Rua do Medo: 10 filmes de terror para quem curtiu a trilogia da Netflix

Capa da Publicação

Rua do Medo: 10 filmes de terror para quem curtiu a trilogia da Netflix

Por Arthur Eloi

A trilogia Rua do Medo foi uma grata surpresa da Netflix, com filmes divertidos e sangrentos que homenageiam a variedade do gênero de terror. Quer conhecer mais sobre as influências por trás da obra de Leigh Janiak, ou então conhecer outros longas divertidos do horror?

Confira abaixo 10 filmes de terror para quem curtiu Rua do Medo!


Imagem de capa do item

Pânico (1996)

A maior influência da Parte 1 de Rua do Medo, Pânico é o clássico de Wes Craven. O diretor ficou conhecido por criar A Hora do Pesadelo, a franquia de Freddy Krueger, durante os anos 80. Já na década seguinte, os slashers já eram considerados repetitivos e cansativos. Craven então decidiu brincar com a fórmula que ele mesmo ajudou a criar, e o resultado é um filme que ri dos clichês do subgênero ao mesmo tempo que é um excelente slasher.

A trama acompanha a jovem Sidney Prescott, que se vê na mira de um assassino mascarado conhecido como Ghostface. Com quatro filmes entre 1996 e 2011, Pânico é altamente divertido e sarcástico, mas também tenso e sangrento. Com Rua do Medo prestando homenagem ao clássico, e com um revival prestes a ser lançado nos cinemas no início de 2022, é a hora perfeita para conhecer ou revisitar a franquia.

Imagem de capa do item

Halloween: A Noite do Terror (1978)

O pai de todos os slashers. Claro, existem precursores no subgênero, como Psicose (1960) e O Massacre da Serra-Elétrica (1974), mas foi o filme de John Carpenter que deu início à febre dos maníacos em 1978. No clássico, a babá Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) passa pela pior noite de sua vida quando o serial killer Michael Myers se torna obcecado por ela.

Halloween é aterrorizante até hoje, com tensão de primeira qualidade e uma das trilhas sonoras mais memoráveis do cinema, feita pelo próprio Carpenter. O filme não só é essencial para os fãs de horror, como muitas de suas cenas clássicas também foram bastante referenciadas em Rua do Medo: 1994.

Imagem de capa do item

Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro (2019)

Rua do Medo é baseado na obra homônima de R.L. Stine, um dos mestres do horror infantojuvenil. Mas outro nome frequentemente citado quando se trata do primeiro contato de muita gente com o terror é Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro, série de livros de Alvin Schwartz. Em 2019, a saga literária foi adaptada para os cinemas por André Øvredal (A Autópsia), em um filme de horror jovem muito subestimado.

Ambientada em 1968, a trama acompanha um grupo de adolescentes que descobrem um livro repleto de histórias de horror. O problema surge quando os monstros das páginas passam a persegui-los no mundo real. O tom de Histórias Assustadoras é muito parecido com Rua do Medo, mas o filme é um pouco mais leve (afinal, tem classificação indicativa para 14 anos). Não espere violência gráfica, mas sim horror para toda a família muito bem feito e criaturas aterrorizantes.

Imagem de capa do item

Freaky (2020)

Após anos em hiato, o slasher lentamente volta aos holofotes. No mundo pós-Pânico, porém, as novas produções do subgênero sabem como rir e desconstruir clichês, e um dos melhores cineastas para fazer isso é Christopher Landon. O diretor ficou conhecido por A Morte Te Dá Parabéns, e em 2020 acertou com mais uma comédia de terror: Freaky.

Descrito como uma mistura entre Sexta-Feira Muito Louca e Sexta-Feira 13, o filme acompanha Millie (Kathryn Newton), uma garota bastante comum que vê sua vida tediosa virada do avesso quando é assassinada por um serial killer (Vince Vaugh). Ao invés de morrer, porém, a jovem troca de corpo com seu assassino, e precisa encontrar uma forma de reverter a situação antes que seja tarde demais. Freaky é um slasher bastante surtado, perfeito para dar umas risadas, mas com boas perseguições e uma inusitada mensagem de aceitação.

Imagem de capa do item

It: A Coisa (2017)

Cidades amaldiçoadas, assassinos sobrenaturais, e grupos de crianças tendo que resolver seus próprios problemas em meio a adultos imprestáveis ou que não passam confiança. Os moradores de Derry tem muito em comum com os jovens de Shadyside.

