Todas as séries do MCU, classificadas da pior para melhor
Todas as séries do MCU, classificadas da pior para melhor
Ranqueamos todas as séries da Marvel Studios no Disney+!
Desde que o Universo Cinematográfico da Marvel começou a produzir séries de TV, pelo serviço do Disney+, temos visto uma expansão cada vez maior da franquia, dando espaço para alguns personagens que, sob outras circunstâncias, não teriam um filme solo para os cinemas. Foi assim que vimos a ascensão de obras como WandaVision, Loki e Gavião Arqueiro.
Porém, não são todas as séries que merecem aplausos – especialmente porque algumas se confiam demais no selo da Marvel Studios e esquecem de entregar uma narrativa à altura de seus personagens e da expectativa do público. Por isso, ranqueamos aqui todas as séries da Marvel Studios no Disney+, da pior à melhor!
Uma observação: recentemente, foi revelado que todas as séries da Marvel/Netflix devem ser tratadas como canônicas no MCU – o que inclui Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e tantas outras. Porém, essas são séries feitas em um período diferente, com propostas de narrativas diferentes, e portanto não as levamos em consideração na elaboração da lista.
10º. Invasão Secreta (2023)
Quando foi anunciado que Nick Fury estrelaria em sua série solo, que por sua vez seria uma adaptação da popular saga Invasão Secreta, na qual a raça Skrull lança um grande plano de infiltração mundial, tomando o lugar de vários heróis, figuras políticas e influentes, os fãs logo entraram com altas expectativas, ainda mais com Samuel L. Jackson podendo dar tudo de si.
Infelizmente, o projeto é muito aquém de qualquer sonho otimista. Com uma pobreza conceitual, uma narrativa que copia thrillers de espionagem muito melhores e atuações mornas por parte de todo seu elenco principal, Invasão Secreta merece estar no fim da lista. É uma obra vergonhosa para a Marvel Studios e que demonstra os maiores problemas no departamento das séries.
9º. Cavaleiro da Lua (2022)
Quem espera por fidelidade em adaptações de quadrinhos já está autofadado à decepção. Para adaptar uma história das páginas para as telas, é necessário operar uma série de mudanças e alterações na própria linguagem do material original, para se criar algo que funcione na nova mídia. O problema principal em Cavaleiro da Lua não são essas "mudanças" em si.
Em vez disso, a série protagonizada por Oscar Isaac consegue até traduzir bem os conceitos e mitos por trás dos quadrinhos de Marc Spector para a televisão. O problema fica no humor completamente deslocado e nas (muitas) conveniências narrativas que fazem parte do que já se conhece por aí como a Fórmula Marvel, deixando apenas o gostinho de mais do mesmo.
8º. Gavião Arqueiro (2021)
De todos os heróis que compõem o elenco "principal" dos Vingadores, só o Gavião Arqueiro é sempre indissociável da equipe, já que até então, ele não tinha nenhuma narrativa própria ou participação considerável em outros filmes do MCU. Por isso, a ideia de fazer uma série solo para o herói caiu do jeito certo, ainda mais com a adição de Kate Bishop ao tabuleiro.
E de muitas formas, a série acerta quando está em seu viés mais contido, com poucas referências ao "universo" da Marvel como um todo e com um foco dramático e pessoal na relação de Clint Barton e sua aprendiz. Porém, há peças demais sobrando nesse jogo e a inclusão do Rei do Crime, embora interessante, é feita de um jeito completamente burocrático e anticlimático.
7º. What If...? (2021-Presente)
Até o momento, apenas duas séries do Universo Cinematográfico da Marvel tiveram a chance de provar seu valor em uma segunda temporada. Com seu segundo ano recém-lançado, What If...? integra nossa lista em posição razoável, já que essa aventura ao Multiverso tem oferecido ideias intrigantes e boas decisões narrativas, sobretudo na nova leva de episódios.
Com uma premissa antológica, com cada episódio se passando em uma das várias Terras do Multiverso Marvel, a animação oscila entre capítulos bons, ótimos e outros nem tanto assim. O traço do desenho também não é um dos mais agradáveis, mas ao menos há um esforço consciente em trazer variantes divertidas dos nossos heróis (e vilões) favoritos.
