As 10 piores animações da Disney, ranqueadas
As 10 piores animações da Disney, ranqueadas
Até mesmo o maior estúdio de animação do mundo teve seus momentos ruins!
Completando seu centenário em 2023, a Walt Disney Animation Studios se tornou a maior referência quando o assunto são animações feitas para o cinema. Ao longo de toda a sua trajetória, o estúdio lançou clássicos incontestáveis, desde os filmes das Princesas da Disney até obras como O Rei Leão, O Corcunda de Notre-Dame e Lilo & Stitch.
Mas em todo esse processo, nem tudo foram flores. Vários filmes deixaram a desejar, seja pela expectativa colocada em suas produções ou pela baixa qualidade de suas narrativas. Hoje, vamos ranquear as 10 piores animações da Disney, da “menos pior” até a pior de todas.
Para esta lista, estamos nos limitando apenas aos filmes dentro dos 61 longas-metragens produzidos pela Walt Disney Animation Studios. Assim, filmes da Pixar e as sequências que eram lançadas direto para VHS e DVD nos anos 90 e 2000 estão sendo deixadas de lado, já que elas não fazem parte do “cânone oficial do estúdio”.
10. Pocahontas (1995)
Na década de 90, a Disney passava por sua grande "Renascença", com uma série de produções aclamadas como O Rei Leão, Mulan e A Pequena Sereia. Contudo, um filme se destaca nesse período: Pocahontas, que nem chega a ser tão ruim quanto o resto da lista, mas possui um histórico um tanto quanto... complicado.
O filme, dirigido por Mike Gabriel e Eric Goldberg é um primor no que diz respeito à sua animação, além de contar com algumas das músicas mais bonitas feitas para um filme da Disney. Ainda assim, ele tem uma narrativa bem arrastada e que "romantiza" a figura histórica da Pocahontas, uma jovem indígena que foi sequestrada por colonizadores e teve sua vida destruída.
9. