Thor: Os 10 momentos mais importantes e definidores da história do herói

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Thor: Os 10 momentos mais importantes e definidores da história do herói

Por Gus Fiaux

Em atividade na Marvel Comics desde 1962, o Thor é um dos heróis mais influentes e importantes da editora. Carregando consigo o peso da rica mitologia nórdica, ele teve que aprender sobre humildade entre os seres humanos, e se tornou um bastião de Midgard, a sua tão adorada Terra.

Ao longo dos anos, o Filho de Odin testemunhou algumas das maiores batalhas e lutas de todo o Universo Marvel – e até participou de algumas delas. Com isso em mente, aqui reunimos os 10 momentos mais importantes e definidores da história do Thor na Marvel!

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Herói de Midgard

Embora o Thor da Marvel seja um personagem milenar, sua "história" como conhecemos começa em 1962, em Journey Into Mystery #83. Na revista, o Deus do Trovão é apresentado quando o jovem Dr. Donald Blake descobre uma bengala em uma caverna e, ao batê-la no chão, acaba sendo transformado no Filho de Odin, com todo o poder do Mjölnir.

Com o passar dos anos, descobrimos que Thor fora banido para a Terra para aprender uma valiosa lição sobre humildade. É nessa primeira fase das HQs do herói que conhecemos um pouco mais sobre Asgard e os Nove Reinos de Yggdrasil, e é também quando conhecemos aquela que viria se tornar sua grande sucessora, Jane Foster.

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Avante, Vingadores!

Embora o Thor sempre tenha aparecido como um herói da Terra, ele tinha poucas interações com outros personagens da Marvel. Isso muda em 1963, com o lançamento de The Avengers, a HQ que reunia diversos heróis da editora para defender a Terra de suas principais ameaças. E já na primeira HQ, Thor é de extrema importância para enfrentar seu meio-irmão, Loki.

Por mais que o Deus do Trovão não seja tão lembrado como parte da equipe que o Capitão América ou o Homem de Ferro, foi com os Vingadores que ele aprendeu a ser uma pessoa melhor, o que eventualmente o fez ter o direito de voltar ao seu reino. Além disso, várias de suas aventuras foram vividas ao lado da equipe.

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Saga de Surtur

Na década de 80, Walter Simonson se tornou o principal roteirista da HQ do Deus do Trovão, incorporando novos elementos mitológicos à narrativa, ao mesmo tempo em que dava um toque especial às suas criações originais para a Marvel. Um dos ápices de seu brilhantismo vem com a Saga de Surtur, publicada originalmente entre 1984 e 1985.

A saga traz uma série de momentos icônicos, desde a introdução de Bill Raio Beta, que viria a se tornar um dos maiores aliados do Filho de Odin nos quadrinhos, até a eventual batalha épica contra Surtur e a disputa pela Espada do Crepúsculo. A saga cimentou a revista do herói como uma odisseia de fantasia na cultura pop.

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Saga de Jormungand

Após emocionar com a Saga de Surtur, Walter Simonson continuou em sua escalada narrativa pelo título do Deus do Trovão, desafiando o herói cada vez mais com novos inimigos tirados diretamente da mitologia nórdica. Um outro momento definidor da história do personagem se dá quando ele fica, finalmente, cara a cara com Jormungand, a Serpente de Yggdrasil.

De acordo com as profecias, enfrentar a cobra seria a última coisa que Thor faria em sua vida, e ele faz exatamente isso - mas ainda sobrevive para contar a história. A saga é muito querida pelos fãs, mas infelizmente foi "invalidada" pela própria Marvel anos depois, que revelou que a Jormungand que Thor encontra aqui era, na verdade, falsa.

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Ragnarok

Os anos 90 foram caóticos para vários heróis da Marvel, mas a aurora do novo milênio trouxe ares de mudança e despedida dentro da Casa das Ideias. Enquanto os Vingadores estremeciam no meio de A Queda, o Deus do Trovão lidava com seu próprio apocalipse pessoal, graças à chegada do Ragnarok para Asgard.

