2011. Já a mãe de Goku apareceu em anime uma única vez, durante o primeiro ato do filme Dragon Ball Super: Broly, de 2018.

Goku não se vê como um herói. E nem deveria, já que muitas de suas atitudes não são lá muito heróicas e ele é movido mais pelo desejo de lutar do que por altruísmo puro e simples. Mas um vilão... isso ele poderia ter sido.

Goku foi mandado à Terra por seus pais como um refugiado, mas no papel, a missão dele era escravizar nosso planeta. E talvez ele realmente tivesse feito isso, já que quando Son Gohan o encontrou, ele era rebelde, hostil e extremamente agressivo, mudando completamente apenas depois de cair de cabeça e sofrer uma concussão.

Se não tivesse batido a cabeça e mudado da água pro vinho, é possível que Goku tivesse crescido como um vilão, no melhor estilo Brightburn. Eita!

Goku é uma pessoa de índole bondosa e inocente, sendo dono de uma alma pura e límpida como a nascente de um rio. E é exatamente por não entender a malícia do mundo que ele acabou entrando nas mais diferentes enrascadas, especialmente na primeira série de anime.

Quando era criança, Goku conheceu ChiChi, e manipulado pela garota, fez com que ele a prometesse em casamento. Anos mais tarde, ela voltou e fez ele cumprir com o que prometeu, mas não do jeito que ela esperava.

Atônito, o saiyajin disse que na época achava que casamento era algum tipo de comida exótica e que só topou porque estava com muita fome na hora! Mas mesmo assim, ele não fugiu da raia e casou com ChiChi, que não parece decepcionar na hora de cozinhar aquela refeição da hora.

Criança alienígena nascida em um planeta distante e à beira da destruição é mandada pelos pais para a Terra, onde cresce em um lugar pacato e tranquilo para um dia se tornar nosso maior herói. Se essa história de origem parece muito com a de um certo personagem que ostenta um enorme S no peito, não é por acaso.

A origem de Goku foi claramente inspirada na do Superman, e o mangaká Akira Toriyama nunca fez muita questão de esconder isso. Na verdade, ele já havia brincado com o homem de aço antes, criando uma paródia do personagem em outro mangá de sucesso, Dr. Slump.

Tanto na versão japonesa do anime quanto na brasileira, Goku tem uma voz marcante. No Brasil, o personagem é dublado de forma magistral por Wendel Bezerra desde 1999, quando Dragon Ball Z estreou por aqui.

A voz do personagem criança em Dragon Ball teve duas versões brasileiras: na primeira dublagem, feita no estúdio Gota Mágica, ele foi dublado por Noeli Santisteban. Já na segunda dublagem, essa mais conhecida, ele tinha a voz de Úrsula Bezerra, irmã do dublador que faz a voz do personagem adulto.

No Japão, Goku é dublado desde 1986 pela dubladora veterana Masako Nozawa, que também deu sua voz para Gohan, Goten e Bardock.

Vegeta sempre se orgulhou de ser o príncipe de seu povo, algo que ele não cansa de bradar aos quatro ventos desde sempre. Mas ele não é o único saiyajin na Terra com um título de realeza.

ChiChi, a esposa de Goku, é filha do Rei Cutelo, que como o próprio nome diz, é um rei, cujo reino se resume à Montanha de Fogo e cercanias, mas ainda assim, um rei, o que faz de ChiChi uma princesa.

Sendo assim, Goku é o príncipe da Montanha de Fogo, e embora isso não signifique praticamente nada, não deixa de ser um título real.

Vocês já pararam para pensar quantos anos o Goku tem? Essa é uma pergunta capciosa, principalmente porque os saiyajins não envelhecem como nós humanos, podendo viver muitos anos além de nossa expectativa de vida mais otimista.

Goku foi descoberto por Bulma no Monte Paozu aos 11 anos, e aos 18 derrotou Piccolo no torneio de artes marciais. Aos 23 anos, ele já era pai de Gohan, mas a morte dele após a luta contra Raditz deixa tudo um pouco mais confuso: ele passa um ano morto, e quando volta, ele está com 23 anos fisicamente, mas cronologicamente, ele tem 24.

Quando chegamos em Dragon Ball Super, Goku tem 31 anos fisicamente, mas 38 cronologicamente, uma vez que ele permaneceu 7 anos morto depois de se sacrificar para matar Cell. Santo aniversário caótico, Batman!