Os 10 piores efeitos visuais do cinema nas últimas décadas

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Os 10 piores efeitos visuais do cinema nas últimas décadas

Por Arthur Eloi

O cinema e a televisão vivem uma era de ouro dos efeitos em computação gráfica. Mesmo gigantes como a Marvel Studios conseguem criar obras inteiras digitalmente, apenas com cenas rodadas com telas azuis de fundo. Mas, acredite, foi um árduo caminho até chegarmos nesse ponto.

Ao longo das últimas décadas, tivemos uma boa quantidade de filmes com visuais medíocres e lamentáveis. Vamos focar nos blockbusters e nas obras de grandes franquias, que deixaram a desejar mesmo com orçamentos consideráveis, portanto não espere ver algo como Sharknado na lista – nesses casos, os efeitos ruins são parte do charme.

Relembre abaixo alguns dos piores efeitos visuais do cinema nas últimas décadas!

O Retorno da Múmia (2001)

Vamos começar com o que é considerado o pior efeito especial das últimas décadas. Em O Retorno da Múmia, Dwayne ‘The Rock’ Johnson faz a sua estreia nas telonas em uma cena meio vergonhosa em que vira - literalmente - o Escorpião Rei. O momento, porém, parece saído de um jogo duvidoso de PlayStation 2.

É importante colocar esse momento no início da lista para entender que, sim, computação gráfica era algo complicado no começo dos anos 2000. Além disso, uma declaração de 2021 do artista Alex Laurant, que trabalhou como supervisor no filme, expressa que está tudo bem reclamar e zoar esses momentos, mas que raramente são culpa da equipe de profissionais envolvidos:

Nós sabíamos que estava abaixo das nossas expectativas. Mas quando se é confrontado com uma situação assim, em que os seus desejos não estão se realizando, é quando entra em cena a velha sabedoria de ‘mais é menos’.

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Star Wars: A Ameaça Fantasma (1999)

George Lucas se tornou um nome polêmico até entre os fãs de Star Wars, e o motivo é que o diretor claramente tem um enorme carinho por computação gráfica - mesmo quando não era uma tecnologia super afiada.

Ele colocou isso à prova quando decidiu expandir sua saga clássica com uma trilogia de prequels quase que inteiramente construída em CGI. O primeiro filme, A Ameaça Fantasma, é o mais lamentável nesse aspecto, repleto de criaturas e cenários de computação gráfico que envelhecem que nem leite fora da geladeira a cada dia.

Cats (2019)

É fácil bater em filmes mais antigos, mas é ainda mais fácil bater em Cats. Lançado em 2019, o longa é um verdadeiro desastre em todos os aspectos, mas principalmente nos seus efeitos visuais.

Mesmo com um orçamento alto, o filme se parece com um enorme pesadelo em seus gatos antropomorfizados de pelos estranhos e rostos humanos. Nunca vamos superar o trauma da gata de Rebel Wilson dançando com baratas estranhas em uma cena igualmente aterrorizante e bizarra.

Eu Sou a Lenda (2007)

Baseado na obra de Richard Matheson e estrelado por Will Smith, Eu Sou a Lenda é um ótimo filme. É tenso, horripilante e cheio de questões igualmente válidas e deprimentes. O longa também é a prova de que até boas obras podem ter efeitos visuais ruins.

As criaturas noturnas que aterrorizam a vida do protagonista, que é o último homem de Nova York, têm um visual precário até para um filme da metade dos anos 2000. Os monstros vampirescos destoam do cenário e do protagonista, e acabam ofuscando um pouco da tensão do longa.

Pantera Negra (2018)

Outro exemplo de uma boa obra com efeitos precários é Pantera Negra. Sua qualidade é indiscutível, pelo elenco excelente, música, estética e trama. Mas é um dos filmes da Marvel Studios que mais derrapa nos efeitos especiais.

