Essa teoria não tem explicações mirabolantes, mas tirou o sono de muita gente. Em meados de fevereiro de 2017, o Twitter da TV Maresol publicou um post dizendo que o “Chupa-Cu” foi encontrado em Goianinha, Rio Grande do Norte. Na foto anexada, havia a imagem de uma criatura desconhecida.

A princípio, o curioso nome dado ao animal morto surgiu como uma brincadeira na internet e dos absurdos encontrados em terras tupiniquins. O que não esperavam era que diversas histórias envolvendo o animal ganhassem o público, desde um retrato falado da criatura, até testemunhas atacadas e um policial ferido.

Uma das teorias favoritas do público nos anos 90 e 2000 era o famoso “pacto com o diabo”. Dentre diversas celebridades que foram alvo disso, Hello Kitty ganhou uma história macabra sobre a sua criação. De acordo com o boato, a personagem foi criada por uma mãe de uma menina de 14 anos que estava com câncer terminal na boca. Para curar a filha, a mulher fez um pacto que apenas seria pago com a criação de uma personagem que ganhasse sucesso mundialmente.

A teoria ainda dizia que a personagem não possui uma boca por conta do câncer da garota e que seu nome, Hello Kitty, era uma saudação ao demônio. A verdade é que a gatinha branca foi criada em 1974 por Yuko Shimizu e o motivo para a mesma não ter uma boca, de acordo com os embaixadores da marca, é que ela “fala com o coração”.

Os ataques terroristas do dia 11 de setembro de 2001 deixaram uma marca no mundo. Com cerca de 3.000 vítimas, os eventos consistiram em dois aviões atingindo as Torres Gêmeas na cidade de Nova York. A catástrofe acabou sendo responsável pelo início de uma longa guerra no Afeganistão e, por esse mesmo motivo, foi alvo de uma das teorias mais bizarras já feitas.

A mesma dizia que o atentado contra as Torres Gêmeas foi organizado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, como uma desculpa para dar início a uma guerra contra o Iraque e o Afeganistão por petróleo. A teoria ainda inclui uma falsa suposição sobre a queda das Torres ter sido possível apenas com uma demolição controlada .

Em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong e Buzz Aldrin se tornaram os primeiros seres humanos a pousar na superfície da Lua. Ou, de acordo com alguns conspiracionistas, é o que querem que nós acreditemos. A teoria não é nenhuma novidade, nos anos 70, por exemplo, 30% dos americanos acreditavam que o pouso havia sido forjado.

William Kaysing chegou a escrever um livro sobre o assunto, We Never Went to the Moon (Nós Nunca Fomos à Lua em tradução direta), como uma sátira, mas acabou acreditando plenamente na conspiração. A ideia principal de seu livro era que a filmagem dos astronautas dando os primeiros passos na superfície da Lua foi, na verdade, filmada na Área 51 de Nevada.

Já outros teóricos acreditavam que o pouso não foi apenas forjado, como teve direção de Stanley Kubrick, conhecido por 2001 - Uma Odisseia no Espaço e O Iluminado. Nos dias de hoje, a questão ainda é um tópico delicado. Em 2019, uma pequena pesquisa mostrou que 10% dos americanos ainda acreditam que o pouso na Lua foi uma farsa.

A teoria de que Avril Lavigne morreu e foi substituída por uma sósia amplamente conhecida, mas o que poucos sabem é que a mesma teve início no Brasil. Em 2011, um blog brasileiro reuniu diversas “evidências” de que a cantora canadense foi substituída. A teoria alegava que Avril estava enfrentando uma forte depressão e cometeu suicídio logo após o lançamento do álbum Let Go.

Dada a popularidade que Avril, os produtores, supostamente, decidiram contratar Melissa Vandella para substituir a garota e manter o nome nas paradas de sucesso. As “provas” dessa mudança iam desde um “nariz diferente” até o tom das músicas de Lavigne, que foram de canções profundas, como em I’m With You, para um pop chiclete, como em Girlfriend.

Quando falamos em teorias da conspiração no Brasil, uma se destaca por ter tido diversas repercussões: Xuxa e o seu, suposto, pacto com o diabo. A história surgiu no auge da carreira da apresentadora e cantora, em 1986, quando lançou o álbum Xou da Xuxa. De acordo com algumas pessoas, colocar o disco ao contrário, revelaria as mensagens subliminares contidas em músicas como Meu cãozinho Xuxo e Ilariê.

A situação apenas piorou ao longo dos anos. Em 1987, a boneca da Xuxa seria lançada, apenas para ganhar a lenda urbana de ser amaldiçoada. Já em 1992, a música Marquei um X ficaria conhecida por ser uma “invocação do número da besta”. Tudo isso gerou uma mística ao redor da Xuxa, que era tanto uma das figuras mais respeitadas e conhecidas da cultura pop nacional, como também alvo de diversas lendas macabras.

Desde 2017, Lea Michele é o centro de uma questão que capturou o público: A atriz sabe ou não ler? O boato surgiu durante o podcast de Jaye Hunt e Robert Ackerman, One More Thing (Mais Uma Coisa em tradução literal). Na ocasião, os dois discutiam sobre o novo livro de Naya Rivera, Sorry Not Sorry. Em determinado momento, foi levantada uma situação que acontecia nos sets de filmagens de Glee: o fato de que Lea Michele se recusava a improvisar.

Foi então que um dos criadores sugeriu que, talvez, Lea simplesmente não soubesse ler. O que começou como um comentário engraçado, ganhou grandes proporções quando novas histórias surgiram. Dentre elas, que Michele nunca aprendera a ler porque fez sua estreia na Broadway com oito anos de idade.

Posteriormente, a atriz deixou claro que não passa de uma conspiração, dizendo que: "Eu ia para Glee todos os dias; eu sabia minhas falas todos os dias. E então surge um boato on-line de que eu não sei ler ou escrever? É triste. Acho que se eu fosse um homem, isso não aconteceria".

O dia era 11 de maio de 1975. O que antes era um dia das mães comum ganhou uma repercussão curiosa quando o jornal Notícias Populares, famoso por suas histórias sensacionalistas, publicou a manchete: “Nasceu o diabo em São Paulo”. A notícia contava que um bebê com “chifres, rabo e falando” nasceu em um hospital de São Bernardo do Campo. Além do aspecto monstruoso, foi dito que a criança ameaçou todos assim que nasceu.

A história, obviamente, era apenas mais uma tentativa do Notícias Populares ficar em alta, mas isso não impediu que o imaginário popular não ficasse interessado nessa lenda. Foi então que, dia após dia, novas histórias iam surgindo sobre o curioso bebê-diabo. Desde pessoas que o viram soltando fogo pela boca, entrevistas com enfermeiras e descrições extensas sobre seu corpo coberto de pelos.