O Superman é, sem sombra de dúvidas, o maior ícone dos super-heróis - e por isso, faz sentido que ele seja um dos personagens mais adaptados para a cultura pop. Existem, no entanto, diversos filmes e séries de difícil acesso, que não estão disponíveis em streamings.

Por conta disso, deixamos algumas versões do personagem fora do ranking, mas isso não significa que eles não tenham sua importância. Assim, fica aqui nossa homenagem a esses astros incríveis.

Kirk Alyn interpretou o Superman em vários filmes seriais, em 1948 e em 1950. Ele até foi chamado depois para viver o General Lane em Superman: O Filme, de 1978.

David Wilson fez uma versão bem peculiar do herói em It's a Bird... It's a Plane... It's Superman, um especial musical lançado pela ABC em 1975.

Tayfun Demir também deu vida ao herói em uma versão não-oficial e turca do Homem de Aço, Süpermen Dönüyor, em 1979.

John Haymes Newton fez uma versão jovial do herói em Superboy, série que foi ao ar de 1988 a 1989. Quando deixou a série, ele foi substituído por Gerard Christopher no papel principal.

Muito se fala de Christopher Reeve como Superman, mas a verdade é que nós precisamos honrar também o astro George Reeves, que fez o papel do herói em As Aventuras do Superman, série televisiva que foi ao ar de 1952 a 1958. O ator definiu muitos dos trejeitos do herói em live-action e é uma das principais referências de quem o interpreta até hoje.

Abraçando de vez o lado mais heroico do personagem, Reeves parece até o Homem de Aço da Era de Ouro trazido à vida. Apesar disso, o Superman trouxe vários problemas à vida de Reeves, e ele teve uma morte inexplicável e trágica. Apesar de suas contribuições, ele não teve muita chance de abordar o personagem com nuance e complexidade.

Ainda que tenha se tornado alvo de várias polêmicas nos últimos anos pelo seu posicionamento político e por algumas atitudes nas redes sociais, Dean Cain ainda merece ser lembrado como um dos atores que melhor abraçou as várias facetas de Clark Kent em Lois e Clark: As Novas Aventuras do Superman.

Sua versão é bem interessante justamente por se focar no lado mais humano do herói - na verdade, Lois e Clark era quase uma comédia romântica com ocasionais cenas de ação, algo que funcionava bem para a estrutura da TV da época. Ele só está mais abaixo na lista porque ele de fato precisava da Lois Lane de Teri Hatcher para brilhar.

Brandon Routh foi responsável por dar vida ao Superman duas vezes, em versões bem diferentes e em universos diferentes. Em 2006, ele esteve em Superman: O Retorno - filme que serve como uma homenagem e continuação direta para os dois primeiros filmes de Christopher Reeve e, portanto, Routh tenta emular muitos dos maneirismos do ator aqui.

Em 2019 e 2020, ele também fez a versão de Reino do Amanhã do herói no Arrowverse, durante a Crise nas Infinitas Terras. Nos dois casos, é bem nítido que Routh não é um mau ator e se esforça ao máximo para dar o ar imponente e majestoso do Último Filho de Krypton. Por mais que a sua performance não seja lá das melhores em O Retorno, ele compensou tudo isso em projetos posteriores.

Embora sempre tenhamos a imagem já consolidada do Superman como um bastião da verdade e da justiça, às vezes nos esquecemos que, por trás de um Homem de Aço, existe um Clark Kent, e seus anos de formação foram essenciais em sua carreira heroica. Ame ou odeie a série, mas Smallville: As Aventuras do Superboy foi um marco na cultura pop por revitalizar os super-heróis na televisão nos anos 2000.

E a versão de Tom Welling é muito interessante por retratar tudo o que aconteceu com Clark Kent antes de efetivamente se transformar no Superman. É cheio de erros e falhas, não há como negar, mas o charme desse personagem é justamente se encontrar em meio à descoberta de seus poderes e as suas primeiras aventuras, seja sozinho ou ao lado de outros heróis.

Quando Zack Snyder deu um pontapé no Universo Estendido da DC, em O Homem de Aço, de 2013, muitos fãs ficaram polarizados com a nova versão do herói, interpretado por Henry Cavill. A ideia de ter um herói que não tinha uma moral completamente definida e precisava se adaptar aos seus poderes e responsabilidades parecia interessante, apesar de polêmica.

E de muitas formas, Cavill conseguiu se provar como um bom Superman, ao menos aos olhos do público. Ele exala a imponência e a responsabilidade do Homem de Aço, mas tem um toque agridoce por não ser exatamente aquele escoteiro certinho que todos já conhecemos bem.

O grande problema do "arco" do Superman de Henry Cavill é que, por decisões criativas ruins do estúdio e de diretores, o personagem nunca teve o devido desenvolvimento e abordagem, e as participações especiais em filmes como Adão Negro mais serviram para manchar sua reputação que salvá-la.

Apresentado em Supergirl, Tyler Hoechlin virou o Superman oficial e definitivo do Arrowverse. Atualmente, ele está protagonizando Superman e Lois (que já não faz mais parte do Arrowverse) e é onde vemos uma versão um pouco mais adulta do herói, tendo que lidar com várias ameaças grandiosas mas também com as batalhas cotidianas como marido e pai.

O mais interessante sobre a versão de Hoechlin é como ele prova que dá para ser um Superman nos dias de hoje sem perder a esperança e o senso de um futuro mais brilhante para a humanidade. Ele torna essa figura bem completa, além de conseguir passar um ar quase sonhador para sua versão - e agora, também podemos ver um pouco mais de suas falhas e aprendizagens como pai de dois garotos.

Qualquer lista que não coloque o Superman de Christopher Reeve no mais alto patamar está cometendo algum tipo terrível de blasfêmia. Até hoje, o ator é o que mais conseguiu abraçar todos os aspectos genuínos do herói, dando a ele um rosto palpável e um sentimento de esperança, ou - como o cartaz de seu primeiro filme indica - fazendo todos acreditarem que "um homem pode voar".

Reeve atuou em quatro filmes - dois excelentes, um questionável e um bem ruim - mas seu legado ficou muito marcado para além dessas adaptações. O astro conseguia passar um carisma inabalável e uma confiança inacreditável. Bastava um sorriso e sabíamos que estávamos diante de um herói. E ele nem precisava do traje mais elaborado ou de efeitos visuais de ponta para isso.