Dentro da magia dos quadrinhos antigos, temos o Batman Arco-Íris. O traje só foi usado em uma única edição, Detective Comics #24, de 1957, sendo o último traje bizarro de uma HQ cheia de escolhas questionáveis de Bruce Wayne.

Na HQ, Dick Grayson acaba sofrendo um acidente ao salvar uma garota de um atropelamento. O caso vira notícia e logo ele está estampando todas as capas de jornais de Gotham.

É então que, sem maiores explicações, vemos Batman usando trajes coloridos para enfrentar os bandidos. Começa com vermelho, depois é azul, laranja, amarelo, verde e roxo. Até que, por fim, ele adota o traje de arco-íris.

Quando finalmente Alfred exige uma explicação, Bruce explica que ficou com medo de Dick ser reconhecido como Robin, já que seu ferimento havia sido bem noticiado. Por esse motivo, ele fez questão de chamar ainda mais atenção, fazendo com que ninguém reparasse no garoto.

Um ano depois, em 1958, surgiu Batman de Zur-En-Arrh, uma versão alternativa (e alienígena) do herói, que na década de 2000 acabou sofrendo retcon e sendo transformada em uma personalidade alternativa mais violenta de Bruce.

Originalmente, em Batman #113, o Bruce da Terra acaba sendo teletransportado para o planeta Tiano. Lá ele encontra um cientista que atuava como o Batman e tinha poderes por sua condição alienígena, A HQ mostra a boa relação entre eles, que unem forças para derrotar alguns inimigos.

Anos mais tarde, porém, em Batman #655, é dito que Bruce possuí “Zur-En-Arrh” como uma personalidade “reserva” que assumiria o controle caso ele fosse alvo de uma tentativa de controle mental. Com isso, uma nova personalidade assumia controle da psiquê do herói, sendo bem mais implacável e cruel, chegando a torturar e quase matar seus inimigos. Zur-En-Arrh se descreve como o Batman, caso Bruce não fosse parte da história.

Nas duas versões, porém, ele utiliza o mesmo visual. Uma combinação de peitoral e calça vermelha, mangas e cinto na cor amarela, e, por fim, capuz, capa e luvas em um brilhante tom de roxo. O resultado é algo que chama a atenção e serve como um grande sinal de perigo -- exatamente o que o personagem deseja.

Nos anos 1960, durante Detective Comics #275, Batman acabou enfrentando um vilão chamado Homem-Zebra, capaz de controlar os polos magnéticos através de um aparelho que ele mesmo inventou. Contudo, ao canalizar essa habilidade, seu corpo era coberto por listras pretas e brancas (motivo pelo qual ele adotou Zebra como codinome).

Conforme a história avança, Batman acaba sendo afetado pelo equipamento do vilão e, com isso, acaba com seu visual bizarro. Da cabeça aos pés -- exceto por seu cinto de utilidades, por algum motivo -- o herói acaba listrado.

É claro que esse traje não foi exatamente algo criado pelo herói, nem mesmo resultado de uma versão alternativa, mas ficou marcado na mente de muitos como uma das fantasias mais bizarras do personagem.

Quando Bruce Wayne teve sua coluna quebrada por Bane, o vigilante Jean-Paul Valley, mais conhecido como Azrael, assumiu o posto de Batman.

Em Batman: A Queda do Morcego, de 1993, Bruce escolheu Valley como seu substituto, acreditando que ele era mais frio e preciso para enfrentar a vilania que se proliferava em Gotham. Inicialmente essa decisão estava correta e ele realmente conseguiu colocar ordem na cidade, porém ele rapidamente acabou se corrompendo.

Extremamente violento e cada vez mais indignado com o sistema, Azrael passou a torturar seus inimigos e cometer atos terríveis. Para piorar, quando Bruce se recuperou, ele se recusou a deixar o posto de Batman, o que fez com que os dois tivessem que batalhar.

De qualquer forma, Azrael fez inúmeras alterações no traje do Morcego, criando um visual bizarro (e cafona). Aumentando os aspectos tecnológicos, ele apostou nas cores azul e amarelo, tendo um visor e detalhes em vermelho. Longe de ficar imponente, o resultado final ficou parecendo um crossover entre cavaleiro medieval, Power Ranger e Batman.

O universo Amálgama, lar do crossover entre Marvel e DC Comics, produziu inúmeras pérolas. E em meio a fusão de heróis, surgiu o Garra Sombria, alter-ego do herói chamado Logan Wayne. Sim, o resultado da mistura de Batman com Wolverine.

Na HQ Legends of the Dark Claw #1, publicada em 1996, descobrimos que Logan, após ver sua família ser assassinada, desbloqueou suas habilidades mutantes. Anos mais tarde, unindo suas garras afiadas e sentidos aguçados, com o intelecto superior e perícia na arte de investigação, ele se tornou um grande herói.

Mas o que mais chama a atenção é o visual utilizado por Garra Sombria. A ideia de misturar o traje de Batman e Wolverine criou um traje icônico por ser bastante bizarro e assustador.

