Para iniciar a lista com o pé esquerdo, temos a "cena pós-créditos" do último episódio de Loki - que nem sequer se enquadra nessa categoria por não ser exatamente uma cena. Desde que o MCU popularizou a ideia das cenas pós-créditos, os fãs esperam avidamente por um teaser para o futuro - algo que as séries seguiram, com WandaVision e Falcão e o Soldado Invernal.

No caso de Loki, no entanto, a única sequência após os créditos do final mostra um caderno sendo aberto com um carimbo dizendo que o Deus da Trapaça retornará em uma segunda temporada. Embora seja um teaser bem vindo, por confirmar mais aventuras para o "vilão" de Tom Hiddleston, os fãs sentiram que a Marvel poderia ter se esforçado um pouco mais para dar uma prévia mais encorpada do futuro da série.

Agora, passando para os cinemas, todos sabemos como Thanos se tornou uma figura respeitável e temida no Universo Cinematográfico da Marvel, ainda mais graças à sua participação em Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato. O vilão, no entanto, havia sido apresentado desde a primeira cena pós-créditos de Os Vingadores, com muita pompa e imposição.

Infelizmente, sua aparição em Era de Ultron é bem aquém do esperado. Aqui, ele apenas diz que vai resolver tudo com as próprias mãos e expõe a Manopla do Infinito para o público. É uma cena repetitiva, se comparada às aparições anteriores do vilão em Os Vingadores e Guardiões da Galáxia - e que causa um erro de continuidade em relação à origem da Manopla em Guerra Infinita, já que ela ainda não havia sido forjada em Nidavellir.

Pior do que uma cena pós-créditos repetitiva é uma cena que não acrescenta em nada à narrativa e só serve para fazer o público esperar à toa. O exemplo disso está em Thor: O Mundo Sombrio, que conta com uma sequência bem dispensável na qual o Deus do Trovão retorna para a Terra para ficar ao lado de sua amada, Jane Foster.

A cena facilmente poderia ser incluída durante o filme e nem sequer serve no contexto do MCU, já que Thor e Jane passam por um "término" sem muitas explicações antes de Thor: Ragnarok. O único fator redentor da cena é um detalhe dos bastidores: Natalie Portman não pôde gravar a cena por um conflito de agendas, e quem assumiu seu lugar foi a esposa de Chris Hemsworth na vida real, a atriz espanhola Elsa Pataky.

Goose foi uma das surpresas de Capitã Marvel. A gatinha de Carol Danvers se destacou por sua fofura, mas também por se revelar uma grande alienígena com tentáculos e garras assustadoras saindo de sua boca. Muitos não gostam da inclusão dessa personagem, especialmente por se atrelar ao motivo pelo qual Nick Fury perdeu um de seus olhos.

Porém, sua cena pós-créditos no filme solo de Carol Danvers é um tanto quanto desnecessária e só serve para arrancar mais um riso do público antes das luzes se apagarem. Aqui, podemos ver ela cuspindo o Tesseract - o receptáculo da Joia do Espaço - na mesa de Fury, o que certamente não tem nenhum grande valor narrativo e nem serve como teaser do futuro. É uma cena bonitinha, mas descartável.

Depois de Os Vingadores, os fãs da Marvel queriam ver cada vez mais participações e interações entre heróis nos filmes de outros personagens - e isso nos leva à única cena pós-créditos de Homem de Ferro 3, que nos mostra que toda a narração do filme, na verdade, foi feita por Tony Stark para Bruce Banner, que dorme durante o conto.

Embora a cena sirva para fortalecer a conexão entre Tony e Bruce - algo que se tornaria ainda mais presente em Era de Ultron -, não há muita coisa relevante a ser tirado daqui. E levando em conta que o filme foi o primeiro da Fase 2, muitos esperavam novas pistas que levassem à conclusão do arco estabelecido por Kevin Feige e cia.

Embora tenha conquistado alguns fãs aqui e acolá, What If...? teve, em sua maioria, uma recepção bem morna do público. Parte disso se deve por uma questão "conceitual": a série foi prometida como uma antologia, onde cada história seria individual e mostraria um universo alternativo. Na prática, não foi isso que aconteceu, com tudo se unindo nos dois últimos episódios.

