Os 10 piores filmes de 2023
Os 10 piores filmes de 2023
2023 foi um ano ótimo para o cinema… mas nem tanto para alguns filmes específicos!
O ano está chegando ao fim, e com ele fazemos nossas listas de melhores e piores. 2023 foi marcado por intensas mudanças na indústria cinematográfica, desde as greves em Hollywood à aparente queda dos filmes de super-heróis e a implosão dos serviços de streaming. E em meio a tanta coisa, tivemos espaço para algumas obras podres.
De grandes cineastas a diretores iniciantes, com elencos famosos ou não, não nos faltam exemplos de como a indústria cinematográfica passou por uma fase difícil, ao menos em seus lançamentos. Pensando nisso, ranqueamos aqui os 10 piores filmes de 2023!
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania
Desde o lançamento de Vingadores: Ultimato, a recepção dos fãs ao MCU não é mais o mesmo que era há uma década. Se antes estávamos ansiosos e empolgados para ver o que Kevin Feige e cia. tinha a nos oferecer, agora o gosto que temos é de mais do mesmo, algo que fica bem nítido no longa de abertura da Fase 5, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania.
Planejado como a grande estreia de Kang, o Conquistador nos cinemas, o filme sofre com uma série de decisões criativas ruins, um roteiro desfocado e efeitos visuais mal finalizados. Tudo bem que As Marvels também não foi nada bom, mas sendo um dos capítulos mais importantes na construção da Saga do Multiverso, Quantumania deixou muito a desejar.
65: Ameaça Pré-Histórica
Após sair do universo de Star Wars, Adam Driver tem buscado projetos cada vez mais ousados em sua carreira. Em 2023, ele estrelou no longa 65: Ameaça Pré-Histórica, dirigido por Scott Beck e Bryan Woods, uma aventura sobre um astronauta que, sem saber, acaba parando no Planeta Terra... há 65 milhões de anos.
Driver interpreta Mills, o astronauta em questão, e ao chegar no planeta inóspito e tomado por dinossauros, ele precisa escapar junto com uma garota chamada Koa, enquanto tenta voltar à sua própria vida. O filme tem ideias interessantes, mas não consegue trazer um foco novo para os dinossauros, e o resultado final é bem inconstante.
Na sua Casa ou na Minha?
2023 foi um ano interessante para as comédias românticas, em grande parte graças a Que Horas eu te Pego?, o novo filme de Jennifer Lawrence. No entanto, se o gênero ganhou uma sobrevida graças a projetos inovadores no cinema, no streaming foi só ladeira abaixo, vide o terrível Na Sua Casa ou na Minha?.
Estrelado por Reese Witherspoon e Ashton Kutcher, o filme segue dois amigos platônicos. Ela é uma mãe solteira em Los Angeles, e ele é um grande empresário em Nova York. Após trocarem de apartamentos, eles desenvolvem uma relação e isso abre espaço para os piores clichês do gênero, cortesia da Netflix, que parece não ter curadoria para seus projetos.
Shazam! Fúria dos Deuses
Se a Marvel passou por maus bocados em 2023, a DC Comics então viu o mundo afundando de vez. Foi o ano em que tivemos os últimos lançamentos do Universo Estendido da DC, e um dos piores foi Shazam! Fúria dos Deuses, continuação do filme que apresentou Billy Batson e sua família de super-heróis ao mundo.
Com novas ameaças e uma escala bem maior, Shazam! Fúria dos Deuses troca todo o charme familiar do primeiro filme por um festival de CGI de qualidade duvidosa, participações especiais sem nexo e uma atuação terrível por parte de Zachary Levi, que parece ainda mais desconectado do forte elo emocional trazido à tona para o personagem por Asher Angel.
Peter Pan e Wendy
Não é de hoje que notamos uma grave crise criativa na Disney. Se antes o estúdio era conhecido por suas animações icônicas e adaptações de contos de fada, agora vivemos num eterno loop de culto à propriedade intelectual, onde o que importa é levar as pessoas às salas de cinema com justificativa na nostalgia e nada mais.