Quando se trata de muitas das cenas de ação, em que o herói titular de Chadwick Boseman é substituído por um boneco de computação gráfica, a troca fica bastante aparente. Isso é especialmente verdade na batalha final contra Killmonger, um ponto baixo que até a própria produção reconhece que não fica a par do restante da grandeza da obra.

Como um comentarista do YouTube resumiu muito bem, a cena "demonstra bem o momento em que a equipe de efeitos visuais deixou o projeto para ir trabalhar em Guerra Infinita".

Liga da Justiça (2017)

O desenvolvimento de Liga da Justiça foi marcado por todo tipo de bizarrice, como a saída repentina do diretor Zack Snyder e a estranha finalização dada por Joss Whedon, que causou inúmeras dores de cabeça no set.

Mas a cara desse inferno de desenvolvimento é, literalmente, a cara de Henry Cavill. Quando a produção se arrastou e precisou de regravações, o ator do Superman estava filmando Missão: Impossível - Efeito Fallout, em que aparece com bigode. Por conta disso, o filme da DC precisou tirar sua barba digitalmente - e o resultado é simplesmente desconcertante, como um filtro de Instagram mal aplicado.

Matrix Reloaded (2003)

Essa aqui é uma escolha bastante divisiva. Há quem justifique que é o melhor que podia ser alcançado na época, ou então que a intensidade da cena compensa seus defeitos, mas precisa estar na lista apenas por ser um momento que gera tanto debate.

Matrix Reloaded não tem a melhor das reputações nem entre os fãs da franquia, e uma de suas cenas mais memoráveis também demonstra que existem limites para os efeitos de computador. Na reta final, Neo (Keanu Reeves) trava uma intensa batalha contra centenas de versões do Agente Smith (Hugo Weaving). Sim, a luta é ótima, mas com visual extremamente plástico e artificial. Pode até combinar com a premissa virtual da Matrix, mas é muito abaixo do altíssimo padrão estabelecido pelos filmes anteriores.

Lanterna Verde (2009)

Se Matrix Reloaded causa divisão, bater em Lanterna Verde une todos novamente. É um dos poucos filmes de herói em que há consenso de que é uma porcaria - e os efeitos visuais medíocres são grande parte disso.

Não só os poderes, criaturas e cenários são de CGI medíocre, como também a produção tomou a péssima decisão de renderizar o uniforme do herói no computador. O longa é tão imperdoável que até virou piada para o ator Ryan Reynolds em Deadpool.

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008)

No final dos anos 2000, a computação gráfica já tinha atingido um nível minimamente satisfatório de fidelidade visual. Por conta disso, Hollywood achou que já estava pronta para fazer filmes que se apoiassem intensamente em efeitos visuais computadorizados. Foi assim que até franquias grandes acabaram com cenas lamentáveis.

Um exemplo disso é Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal. Desde a abertura o filme é marcado por efeitos pouco convincentes, e isso só avança ao ritmo que a trama ganha ares de ficção científica ao evidenciar a existência de alienígenas. Mas a cena mais bizarra acontece quando vemos o personagem de Shia LaBeouf se balançando nas árvores que nem o Tarzan, junto com uma avalanche de macacos mal renderizados.

X-Men Origens: Wolverine (2009)

A discussão entre efeitos práticos e digitais é eterna, e há entusiastas de ambos os lados. Mas se há uma forma de amarrarmos essa lista é trazendo o ditado de que não se mexe em time que está vencendo. No caso, não é preciso digitalizar algo que já funciona muito bem quando feito de verdade.

X-Men Origens: Wolverine é um filme completamente cheio de defeitos e decisões questionáveis. Mas um dos casos mais estranhos é o fato de que, por algum motivo, a produção escolher criar as garras do Wolverine no computador. O resultado é fraco e muito inferior às garras reais que Hugh Jackman usou para imortalizar o personagem em X-Men: O Filme, quase uma década antes.

Qual é o efeito visual mais lamentável que você viu em um filme dos últimos anos? Deixe nos comentários abaixo!