E embora essa ligação seja interessante, o pouco tempo de duração de cada episódio contribui para que nós não tenhamos muita simpatia pelos heróis. A cena pós-créditos do nono episódio mostra a Viúva Negra e a Capitã Carter encontrando a armadura de Steve Rogers - mas não faz muito sentido ele ter sobrevivido tantos anos congelado no gelo, já que não tinha o soro do supersoldado, como no universo principal.

A cena pós-créditos de Thor não é ruim - na verdade, ela veio já dando o contexto para a união dos Vingadores. Aqui, podemos ver o Dr. Erik Selvig sendo manipulado por Loki para recuperar o Tesseract. Apesar de tirar um pouco o peso do sacrifício do Deus da Trapaça, é até interessante vê-lo de volta à ação.

O problema de fato está na confusão narrativa, uma vez que Loki retorna em sua glória total somente em Os Vingadores - mas na cena de Thor, ele ainda não está em posse da Joia da Mente. Como então ele teria sido capaz de controlar Erik Selvig? E por que, depois que ele retorna, usa o cetro presenteado por Thanos para controlar o cientista sendo que ele já estava sob seu controle?

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é um filme emocionante e cheio de momentos eletrizantes, que realmente captura - pela primeira vez - toda a glória do Amigão da Vizinhança no Universo Cinematográfico da Marvel. Dito isso, a sua primeira cena pós-créditos é um tanto quanto decepcionante, especialmente para quem esperava um grande confronto com o Venom.

Aqui, vemos Eddie Brock sendo trazido ao MCU (como já havíamos visto na cena pós-créditos de Venom: Tempo de Carnificina), mas ele nunca tem seu momento de destaque no filme. Assim que o feitiço do Doutor Estranho é posto em prática, ele retorna ao seu universo original, deixando para trás um pedaço de seu simbionte alienígena. Embora as possibilidades futuras sejam interessantes, é triste não termos visto qualquer interação entre Eddie e Peter.

Muito mais divertido e empolgante que seu antecessor, Homem-Formiga e a Vespa veio com uma baita responsabilidade, já que devia ser o filme de "ligação" entre Guerra Infinita e Ultimato. Em parte, ele tem muito sucesso na sua primeira cena pós-créditos, que mostra o que aconteceu com Scott Lang e seus amigos após o estalar de dedos de Thanos.

No entanto, a segunda cena pós-créditos é daquelas que faz o público ficar triste de ter esperado tanto tempo para nada. No fim, vemos apenas uma das formigas gigantes de Scott tocando bateria em sua casa. É uma cena divertida e que até combina com o tom da franquia, mas não há como negar que isso poderia ser sido colocado antes dos créditos.

O futuro de Yelena Belova? O que aconteceu com o Rei do Crime? Uma pista para a série solo de Eco? Não, a cena pós-créditos de Gavião Arqueiro não tenta dar nenhum teaser para os fãs mais emocionados. Em vez disso, nós temos uma versão estendida de uma das cenas de Rogers: The Musical, a peça inspirada na vida do Capitão América e os Vingadores.

Se, por um lado, é interessante por parte da produção prestigiar a equipe que fez a cena de dança, a cena soa de mau gosto levando em conta que não passa de uma versão estendida da sequência que já havia sido apresentada no primeiro episódio. Para muitos, é o tipo de coisa que poderia ter sido só divulgada no YouTube como um extra, mas que acaba não servindo de nada dentro do contexto do Universo Cinematográfico da Marvel.

Agora, um item bônus que certamente vai gerar polêmica. Quando o primeiro filme do Amigão da Vizinhança chegou ao Universo Cinematográfico da Marvel, muitos fãs estavam ansiosos para ver todos os rumos que o herói tomaria a partir dali, e as cenas pós-créditos foram bem aguardadas. Uma das sequências até foi bem-recebida, mostrando o encontro do Abutre com o bandido conhecido como MacGargan, o Escorpião das HQs.

A segunda, no entanto, traz apenas um breve vídeo do Capitão América falando sobre a necessidade de se ter paciência, quase como uma alfinetada nos fãs que passam minutos esperando os créditos por qualquer migalha de pistas para projetos futuros. Muitos não gostaram de ser trolados desse jeito, mas certamente não dá para considerar uma das piores porque a piada acerta em cheio no público!