Em 2012, Dwayne ‘The Rock’ Johnson já era um nome grande o bastante para poder se envolver em projetos duvidosos sem abalar muito a sua carreira. É o caso de Viagem 2: A Ilha Misteriosa, um filme bastante morno baseado nos trabalhos de Júlio Verne.

A trama acompanha uma equipe de exploradores em busca de uma ilha elusiva. Com média de 45% no Rotten Tomatoes, Viagem 2 foi bastante criticado pela falta de personalidade e por não saber ao certo quem é seu público-alvo. De qualquer forma, o filme marcou o início da parceria entre The Rock e o diretor Brad Peyton, que mais tarde dirigiu o ator em Terremoto: A Falha de San Andreas (2015) e Rampage: Destruição Total (2018).

Falando na parceria entre The Rock e Brad Peyton, o projeto mais recente da dupla foi Rampage: Destruição Total, adaptação dos games da Midway, que coloca o ator como Davis Okoye, um primatologista que descobre uma mutação que cria animais gigantescos.

O filme teve recepção morna pelos críticos, com média de 51% no Rotten Tomatoes, mas foi considerado um sucesso de bilheteria para as adaptações de games. A notícia, inclusive, foi celebrada pelo próprio The Rock, que usou o seu Twitter na época para rir dos erros de sua carreira, como ter estrelado Doom: A Porta do Inferno (2005), adaptação do shooter da id Software que é considerada um fracasso do gênero.

A empreitada mais recente de The Rock nas selvas não está tão alta assim na lista. Assim como Piratas do Caribe, Jungle Cruise é um filme inspirado por brinquedos dos parques da Disney, e coloca o ator ao lado de Emily Blunt (Um Lugar Silencioso) como exploradores se aventurando pela Amazônia.

A crítica recebeu o filme de forma morna, com média de 63% no Rotten Tomatoes, elogiando o bom humor e a diversão, mas não muito além disso. Para os brasileiros, Jungle Cruise é ainda mais questionável ao retratar o país de forma… curiosa, no mínimo.

Depois do último projeto de The Rock na selva, vem o primeiro. Lançado em 2003, Bem-Vindo à Selva foi o filme fundamental para estabelecer a carreira de Dwayne Johnson como ator, já que antes era conhecido apenas como lutador da WWE. Assim como Jungle Cruise, o filme também é ambientado no Brasil, e acompanha The Rock na missão de resgatar o filho de um mafioso de uma pequena cidade brasileira.

O longa é repleto de ação e bons momentos de comédia, em especial pela presença de Seann William Scott, o eterno Stiffler de American Pie. Mas ainda erra a mão ao retratar o Brasil naquela mistura de selvageria, pitadas de espanhol e português mal falado. A crítica da época foi um pouco mais generosa, e Bem-Vindo à Selva tem média de 69% no Rotten Tomatoes.

Jumanji, clássico estrelado por Robin Williams, recebeu um reboot em 2017. Esse, por sua vez, ganhou uma sequência em 2019, e novamente trouxe The Rock como um dos protagonistas.

Com 71% no Rotten Tomatoes, Jumanji: Próxima Fase agradou os críticos, ainda que um pouco menos que o antecessor, que elogiaram as pequenas adições divertidas que foram feitas.

O filme de The Rock na selva com melhor avaliação é o reboot do clássico de 1995. Jumanji: Bem-Vindo à Selva reimagina a premissa do original, em que jovens ficam presos em um jogo, como um game retrô, ao invés de um jogo de tabuleiro. O resultado é um divertido e leve filme que homenageia os vários tropos e clichês dos videogames.

Com um elenco de peso como Kevin Hart, Jack Black e Karen Gillan, a nova versão de Jumanji foi um sucesso de bilheteria e teve boa recepção crítica, com média de 76% no Rotten Tomatoes.