Os piores filmes de terror de 2020
Os piores filmes de terror de 2020
Filmes de terror que não ajudaram 2020…
Embora o cinema tenha sofrido uma baixa considerável de filmes em 2020, devido à crise mundial do Coronavírus, vários lançamentos conseguiram encontrar uma saída em meio ao caos. No campo do terror, tivemos excelentes exemplares no ano, trazendo vozes únicas e narrativas apavorantes para as telas.
Porém, isso não tira o peso de algumas catástrofes que foram lançadas ao longo do ano, seja antes ou durante a pandemia. De remakes sem pé nem cabeça a produções vergonhosas, aqui estão os 10 piores filmes de terror de 2020, só para quem tem coragem de encarar alguma dessas tranqueiras!
Ameaça Profunda (Underwater)
Olhando em retrospecto, Ameaça Profunda não chega aos pés de ser tão ruim quanto outros lançamentos listados aqui. Ainda assim, por ser um dos primeiros filmes de terror de 2020, o longa estrelado por Kristen Stewart meio que "ditou o tom" do que esperávamos do ano - e tudo isso veio com um gostinho amargo.
Na trama, uma equipe de exploradores começa a passar pelo momento mais sombrio de suas vidas quando são caçados por seres estranhos e letais no fundo do oceano. Apesar de ter momentos brilhantes (como seu final Lovecraftiano), o longa sofre com a fotografia escura e tremida e uma trama que se baseia um pouco demais nos clichês para assustar.
O Grito (The Grudge)
Quando anunciaram que a franquia O Grito ganharia uma nova sequência/reboot, muito se especulou acerca do que poderíamos ver de novo no universo de uma saga que já foi tão bem explorada nos cinemas. Pois bem, o resultado foi um filme tão tenebroso que, se tirarmos a cena inicial e o título, nem sequer parece fazer parte da saga O Grito.
O longa de Nicolas Pesce (que é um bom diretor, mas aqui encontra-se algemado pelo estúdio e por produtores) tenta atualizar o mito do Ju-On - a maldição - para os Estados Unidos, perdendo justamente o elemento mais marcante e memorável da franquia original: a presença de fantasmas como Kayako e Toshio Saeki.
Apanhador de Pesadelos (Dreamkatcher)
Lin Shaye é uma atriz genuinamente boa, mas de vez em quando ela se mete em uns projetos bem bizarros. Em 2020, além de participar de O Grito, ela também entrou no longa Apanhador de Pesadelos, que apesar de não ter sido lançado nos cinemas brasileiros, acabou encontrando uma janela no Prime Video.
O filme segue a história de um garoto que, para afugentar seus pesadelos, rouba um misterioso apanhador de sonhos e, no processo, se torna alvo de uma entidade sinistra. O longa é medíocre e desperdiça bons atores, como Shaye e Henry Thomas. Além disso, é o tipo de filme que você esquece que viu no momento que os créditos sobem.
A Gruta
O cinema de horror nacional tem se expandido de um modo excepcional nos últimos anos, com grandes criadores pondo a mão na massa para compor um novo imaginário de medos brasileiros. Infelizmente, vez ou outra somos agraciados com filmes que não fazem jus a esse levante, como é o caso de A Gruta, filme que conta com Carolina Ferraz.
Lançado diretamente no Prime Video, o longa é dirigido e estrelado por Arthur Vinciprova traz uma história clichê e genérica, envolvendo um grupo de amigos que se depara com algo misterioso em uma gruta. Porém, o amadorismo da produção rouba a cena, seja pela fotografia escurecida, pela precária captação de áudio ou pelo roteiro catastrófico.
Spell
Nos últimos anos, temos visto uma ascensão do "horror social", com filmes bem populares como Corra!, Nós e até mesmo A Bruxa. Um dos lançamentos de 2020 que tenta se encaixar nessa pegada é Spell - porém, o feitiço sai pela culatra e o resultado é bem constrangedor, além de não conseguir ser nada mais do que esquecível.
Na trama, um homem sofre um grande acidente e acaba preso no meio de uma comunidade praticante de vodu. Com medo do que está por vir, ele precisa fugir antes que um perigoso ritual seja performado. Além dos problemas óbvios, o filme ainda se perde em sua mensagem, sem contar seus defeitos técnicos.
Mau-Olhado (Evil Eye)
Uma das produtoras queridinhas no mercado de horror, a Blumhouse é conhecida por seus filmes de orçamento médio e liberdade criativa para os diretores. Em 2020, o estúdio fez uma iniciativa interessante, lançando 4 filmes sob o selo Welcome to the Blumhouse, quase como uma antologia. E assim veio Mau-Olhado.
Dirigido por Elan e Rajeev Dassani, o filme foca na história de uma mãe que acredita que seu novo genro seja a reencarnação de um homem que tentou matá-la há trinta anos. Além das fracas atuações, o longa também é um show de melodrama barato, funcionando quase como uma novela com um twist sobrenatural.
Mentira Incondicional (The Lie)
Um dos outros filmes lançados sob o selo Welcome to the Blumhouse foi Mentira Incondicional, protagonizado por Joey King e Peter Sarsgaard. No longa, os pais de uma garota adolescente precisam lidar com uma revelação tenebrosa: a de que sua filha matou uma amiga do colégio, possivelmente com motivos bem pessoais.
O suspense e o horror da história se intercalam com todas as situações grotescas que os pais participam para tentar livrar sua filha da cadeia. E embora, no papel, a ideia seja boa, o resultado final é trágico, com uma reviravolta nos quarenta e cinco do segundo tempo que consegue destruir toda a tensão construída até ali.
Os Órfãos (The Turning)
Em 2020, tivemos duas adaptações grandes de A Volta do Parafuso, a clássica história de fantasmas de Henry James. A primeira dessas versões foi Os Órfãos, filme protagonizado por Mackenzie Davis, Finn Wolfhard e a queridíssima Brooklynn Prince. Infelizmente, o projeto fracassa amargamente.
A história é a mesma de sempre: uma mulher é contratada para cuidar de dois órfãos em uma mansão sinistra. A grande questão é que o longa de Flora Sigismondi sofre com a interferência excessiva do estúdio, além de se perder nos jumpscares fáceis. O final também se destaca por sua completa falta de coerência e sentido.
A Escolhida (Antebellum)
Como disse anteriormente, muitos filmes de horror atuais estão surfando na onda das críticas sociais. E embora muitos sejam os casos que provem como o terror pode usar dos medos da vida real, temos casos em que premissas boas são desperdiçadas em prol de uma narrativa problemática e ofensiva. Esse é o caso de A Escolhida.
Estrelado pela magnífica Janelle Monáe, o longa segue uma mulher negra que "retorna" ao período de escravidão nos Estados Unidos. E o que poderia ser algo importante e socialmente relevante acaba sendo um torture porn cruel e grotesco com pessoas negras, com uma reviravolta que consegue deixar todo o propósito do filme ainda pior.
A Ilha da Fantasia (Fantasy Island)
Jeff Whadlow está longe de ser um dos maiores diretores da atualidade. No terror, ele nos presenteou com o sofrível Verdade ou Desafio (que ao menos é um filme divertido e engraçado de tão ruim). Porém, nada nos prepararia para a tragédia que ele traria em 2020 com o lançamento de A Ilha da Fantasia.
O filme é baseado numa popular série norte-americana da década de 70 e tenta levar um conceito aventuresco para o horror, mas acaba falhando em todos os níveis. Apesar de ter nomes bons no elenco, como Michael Peña e Maggie Q, o filme é bizarro em sua narrativa e em seu roteiro, sendo facilmente um dos piores longas lançados em 2020.