6º. Eco (2024)
Eco veio sem muita expectativa, após uma apresentação morna para a personagem na série solo do Gavião Arqueiro. Primeira do selo "Marvel Spotlight" - que pretende oferecer histórias mais "soltas" da cronologia do MCU -, o projeto estrelado por Alaqua Cox nos surpreendeu como um sopro de ar fresco, trazendo mais peso e vivacidade para a franquia.
Nitidamente inspirada nas séries da Marvel/Netflix - não é à toa que há um bocado de conexões com Demolidor -, Eco garante seu terreno graças às cenas de ação muito bem coreografadas, o forte peso dado aos personagens e seus dilemas pessoais, porém peca pela falta de ritmo na edição e um final bem corrido devido aos vários cortes visíveis na trama.
5º. Ms. Marvel (2022)
Ainda que tenha sofrido hate de todos os lados desde seu anúncio até sua exibição, Ms. Marvel não é uma série ruim. Pelo contrário, a obra mostra com graciosidade a vida particular de Kamala Khan, antes de colocá-la em uma jornada para descobrir seus poderes, sua própria origem e seu lugar em um mundo infestado de super-heróis.
Com uma performance cativante por parte de Iman Vellani, a produção é justamente aquilo que prometia: uma narrativa de amadurecimento para uma jovem mulher com poderes especiais. O deslize maior fica na inconsistência e falta de unidade artística entre os episódios, sobretudo após um piloto muito criativo e visualmente deslumbrante.
4º. Mulher-Hulk: Defensora de Heróis (2022)
Se tem uma coisa que sempre rendeu críticas às séries da Marvel/Disney+ foi a resistência ao modelo episódico, com a ideia de que toda obra era um "filme de 8 horas". Mulher-Hulk: Defensora de Heróis é o projeto live-action que mais subverte essa ideia, com cada episódio oferecendo breves (mas divertidíssimos) vislumbres da vida de Jennifer Walters.
Ajuda que uma das produtoras principais da série, Kat Coiro, assumiu o trabalho de showrunner - cargo que sequer "existia" nessas séries do MCU. O resultado final tem suas barrigas e tropeços, mas assume a comédia como a sua força-motriz, ao lado de uma performance cativante de Tatiana Maslany - o que por si só, já é um mérito grandioso.
3º. Falcão e o Soldado Invernal (2021)
Muito antes do COVID-19 tomar conta do mundo e alterar todas as esferas possíveis de nossa vida, do trabalho ao entretenimento, a Marvel Studios se garantia na ideia de que Falcão e o Soldado Invernal seria a primeira de suas séries para o Disney+. Com alguns adiamentos, a série foi antecedida por WandaVision, mas quando saiu, o resultado foi igualmente satisfatório.
Focada nos dramas pessoais de Sam Wilson e Bucky Barnes, a série é um bom "ponto de transição" para a franquia do Capitão América - que, como já sabemos, retorna no ano que vem com um novo protagonista. Além disso, é um projeto que não tem medo de adentrar em temas espinhosos e políticos, sobretudo no que diz respeito ao racismo nos Estados Unidos.
2º. Loki (2021-2023)
Assim como What If...?, Loki foi a única outra série do MCU a ganhar uma segunda temporada, e é justamente por causa disso que ela se encontra no segundo lugar do pódio - afinal, com seu segundo ano, os criadores foram capazes de identificar os problemas do início e caprichar num desfecho mais que satisfatório para o Deus da Trapaça... ou melhor, das Histórias.
Colocando Tom Hiddleston em uma arena para demonstrar todo talento e potencial que já esperamos dele, a série não apenas serve como um guia para toda a loucura que está acontecendo no Multiverso, mas também aposta em um arco muito complexo e dramático para seu personagem central, bem como todas as suas variantes e aliados.
1º. WandaVision (2021)
Ainda assim, não há como negar: WandaVision foi - e ainda é - a melhor série do Universo Cinematográfico da Marvel no Disney+, disparado. Aqui temos uma evolução natural para a Wanda Maximoff de Elizabeth Olsen - que demonstra todo seu alcance interpretativo - e um mistério que, assim como uma flor, teve tempo para desabrochar lentamente.
De seus primeiros episódios que servem como uma homenagem para as eras da TV norte-americana aos capítulos finais, que soam como um épico de ação da Marvel, a série conseguiu prender nossa atenção por semanas a fio, nos fez conspirar sobre teorias e possibilidades, e no fim ainda nos entregou uma narrativa emocionante sobre luto, poder e amor. Brilhante!