O Quarteto Fantástico já teve duas versões para o cinema (três, se contar com o filme da década de 90, que nunca foi lançado "oficialmente"). Porém, fãs da equipe concordam, em grande maioria, que nenhuma adaptação para as telonas fez justiça à história da equipe e sua origem. Por isso, uma solução é adaptar o arco da origem do grupo, por Stan Lee e Jack Kirby.

Vale lembrar que o próprio Kevin Feige já disse, em uma entrevista do ano passado, que o filme não vai contar a origem do grupo, mas seria muito interessante se víssemos uma nova interação da equipe, com raízes nas HQs clássicas da Marvel Comics, passando por sua primeira expedição espacial e retornando à Terra com superpoderes.

De acordo com alguns rumores e especulações, o vilão do primeiro filme do Quarteto Fantástico no MCU será Galactus, e Kevin Feige e cia. já estão em busca de atores que possam interpretar não apenas o Devorador de Mundos, mas também seu principal e arauto, o Surfista Prateado. Por isso, a Trilogia de Galactus seria um excelente ponto de partida.

Publicada originalmente em 1966, nas páginas de Fantastic Four #48-50, a história mostra tanto a chegada de Galactus à Terra quanto as tentativas desesperadas da Família Fundamental para combatê-lo (e ainda temos uma breve participação do Vigia). Seria uma base muito sólida e interessante para um filme de estreia da equipe!

Uma das fases favoritas dos fãs da equipe, No Fluxo do Tempo lida com o conceito de viagem no tempo de uma forma bem peculiar. Na trama, todos os membros do Quarteto Fantástico são atacados por vilões irados, e para se esconder, acabam sendo enviados ao futuro, onde precisam lidar com as consequências de suas ações no passado.

A HQ é bem interessante por lidar com a Agência de Variação Temporal e sua importância no Universo Marvel. Sabemos que essa organização já tem um espaço no MCU, graças a Loki e Deadpool e Wolverine, por isso seria muito interessante ver a lógica das viagens temporais através das lentes de uma equipe conhecida por suas aventuras carregadas de ficção científica.

Um dos arcos mais prestigiados da Família Fundamental, Inconcebível começa quando o Doutor Destino faz algo... inconcebível. Ele começa a corromper e manipular a filha mais jovem de Reed Richards e Susan Storm, a pequena Valeria Richards, e passa a usá-la para tentar destruir o Quarteto Fantástico de dentro para fora.

Sabemos que a Marvel Studios está tentando se desassociar totalmente dos filmes da Fox, e uma forma de fazer isso do jeito certo é explorando toda a dinâmica familiar da equipe - sobretudo com Reed, Sue e seus filhos. Essa HQ ainda fornece uma boa apresentação do Doutor Destino, e seria ótimo vê-lo com destaque no futuro da franquia da Família Fundamental.

Quando Jonathan Hickman assumiu o título do Quarteto Fantástico, a sua primeira iniciativa foi levar a equipe para a ficção cientifica mais densa e "intelectual", incorporando vários conceitos científicos às narrativas. Isso foi brilhantemente executado já em seu primeiro arco, Consertar Tudo, que coloca Reed Richards frente a frente com suas "variantes" multiversais.

Na trama, o Senhor Fantástico deseja consertar todos os problemas que existem pelo mundo e, para isso, busca ajuda do Conselho de Reeds. Já que o MCU está tão inclinado a tratar do Multiverso, essa seria uma ótima pedida para o primeiro filme da equipe (e ainda daria para reaproveitar John Krasinski no papel de Reed Richards, ao menos em uma cameo).

Escrita por Grant Morrison e com artes de Jae Lee, a série 1234 é um baita marco para o Quarteto Fantástico, já que nos oferece um vasto panorama das dinâmicas e relações da equipe, com cada edição focada em um integrante da Família Fundamental - e tudo aponta para uma grande luta intelectual entre o Senhor Fantástico e o Doutor Destino.

Como outras HQs de Morrison, esse é um título que aborda várias temáticas mais "maduras", coisas que provavelmente não serão levadas para o MCU. No entanto, é uma ótima HQ para servir de base para um primeiro filme do grupo, já que nos dá um vislumbre direto na vida de cada membro e ainda nos oferece um confronto épico contra o maior vilão da equipe.

Em 2015, o Quarteto Fantástico passou por uma fase muito delicada em suas HQs. Após uma queda vertiginosa nas vendas, a equipe teve seu "adeus" oficial decretado com as Guerras Secretas, e levaria três anos até que os personagens voltassem a ganhar espaço nos quadrinhos da Marvel. Porém, quando voltaram, eles estavam em um novo status quo.

Com as Guerras Secretas, Reed Richards e Sue Storm ficaram no "espaço entre universos", criando novos planetas para o Multiverso (além de restaurar todos os que foram destruídos pelo Doutor Destino). Sabemos que a saga ainda não foi adaptada, mas seria interessante ver a equipe sendo introduzida como "arquitetos do Multiverso" - o que explicaria porque não sabemos da existência desses heróis ainda, mesmo o filme supostamente sendo ambientado na década de 60.

Por fim, outra opção interessante é adaptar a fase mais recente das HQs da Família Fundamental, iniciada em 2022. No título, escrito por Ryan North com ilustrações de Iban Coello, acompanhamos o Quarteto Fantástico em uma missão perigosa, já que o Coisa e sua amada Alicia Masters se veem presos em um loop temporal.

Enquanto isso, devastação se aproxima da cidade de Nova York, e o Quarteto precisa correr contra o tempo (e seus ciclos infinitos) para impedir uma baita catástrofe iminente. Nos últimos anos, o MCU tem se inspirado em títulos mais recentes de seus principais heróis e equipes, e faria sentido incorporar a trama de loop temporal no filme do Quarteto Fantástico - ainda mais se tivermos um grande foco na ficção científica, como nas melhores histórias da equipe.