A melhor novidade que veio da Capcom, e que já havia estreado no lançamento de Resident Evil 7 é a RE Engine, o motor de jogo que permite a criação de um ambiente mais realista e assustador para a franquia, com melhor resolução gráfica e iluminação.

Se o remake realmente vir à tona, a nova engine certamente será um elemento bem importante. Algumas modificações feitas por fãs já mostraram que o jogo pode ter uma boa resolução gráfica só com remasterização, imagine se o jogo for desenvolvido com a RE Engine? Certamente seria uma experiência única.

O jogo original trouxe para os jogadores uma boa variedade de conteúdo extra, como a presença da campanha da Ada Wong, que faz aparições bem importantes na história principal, e sua campanha individual trás mais detalhes para a trama.

Seria bem interessante não apenas ver uma campanha maior apresentando Ada como personagem jogável, mas também uma campanha com Luis Sera, outro aliado de Leon nos eventos do jogo, e que não tem uma campanha alternativa no jogo original. Como alguns fãs gostaram bastante do personagem, não seria uma má ideia trazer isso como uma adição para um remake.

Aqui nós não queremos dizer que a Capcom deveria fazer com que os Ganados sejam mais resistentes e complexos de vencer, mas sim melhor desenvolvidos - pelo menos, em relação aos seus defeitos. Quem já jogou Resident Evil 4 lembra que o jogo trazia alguns absurdos, que causavam um enorme estresse ao longo da campanha - como inimigos que continuam com suas animações mesmo sem cabeça (e não estamos falando dos que liberam parasitas depois que perdem a cabeça).

Para além disso, seria também uma ótima oportunidade para a Capcom melhor seus inimigos na própria RE Engine, que nos remakes anteriores são verdadeiras esponjas de balas, exigindo muita munição e paciência para derrubar um único zumbi.

Durante a campanha no Castelo de Salazar, o jogador pode realizar alguns minijogos, onde alguns extras do jogo e outros prêmios eram desbloqueados. Ainda pensando na ideia de trazer mais conteúdo, os minijogos não seriam uma má ideia para se trazer de volta para o jogo.

Os minijogos também eram algo que faziam de Resident Evil 4 um jogo único em relação aos demais, e pode ser uma maneira mais interativa de fazer com que o jogador possa desbloquear extras como artes conceituais, modelos dos personagens e até mesmo armas extras.

Algo que fez falta nos últimos títulos de Resident Evil é o modo Mercenaries, um modo de jogo que estreou em RE4, e que esteve presente até o sexto título da franquia. O retorno desse modo de jogo seria uma boa decisão para um modo online, por exemplo, principalmente se personagens dos outros remakes, como Jill, Claire e Hunk, só para citar alguns exemplos, puderem ser disponibilizados para a escolha do jogador.

Algo que foi bastante reclamado no remake de Resident Evil 3, o lançamento mais recente da franquia, é a linearidade do jogo, que tirou um elemento especial do jogo original: a exploração do mapa do game, que é situado na área urbana de Raccoon City.

Dito isso, seria bom se a Capcom e seus desenvolvedores tomassem cuidado com esse tipo de coisa. Claro que, por questões de narrativa, o jogo ainda fará com que o jogador tenha que ir do ponto A para o B, mas também é preciso fazer um desenvolvimento que torne o jogo menos maçante e mais divertido. Para Resident Evil, qualquer jogo que saiba explorar bem a dualidade entre uma trama linear e a exploração de ambientes é bem recepcionado - o remake de RE2 é o melhor exemplo disso.

Se Resident Evil 4 realmente vier a ter um remake, o jogo só tem uma obrigação: trazer o Mercador de volta. Muitos fãs gostaram da presença do personagem no jogo original, que servia como um serviço de compra no jogo - Leon podia vender tesouros encontrados e suas armas para poder comprar novas armas, aprimoramentos e outros recursos.

Isso também seria uma maneira inteligente de manter um elemento importante e marcante do jogo original no remake, o que não apenas manteria a fidelidade em relação ao original, mas também fazendo os fãs ficarem bem felizes com a sua presença na nova geração.

Falando sobre o Mercador, algo que o remake certamente deveria trazer de volta é a grande variedade de armas que o jogo disponibiliza ao jogador, trazendo vários tipos diferentes de modelos de pistolas, espingardas e metralhadoras, por exemplo.

Não apenas as armas, mas até mesmo os recursos de cura eram variados - você pode se curar ao comer um ovo ou um peixe. Se a Capcom trouxer de volta esse tipo de variedade, tanto das armas quanto de cura, certamente será uma boa decisão.

Os jogos mais antigos de Resident Evil são repletos de diálogos estranhos e falas que, hoje em dia, parecem ser bem estranhos e fora de contexto. Felizmente, um remake deverá melhorar bastante a narrativa neste quesito.

Resident Evil 4 não tem problemas muito graves e relação a isso, mas certamente os tempos atuais podem não ser bem convidativos às inúmeras frases de efeito que Leon diz ao longo da campanha, fazendo o jogo parecer um filme de ação bem clichê -o que, na visão de alguns, não é um problema. Elas até podem voltar, desde que usadas nos momentos certos.

Falando em frases de efeito, Leon as gasta muito em seu comunicador, principal após ele e Ashley chegarem ao Castelo de Salazar - dali em diante, o comunicador só serve para Leon e os vilões da trama trocarem farpas, e, de vez em quando, explicar sobre os novos estágios do jogo.

Um remake com certeza traria melhoras nesse sentido. Desta forma, o comunicador pode aparecer no jogo de uma maneira mais útil, com a Agente Hunningan podendo dar suporte a Leon por mais tempo de jogo do que teve no original, por exemplo.