Em It: A Coisa, adaptação da obra de Stephen King, um grupo de crianças precisa lidar com uma maldição antiga na cidade de Derry que, de tempos em tempos, é atormentada por um palhaço assassino chamado Pennywise. Dirigido por Andy Muschietti, o filme conquista tanto pelo carisma do protagonista quanto pelos sustos, e também pela presença ameaçadora do antagonista.

Imagem de capa do item

Sexta-Feira 13 - Parte 2 (1981)

A segunda parte de Rua do Medo prestou homenagem à Sexta-Feira 13, talvez a franquia mais popular do slasher, e uma das grandes responsáveis por emplacar a combinação de acampamentos de verão, jovens cheios de hormônios e um maníaco encapuzado. Enquanto o primeiro filme da franquia clássica já trazia dois desses elementos, o vilão Jason Voorhees só foi apresentado na Parte 2, de 1981.

No clássico, o macabro acampamento Crystal Lake é fechado após Pamela Voorhees assassinar um grupo de monitores, como vingança pela morte de seu filho. Cinco anos depois, o acampamento vizinho se torna palco para um novo massacre quando Jason volta dos mortos e passa a caçar os jovens de lá. Além de introduzir Jason (ainda que sem sua máscara de hóquei), o filme é repleto de mortes violentas para nenhum fã de slasher botar defeito. A franquia pode ter desandado e abraçado a galhofa nos outros filmes, mas a Parte 2 de Sexta-Feira 13 continua um clássico!

Imagem de capa do item

Acampamento Sinistro (1983)

Outro clássico dos slashers de acampamento, Acampamento Sinistro é um filme controverso e problemático, mas também muito divertido, sangrento e repleto de personagens detestáveis para sofrer mortes violentas. Ou seja, tem um pouco de tudo que o gênero precisa!

Na trama, uma garota introvertida chamada Angela (Felissa Rose) é mandada para passar as férias em um acampamento ao lado de seu primo. Ao chegar lá, porém, o local é atormentado por valentões que vivem a provocando, e também por uma estranha série de assassinatos misteriosos. Há muitas questões a serem discutidas sobre Acampamento Sinistro, mas tudo está ligado em seu final surpreendente - igualmente impactante e problemático.

Imagem de capa do item

O Segredo da Cabana (2011)

Além dos acampamentos, outra ambientação muito usada nos slashers são as cabanas perdidas no meio do mato, tendência que surgiu após o sucesso de Evil Dead (1981). Assim como Pânico satiriza o subgênero, O Segredo da Cabana brinca com esse cenário que já se tornou um clichê ao colocar um grupo de jovens que, durante suas férias, descobrem uma série de bizarrices no local.

O filme de Drew Goddard conquista pelo absurdo e pelas reviravoltas espertas, especialmente para quem curtiu as revelações da Parte 3 de Rua do Medo, e eventualmente se torna uma verdadeira homenagem ao gênero de terror como um todo, não só aos filmes de cabana. De quebra, vale muito para ver Chris Hemsworth no papel cômico que lançou de vez a sua carreira.

Imagem de capa do item

Terror nos Bastidores (2015)

O gênero dos slasher é sim marcado por vários clichês, e um dos maiores é o da final girl, a única sobrevivente que consegue enfrentar o assassino e viver para contar a história. Assim como Pânico fez décadas antes, Terror nos Bastidores abraça a metalinguagem para celebrar o subgênero e brincar com suas repetições.

Na trama, o luto de Max (Taissa Farmiga) é interrompido quando a jovem, filha de uma das mais icônicas final girls do cinema, se vê presa dentro de um dos filmes de terror que consagrou a mãe.

Imagem de capa do item

A Bruxa (2015)

A maior influência para a Parte 3 de Rua do Medo, A Bruxa é um dos melhores filmes de terror dos últimos anos, que lançou as carreiras do diretor Robert Eggers (O Farol) e da atriz Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha).

Ambientado na Nova Inglaterra, o filme acompanha a jovem Thomasin, uma menina do campo que passa a ser acusada de bruxaria pela própria família quando eventos bizarros começam a acontecer após a morte de seu irmão mais novo. É um excelente exercício em tensão, com um visual bastante único, excelente direção e atuações.