Um dos boatos recorrentes sobre o novo filme dos Power Rangers é que ele mostraria uma nova equipe, formada por novos personagens. E para falar a verdade, isso não seria nada mal.

Um novo começo talvez seja justamente do que a franquia, que já está chegando aos 30 anos, precise no momento. E se ele acontecer no cinema, com toda pompa, circunstância e a grande escala que a série merece, seria melhor ainda. Novas equipes aparecem o tempo todos nas telinhas, por que não daria certo nas telonas?

Outro boato persistente sobre o novo filme é que ele se passaria na continuidade original do seriado, ou seja, dentro daquele universo. Isso possibilitaria a aparição de personagens clássicos e amados pelos fãs.

Um encontro entre os novos personagens e alguns velhos e amados conhecidos com certeza seria algo épico de se ver na tela do cinema. Já pensou, ver os Rangers da formação clássica morfando depois de tanto tempo, em um filme de grande orçamento? Seria uma bela maneira de homenagear a série clássica.

Há muitos personagens queridos em séries do passado, e a aparição de alguns escolhidos à dedo poderia tornar o novo filme ainda mais especial para os fãs.

Todo herói só é tão bom quanto seu vilão, e Power Rangers contém muitos alguns malfeitores memoráveis. Lord Zedd, Astronema, os Psycho Rangers e Ransik, são bons exemplos de vilões que deram certo.

Para que o novo filme funciona, ele precise de um vilão que realmente eleve a escala e o senso de perigo da aventura, seja ele um dos clássicos ou algum completamente novo. Lord Drakkon, que surgiu nos quadrinhos como uma versão maligna de Tommy vindo de outra linha do tempo, seria uma excelente escolha para uma nova aventura.

Power Rangers tem sua própria mitologia, que segue sendo tecida desde a série clássica. Coisas como Ninjor e a criação das Moedas do Poder, a Rede de Morfagem, os Sabres Quasar e os Cristais Zeo ajudaram a construir e povoar o universo dos heróis.

O novo filme poderia referenciar esses acontecimentos ou até mesmo girar em torno de alguns deles, principalmente se ele for mesmo se passar na mesma continuidade do seriado. Isso ajudaria a expandir ainda mais aquele universo ao mesmo tempo em que leva em consideração tudo o que aconteceu nas várias séries de TV.

Uma das coisas que fizeram a série clássica ser tão popular entre as crianças foram as lutas contra os monstros, todas muito bem coreografadas e cheias de golpes de artes marciais.

A coisa ficava ainda melhor quando os heróis lutavam em sua forma "civil", sem se transformarem, mostrando toda sua habilidade e nos fazendo acreditar que eram eles mesmos dentro dos trajes. O novo filme precisa trazer esse elemento de volta, mostrando os Rangers lutando e mostrando sua força, algo que infelizmente ficou muito de lado na versão cinematográfica de 2017.

Uma coisa que o filme de 1995 fez muito bem e o de 2017 fez muito mal foram os trajes dos Power Rangers. Enquanto que no clássico eles eram uma versão turbinada dos da TV, permitindo movimentos livres de luta e todo tipo de pirueta, o do último filme dava a sensação de ser mais pesado, dependendo muito do CGI para funcionarem bem na tela.

Os Rangers do novo filme devem equilibrar beleza com funcionalidade, passando a ideia de darem poder ao seu usuário e parecerem bonitos ao mesmo tempo que que lhes dê liberdade para seus golpes, tudo isso prestando homenagem ao original de televisão. É algo difícil, mas não impossível.

Outra marca registrada de Power Rangers são seus robôs gigantes, poderosas máquinas de combate conhecidas como Zords. Quando combinadas, elas formam o Megazord, a arma definitiva do time contra o monstro gigante da semana.

Seria muito legal se os zords do novo filme fossem, além de gigantescos, mais ameaçadores do que estamos acostumado a ver, passando a impressão de que poderiam causar grande destruição em suas lutas, sejam lutando separados ou formando o Megazord. Círculo de Fogo dá bem a ideia de como isso poderia funcionar.

Power Rangers não é Power Rangers sem sua antológica música-tema, facilmente reconhecível em qualquer parte do mundo civilizado mesmo quase três décadas depois do sucesso inicial nos anos 90.

Para o filme de 1995, uma versão incrível do tema foi feito, com um arranjo bem mais pesado e performances de várias personalidades do mundo da música. Ficou tão legal que foi reutilizada no filme de 2017, mas já é hora de algo novo. Os fãs merecem!

O universo de Power Rangers é vasto, se estendendo por dezenas de séries. Então, o que não faltam são referências para serem usadas de forma pontual no novo filme, sejam elas escancaradas ou mais discretas, exigindo uma atenção maior do espectador.

No filme de 2017, há easter eggs de Power Rangers: O Resgate e Power Rangers: Dino Trovão, só para citar alguns. Ter algo parecido no filme novo poderia deixar a experiência ainda mais divertida, fazendo os fãs assistirem várias vezes para não deixarem passar nada e ainda homenageando tudo o que já foi feito.

Bem antes de a Marvel popularizar o conceito de preparar terreno para o futuro através de uma pequena cena pós-créditos, Power Rangers: O Filme já fez isso. A versão de 2017 também fez o mesmo, dando a entender que Tommy Oliver, o Ranger verde, estaria na sequência, que agora sabemos que nunca vai acontecer.

Esperamos que o mesmo aconteça no novo filme e que sejamos recompensados com uma cena pós-créditos digna de nos prender na poltrona do cinema, nos fazendo torcer e bolar teorias sobre a próxima aventura.