No mundo de The Last of Us, uma variante do fungo Cordyceps se espalha pelos Estados Unidos no fim de 2013. Essa versão surgiu na América do Sul e foi passada para humanos através de plantações infectadas.

No início do de The Last of Us Part I é possível ler alguns jornais que falam sobre a “infecção misteriosa” e um artigo do FDA sobre as plantações contaminadas. Alguns meses depois, mais de 60% da população mundial já havia morrido ou sido infectada pelo fungo Cordyceps.

O fungo cresce enquanto o hospedeiro estiver vivo e passa por quatro estágios de infecção. Quando o fungo mata o hospedeiro, o corpo começa a soltar esporos infecciosos e o fungo se espalha ao redor do local da morte. O Cordyceps não pode infectar pessoas mortas, porém também é transmitido através de mordidas.

Na série, os criadores revelaram em entrevista que não haverão os esporos, que serão substituídos por gavinhas que se espalham pelos locais e formam uma espécie de “rede neural” do Cordyceps.

O fungo Ophiocordyceps unilateralis realmente existe na vida real e os desenvolvedores da Naughty Dog foram inspirados a utilizá-lo na história após assistir um episódio de Planeta Terra, o documentário da BBC, que mostra uma formiga infectada sendo morta pelo fungo, além de vários outros insetos e aracnídeos sendo mortos por outros fungos diferentes.

Na vida real, porém, a infecção do Cordyceps seria praticamente impossível no corpo humano da forma que é retratada no corpo humano e levaria semanas ou meses para conseguir matar uma pessoa.

Agora, para os diferentes tipos de infectados na trama:

O estágio inicial da infecção, os Corredores são pessoas que foram transformadas em até dois dias após entrar em contato com o fungo. Eles são bastante rápidos, mas fáceis de enfrentar - exceto quando estão em um grande número e acabam formando uma grande multidão atrás de suas vítimas.

Como os olhos são um dos primeiros órgãos afetados pelo fungo, eles não possuem uma boa visão. Muitos acreditam que nesse estágio, eles ainda estão lutando contra a infecção, por isso seus movimentos são erráticos e em alguns momentos eles podem ser vistos chorando, gemendo de dor e aparentemente tentando falar enquanto o fungo toma controle de seus corpos.

O segundo estágio da infecção começa cerca de duas semanas após o contato inicial com o Cordyceps, com o infectado permanecendo neste estágio por até um ano. Eles ainda conseguem enxergar um pouco e são bastante velozes, além de bem mais fortes que um Corredor.

Os Perseguidores costumam fazer alguns barulhos estranhos, como um coaxar, conforme o fungo cresce em sua cabeça e rosto e eles passam a utilizar mais sua ecolocalização. Eles também costumam encontrar suas vítimas e seguí-las de forma silenciosa por um tempo, antes de atacar em um momento oportuno - por isso seu nome.

Nos jogos, infectados nesse estágio não são inimigos comuns e costumam aparecer apenas em locais e momentos bastante específicos - quase sempre em lugares mais úmidos e bastante escuros, o que permite que eles sigam suas presas de forma mais silenciosa e furtiva.

O terceiro estágio da infecção, os Estaladores surgem após cerca de um ano de contato com o Cordyceps. Com o fungo tendo tomado totalmente a cabeça do infectado, agora eles se movem através de ecolocalização e possuem uma força bem maior que um humano normal.

Como o fungo criou placas poderosas na frente dos seus olhos - que podem resistir alguns tiros de armas - eles agora possuem ecolocalização e fazem barulhos de cliques para saberem o que está ao seu redor, por isso o nome. Em vários momentos é possível vê-los arranhando o próprio rosto, na tentativa de arrancar as placas e enxergar novamente.

Os Estaladores são bem mais fortes e perigosos que os Corredores e Perseguidores, além de serem bastante inteligentes. Nos jogos, eles sempre procuram e vasculham o lugar atrás do jogador e continuam no lugar caso tenham ouvido alguém correndo ou fazendo barulho.

O quarto estágio da infecção do Cordyceps, os Baiacus, ou Vermes, são bastante raros e perigosos, se formando após anos da infecção do Cordyceps. Eles são muito grandes e cobertos de placas de fungo que funcionam como uma poderosa armadura que consegue aguentar os mais diferentes tipos de armas de fogo.

Essa forma de infectado é extremamente agressiva, porém bem mais lenta que os outros. Assim como os Estaladores, eles também não possuem visão e usam uma forma de ecolocalização para tentar encurralar a vítima em locais mais fechados.

A parte mais perigosa de enfrentá-los nos jogos é que eles podem lançar partes de si no jogador. Eles possuem bolhas de fungo ao redor do corpo que quando explodem ou são arremessadas liberam esporos infecciosos.

Uma versão do Baiacu/Verme que aparece apenas em The Last of Us Part II, os Trôpegos são infectados que passaram anos em áreas mais úmidas e agora conseguem jogar esporos e um tipo de spray ácido nas vítimas. Mesmo sendo lentos, em algumas situações eles conseguem correr em direção a barulhos e atacar.

Devido a mudança ambiental, os Trôpegos são cobertos de uma camada grande de esporos de pus que deixam seu torso e cabeça muito maiores que um Baiacu comum. Após serem derrotados, eles explodem jogando ácido e esporos em todas as direções.

A Part II também apresenta o Rei dos Ratos, um organismo formado por vários perseguidores, estaladores e um brande Baiacu que foram conectados pelo Cordyceps e se tornaram um ser só. Segundo o jogo, essa versão é composta pelos primeiros infectados de Seattle e foi formada após mais de 25 anos de infecção.