Recriando poemas épicos e lendas nórdicas tradicionais em uma nova leitura repaginada para o Universo Marvel, os roteiristas Michael Avon Oeming e Daniel Berman conseguiram fazer uma adaptação digna do crepúsculo nórdico dos deuses, trazendo um fim para Asgard e seus habitantes, dando a entender que a era das divindades havia passado.

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Renascimento dos Deuses

Porém, é óbvio, isso não durou muito tempo. Em 2007, o lendário roteirista J. Michael Straczynski e o artista Olivier Coipel se reuniram para dar um novo início para Thor e os deuses nórdicos no Universo Marvel. A premissa era simples: após o Ragnarok, Asgard foi reconstruída em cima de Oklahoma, nos EUA - e os deuses estão voltando nos corpos de mortais.

Esse momento acabou definindo bastante o Thor dos quadrinhos em suas aparições mais modernas, e é uma nítida influência nos filmes do Universo Cinematográfico da Marvel. Aqui, vemos o Deus do Trovão como um mártir e um líder para seu povo, e sua saga defendendo a Nova Asgard perpassou sagas famosas, como Invasão Secreta e O Cerco.

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Carniceiro dos Deuses

O ano era 2012 e a Marvel Comics estava fazendo uma grande revolução em seus quadrinhos com o advento da Nova Marvel, um selo editorial que prometia mudar tudo que conhecíamos sobre esses heróis. Foi ali que o Filho de Odin ganhou uma nova revista pelas mãos de Jason Aaron e Esad Ribic, onde enfrentou seu inimigo mais cruel já criado.

Na saga do Carniceiro dos Deuses, Thor é confrontado pela finitude da vida de outras divindades, ao ver deuses de outros panteões sendo mortos por um assassino letal, Gorr. A saga adotou tons épicos e mostrou uma reunião entre o Thor do presente, do passado e do futuro, mostrando uma nítida evolução do Deus do Trovão ao longo das eras.

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Indigno

A batalha com Gorr trouxe uma grande mudança para o Deus do Trovão, mas todas as suas certezas seriam derrubadas com Pecado Original, a saga na qual o Vigia é assassinado e tem seus olhos arrancados, liberando uma série de segredos sobre vários heróis - incluindo Thor, que escuta três palavras de Nick Fury e acaba se tornando indigno de empunhar Mjolnir.

As três palavras eram justamente "Gorr estava certo", em relação ao seu plano de exterminar deuses, que se tornaram obsoletos nesse mundo. Isso coloca o Thor em uma jornada espiritual nova e, além de tentar encontrar uma nova arma para substituir seu martelo encantado, o faz repensar seu papel como um deus.

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A Poderosa Thor

Durante a fase em que esteve indigno, o Filho de Odin acabou tendo que se submeter à chegada de uma nova Deusa do Trovão. Depois de encontrar e empunhar o Mjolnir, Jane Foster acaba se transformando na Poderosa Thor, e sua jornada foi extremamente transformadora, não apenas para ela mesma, mas também para o Thor original.

Enquanto Jane se tornou uma das maiores guerreiras que Asgard já viu, Thor teve que lidar com o legado de seu pai e tentar persuadi-lo a aceitar a nova Deusa do Trovão. A fase culmina com o sacrifício de Jane, que morre e vira a nova Valquíria, o que faz com que Odinson possa enfim retornar ao papel do deus trovejante.

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Guerra dos Reinos e Pai-de-Todos

O momento mais recente a mudar totalmente a história de Thor veio com a Guerra dos Reinos, mega saga construída cautelosamente por Jason Aaron e Russell Dauterman ao longo de muitos anos. Na trama, todos os reinos de Yggdrasil são ameaçados pelo retorno de Malekith, o Maldito - um elfo de Svartalfheim que quer invadir e comandar Midgard.

Concluída com uma grande batalha épica entre seres dos Dez Reinos, a saga é uma conclusão emocionante de tramas que vinham sendo cozinhadas ao fogo lento desde a história do Carniceiro dos Deuses. E no fim, o Thor acaba se tornando Pai-de-Todos, conquistando a alcunha que pertencia ao seu próprio pai, Odin.