O traje normal do Batman agora possui algumas listras amarelas, além de garras extras que se projetam dos braços e do seu cinto. Mas o que mais chama a atenção é sua máscara, que lembra a do carcaju, mas possui grandes asas de morcego que criam quase a sugestão de chifres. Para deixar tudo mais horripilante, presas afiadas descem da máscara.

Já pensou se o Batman fosse um Cavaleiro da Távola Redonda e… usasse vermelho?! É este o caso de Sir William, da Terra-9. O personagem foi introduzido em Tangent Comics: Batman #1, publicada em 1998.

A história reimagina o Morcego de Gotham como um guerreiro do Rei Arthur que, seduzido por Morgan La Fey, acabou tentando trair seu soberano. Por este motivo, ele foi condenado a ficar preso, magicamente, em seu castelo -- o Castelo Morcego -- até que tivesse pago por seus crimes.

Eventualmente, ele descobriu que conseguia fazer uma espécie de projeção astral, colocando seu espírito em sua armadura para conseguir burlar sua prisão. Assim, surgiu o Batman, o Cavaleiro das Trevas, que vagava por Londres para proteger os inocentes e tentar combater o mal.

Ideia interessante, mas com uma execução um tanto duvidosa. A armadura de Sir William era vermelha, com dois grandes espinhos em seus ombros e uma barbatana esquisita no topo do seu elmo. O morcego pintado em seu peito, estilizado para lembrar um dragão medieval, acabou deixando tudo mais feio ainda.

Em 2001, o saudoso Stan Lee foi até a DC Comics para reimaginar alguns dos seus personagens mais icônicos. Um dos heróis escolhidos, como não poderia ser diferente, foi o Batman que, nesta HQ, era Wayne Williams.

Williams, um homem negro que é preso por um crime que não cometeu, decide caçar a gangue responsável por sua prisão. Porém, para sua empreitada, ele precisa de dinheiro e decide se tornar um lutador de luta livre -- utilizando a alcunha de Batman.

É a partir daí que as coisas ficam bizarras. Williams se veste como um morcego, literalmente. Sua fantasia não para nas orelhinhas pontudas para relembrar a criatura, ela é toda inspirada no animal, trazendo até mesmo um par de asas que funciona como uma capa.

E se o Batman tivesse sua própria Hulkbuster? É basicamente essa a essência do traje Fenrir, utilizado principalmente para bater de frente contra os pesos pesados da Liga da Justiça -- como a Mulher-Maravilha, Superman e Aquaman.

A armadura apareceu pela primeira vez em Batman: Endgame #1, publicada em 2014, que mostra os heróis da Liga caindo sob o controle do Coringa. Para se proteger (e tentar evitar que seus amigos acabem ferindo alguém) ele pede para que Alfred ative o protocolo Fenrir, recebendo o traje especial para conseguir aguentar a porradaria.

Em teoria, Fenrir era para lembrar um morcego, mas por conta do seu porte mais largo, fica um tanto difícil identificar o animal. Toda na cor cinza, a armadura permite que Bruce se sente em seu interior, ficando seguro enquanto ataca. Apesar de funcional, seu visual claramente inspirado na Hulkbuster é simplesmente bizarro demais.

Após Batman de Bruce Wayne aparentemente morrer na conclusão de Endgame, Jim Gordon decidiu assumiu o manto do herói em Batman (Volume 2) #41, de 2015. E com isso veio um traje mecha simplesmente terrível.

Na HQ, Gordon decide assumir o posto de herói para que Gotham não fique sem seu herói. Dessa vez, o Batman trabalha com o total apoio da GCPD e do Conselho da cidade, e Jim espera que isso ajude a provar que o sistema não é corrupto.

O visual de Gordon como Batman, por si só, já é um tanto esquisito. Bem mais magro que Bruce, o comissário acaba sendo um Morcego esguio e nada musculoso. Para complicar, ele não é avesso às armas de fogo, criando uma imagem um tanto contraditória para o legado do seu antecessor.

Não se dando por satisfeito, Gordon decide contar com a ajuda de um mecha azul carregado de mísseis chamado de Super-Pesado. Por mais que tenha um morcego pintado em seu peito, todo o visual ficou parecendo demais com um coelho gigante.

É lógico que o Batman que Ri, uma das versões mais icônicas e medonhas do herói não poderia ficar de fora dessa lista, né? O personagem protagonizou o evento Dark Nights, sendo introduzido em Dark Days: The Casting #1.

O Bruce Wayne da Terra-22 era como o nosso Batman, até que foi forçado a matar o Coringa para impedir o vilão. Ao fazer isso, ele é infectado com a Toxina Coringa, entrando em um surto que o faz matar toda a Bat-Família e a Liga da Justiça.

Entregue à vilania e a insanidade, o Batman que Ri é considerada a versão mais cruel de todos os Batmens deste evento, tendo imenso prazer em torturar e quebrar a mente de suas vítimas -- como podemos ver pelos seus Robins, crianças torturadas que ele mantém presas em coleiras.

Esta versão do personagem conta com um visual bizarro que rapidamente caiu no gosto do povo. Com uma roupa de couro que parece saída de um sonho gótico, o vilão ainda usa uma coroa de espinhos de ferro que cobre seus olhos. Completando o visual, temos sua boca vermelha e ensanguentada, contrastando com a palidez anormal de sua pele.