Sem muitas surpresas, o filme de Taika Waititi com pior recepção foi o seu primeiro. Loucos Por Nada acompanha a inusitada relação amorosa entre uma garçonete sem tato social e um nerd de videogames. O longa marcou a estreia do cineasta na direção, que também escreveu o roteiro ao lado de Loren Taylor, atriz que vive a garçonete principal.

Com nota de 55%, os críticos receberam o projeto com certo carinho, apreciando o estilo e o humor, mas afirmando que era muito parecido com outras comédias da época, sem nada de destaque. Por sorte, Loucos por Nada serviu como o início de uma bela amizade entre Taika Waititi e Jemaine Clement, com a dupla depois trabalhando novamente na série Flight of the Conchords e no filme O Que Fazemos nas Sombras.

É esperado que o primeiro filme de muitos cineastas não seja das melhores, mas é irônico ver que Jojo Rabbit, a segunda obra de Taika Waititi com menor nota, é justamente o filme que lhe consagrou no Oscar. Serve também como indicativo de que, depois de Loucos por Nada, o diretor só entregou sucessos.

A trama de Jojo Rabbit acompanha um jovem garoto da Juventude Hitlerista, durante a Alemanha Nazista, que descobre que sua mãe está escondendo uma jovem judia em casa, e que passa a ver Hitler como um amigo imaginário. Toda a premissa estranha dessa comédia esconde um filme bastante emotivo e cheio de coração.

A Academia de Cinema percebeu isso, e o longa ganhou seis indicações no Oscar 2020. Naquela noite, Taika Waititi venceu seu primeiro Oscar, de Melhor Roteiro Adaptado pelo filme. As críticas do Rotten Tomatoes definem bem isso: com 80% de aprovação, o longa é descrito como uma comédia anti-ódio, mas que definitivamente não será para todos os gostos.

Anos depois de Loucos por Nada, Taika Waititi entregou mais uma comédia indie, feita na Nova Zelândia. Desta vez, uma que se tornou um verdadeiro sucesso cult. Boy acompanha a jornada de um garoto de 11 anos que busca conhecer seu pai ausente.

Com nota 88% no Rotten Tomatoes, a crítica recebeu muito bem o projeto, que fez um circuito de sucesso nos festivais. Boy é pintado como uma comédia cheia de charme, mas também com muito coração - algo que Taika Waititi viria a entregar novamente quase uma década depois, com Jojo Rabbit.

O diretor conquistou alguns sucessos antes, mas não dá para negar que foi Thor: Ragnarok que realmente o lançou para o mundo. Muito disso se dá pelo fato de que Taika Waititi já tinha um estilo muito forte e bem definido quando assumiu o projeto, e o resultado fica visível na tela ao acompanhar a jornada de Thor para impedir o apocalipse em Asgard.

Thor: Ragnarok tem nota 93% no Rotten Tomatoes, com os críticos elogiando o bom humor e o tom aventuresco do primeiro filme bom do Deus do Trovão.

Thor: Ragnarok pode ter colocado os holofotes em Taika Waititi, mas os fãs de terror já conheciam o diretor - tudo graças à O Que Fazemos Nas Sombras. No estilo de documentário falso, essa comédia brinca com vários clichês do horror ao mostrar um grupo de vampiros que moram juntos na Nova Zelândia.

Até hoje é considerada uma das melhores comédias de horror, com nota 96% no Rotten Tomatoes e críticas elogiando seu humor inteligente e surtado.

O Que Fazemos Nas Sombras é o filme não-Marvel mais popular de Taika Waititi mas, por muito pouco, não é o melhor avaliado. Quem leva o posto é A Incrível Aventura de Rick Baker, último filme que o diretor fez antes de Thor: Ragnarok.

A trama acompanha um garoto e seu tio que precisam ser resgatados após se perderem nas florestas da Nova Zelândia. Com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, as críticas elogiam, claro, o bom humor do filme, e sua forma impactante de entregar risadas e uma mensagem de peso.