Peter Pan e Wendy, no entanto, é ainda mais decepcionante - e em vez de ir para os cinemas, foi desovado direto para o Disney+. Uma versão sem sal e completamente pasteurizada da animação clássica de 1953, o filme live-action perde todo o charme graças à direção de David Lowery - um bom diretor, diga-se de passagem, mas que aqui entrega visuais horríveis e uma direção de elenco capenga.
O Exorcista: O Devoto
Verdade seja dita, nenhuma continuação de O Exorcista conseguiu se igualar ao original de 1973. Porém, se a franquia sempre guardou pérolas e obras subestimadas, 2023 veio para colocar um prego final no caixão (e sem direito a redenção) com O Exorcista: O Devoto, filme de David Gordon Green e primeiro de uma trilogia planejada pela Blumhouse e Universal.
Como um todo, o filme tenta surfar na onda dos retornos de sagas de terror, mas não consegue fazer conexões boas com o clássico de William Friedkin. Para piorar, o longa parece confundir quantidade com qualidade, já que a sua premissa se baseia no fato de que, dessa vez, são duas garotas possuídas e não uma. Porém, não há nada que o filme faça que justifique sua existência.
Agente Stone
Há alguns anos, Gal Gadot despontava como uma grande estrela de ação graças à Mulher-Maravilha. No entanto, desde então, a atriz se envolveu em vários projetos bem questionáveis, e Agente Stone é o mais novo filme a entrar para a lista de fracassos de Gadot. Lançado pela Netflix, trata-se de um filme de ação que parece reciclar vários lançamentos recentes do gênero.
Na trama, Gadot dá vida a Rachel Stone, uma agente do MI6 que precisa salvar o mundo de uma tecnologia capaz de coisas terríveis. Com "críticas" ao uso de inteligências artificiais, o filme mais parece uma versão desinteressada e sem vida de Missão: Impossível - Acerto de Contas, mas sem um pingo do carisma da franquia de Tom Cruise.
Ghosted: Sem Resposta
Dando continuidade às desgraças trazidas pelos serviços de streaming, um filme que não podemos esquecer (mas bem que gostaríamos) é Ghosted: Sem Resposta, a comédia romântica de espionagem estrelada por Chris Evans e Ana de Armas, com direção de Dexter Fletcher e lançado direto para o AppleTV+.
No filme, acompanhamos a história de um homem certinho chamado Cole, que, sem saber, acaba se apaixonando pela espiã Sadie. Os dois logo se veem em uma grande aventura internacional - e o resultado é terrível, isso se pegarmos leve. Sem um pingo de originalidade (ou qualidade), é o clássico caso de um orçamento inchado em uma obra completamente descartável.
The Flash
Após 10 anos de uma produção tumultuada, trocas de diretores, polêmicas no estúdio e nos bastidores e, é claro, uma série de controvérsias estreladas pelo próprio Ezra Miller, finalmente vimos a estreia de The Flash nos cinemas - o filme que, de acordo com David Zaslav, seria o "melhor filme de super-heróis de todos os tempos". Pois é, né...
The Flash não é, de todo, um filme terrível. Na verdade, o longa é bem passável quando comparado a outros lançamentos de super-heróis de 2023. No entanto, toda a expectativa alimentada pela Warner acabou saindo pela culatra, criando um fracasso de bilheteria brutal. E para piorar, ainda temos a sequência final cheia de cameos e participações especiais bem incômodas, por uma série de motivos.
Ursinho Pooh: Sangue e Mel
Graças a uma série de leis nos Estados Unidos, várias obras estão caindo em domínio público - mesmo com o lobby e a pressão contrária da Disney e outros estúdios. O Ursinho Pooh acaba de entrar para essa estatística, e em troca, tivemos o tenebroso Ursinho Pooh: Sangue e Mel, slasher extremamente barato (e de mau gosto).
Na trama, Christopher Robin abandona seus amigos no Bosque dos 100 Acres, e isso faz com que Pooh, Leitão e outros personagens adorados se tornem assassinos violentos e sanguinários. Apesar do conceito intrigante, o filme de Rhys Frake-Waterfield é uma bagunça, visualmente pobre, sem um pingo de originalidade e, pior de tudo, incapaz de dar medo.