Os piores filmes de 2020

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Os piores filmes de 2020

Por Equipe Legião dos Heróis

2020 não foi um ano nada fácil, especialmente para a indústria do cinema, que teve que lidar com paralisações e adiamentos constantemente. Não que isso tenha impedido que filmes ruins saíssem, é claro: eles continuaram acontecendo, e por terem saído em uma safra fraca de lançamentos devido à pandemia, só ficaram ainda piores.

Como missão dada é missão cumprida, encaramos o desafio de reunir os piores entre os piores e preparamos essa lista de filmes ruins lançados no ano passado, escolhidos por toda a equipe do site, para que você saiba o que evitar assistir. Ou não, afinal, bom ou ruim é subjetivo, certo? Enfim, vamos a eles!

Era Uma Vez Um Sonho

Baseado no livro de J. D. Vance e dirigido por Ron Howard, Era Uma Vez Um Sonho, mostra os conflitos de geração entre avó, mãe filho de uma mesma família, recorrendo a flashbacks constantes para contar sua história.

Apesar de estrelas do calibre de Glenn Close e Amy Adams, o filme cai no dramalhão exagerado, sendo muito criticado na época de seu lançamento por perpetuar estereótipos de pessoas pobres. Uma bola fora da Netflix, com certeza.

Ameaça Profunda

Uma equipe de engenheiros mecânicos fica presa em uma instalação subterrânea após um terremoto, e como se isso não fosse ruim o suficiente, criaturas mitológicas e gigantescas querem devorá-los. Parece uma trama divertida de tão boba, mas infelizmente não é o caso deste filme.

Kristen Stewart é a estrela do filme e única esperança da equipe, mas simplesmente não consegue passar a confiança que uma heroína deste tipo de filme precisa. A atuação sempre canastrona de Vincent Cassel também não ajuda em nada, e o que temos é uma experiência rasa como um pires, destoando com a profundidade na qual os personagens estão presos. Lamentável.

A Escolhida

Uma escritora de sucesso (Janelle Monáe) é "transportada" de volta para a época da escravidão nos Estados Unidos neste filme de terror, e o que poderia ter sido uma crítica social afiada usando o horror como alegoria acaba se tornando uma experiência vazia e sem propósito.

O filme recorre ao torture porn para chocar o público mostrando cenas de tortura grotesca com pessoas negras, causando mais repulsa do que qualquer outra coisa. O final do filme, que tentou ser surpreendente, só deixou toda a experiência ainda pior.

A Missy Errada

Sendo mais uma comédia escrachada da Netflix, A Missy Errada conta a história de Tim Morris (David Spade), que achava estar trocando mensagens com a mulher de seus sonhos quando a convida para uma ilha paradisíaca no Havaí. Na verdade, ele estava escrevendo para uma outra mulher de mesmo nome (Lauren Lapkus), que não podia ser mais diferente do que ele imaginava e que torna a vida dele em um inferno.

Para os fãs do gênero, o filme não incomoda muito e até gera umas risadas, mas se você não gosta muito daquele humor americano mais zoeiro e sem nenhum limite popularizado por Adam Sandler e Rob Schneider, passe longe deste.

O Segredo: Ouse Sonhar

Baseado no livro de autoajuda O Segredo, sensação nos anos 2000, o filme segue basicamente a mesma premissa: tenha pensamento positivo, peça ao universo e você será atendido, de um jeito ou de outro. Se parece fácil demais ou bobo demais, é porque realmente é.

Na história, vemos o professor Bray Johnson (Josh Lucas) entrando pouco a pouco na vida da família de Miranda Wells (Katie Holmes), e mostrando a eles que pensar positivo pode fazer maravilhas por suas vidas, o que de fato vai melhorando a convivência da família. A ideia é boa, mas a execução não poderia ser mais equivocada.

A Ilha da Fantasia

Comandado por Jeff Whadlow, mesmo diretor de Verdade ou Desafio, que já não era um filme bom, A Ilha da Fantasia consegue ser uma experiência ainda mais insossa, em uma história de terror que não assusta ninguém.

Baseado na popular série americana dos anos 70, o filme tenta levar o conceito do seriado para o horror, mas não consegue ter êxito nisso em nenhuma de suas muitas tentativas, tanto por seu roteiro fraco quanto por sua história bizarra e sem sentido algum. Fora que desperdiça o talento de ótimos atores, como Michael Peña e Maggie Q.

Bloodshot

Esta adaptação dos quadrinhos da editora americana Valiant Comics, este é um legítimo filme de Vin Diesel em todos os quesitos. Tem tudo: tiro, porrada, bomba, perseguição, e ainda um herói que é imune a absolutamente tudo. Pena que nada disso salvou o filme de ser um fracasso.

Bloodshot arrecadou apenas $37 milhões mundialmente, o que mesmo para padrões de pandemia é considerado como malsucedido. A produção tenta ser um legítimo filme de brucutu dos anos 90 e foi até pensado como o primeiro de um novo universo compartilhado, mas o resultado medíocre pôs fim aos planos da Sony Pictures.

Mulan

A adaptação em live-action de Mulan, clássico animado da Disney lançado em 1998, tentou se afastar o máximo possível do desenho original, ao contrário de seus antecessores. Mas essa ideia se prova errada logo nos primeiros minutos de projeção.

O filme mostra a protagonista, aqui interpretada por Yifei Liu, como uma criança superpoderosa convencida a esconder seus poderes para não ser perseguida e morta. Ele também insere vários elementos inéditos que não contribuem em nada para deixar a trama mais interessante, mudando a motivação dos personagens e a lição que é aprendida no final. Ah, e não tem o Mushu. Desonra pra tu e pra tua vaca!

Artemis Fowl - O Mundo Secreto

Artemis Fowl - O Mundo Secreto é um daqueles filmes em que *tudo é ruim. Não há uma única característica que se salve, um aspecto redentor, nada. Ele parece ter sido feito por máquinas, e como elas, não tem alma nem coração. O que é triste, pois os livros de Eoin Colfer são bem divertidos e essa adaptação cinematográfica demorou mais de dez anos para acontecer.

Na trama, o jovem gênio do crime Artemis Fowl (Ferdia Shaw) compra uma briga com as fadas, aqui mostradas como uma força militar, para seguir uma pista que pode levá-lo ao paradeiro de seu pai. Para isso, ele sequestra a fada Holly Short (Lara McDonnell), para exigir como resgate um artefato que pode ajudá-lo em sua busca. Só que nunca é explicado por que o tal artefato é tão importante e a tal genialidade de Artemis nunca é vista em momento algum, e esses são apenas dois de uma lista de muitos problemas.

Dolittle

A crítica foi impiedosa com Dolittle, a nova versão do popular musical de 1967 sobre um médico capaz de falar com animais, que deu bastante certo com Eddie Murphy nos anos 90 e bastante errado em 2020 com Robert Downey Jr. no papel principal.

O roteiro é ruim, os efeitos especiais são pobres, a trama é tão bagunçada quanto a confusão armada pelos próprios animais e a comédia parece agradar apenas às crianças em sua primeira infância, recorrendo a piadas de flatulência o tempo todo. O filme tem apenas 13% de aprovação no site Rotten Tomatoes, o que por si só serve como um aviso para que você não perca seu tempo com ele.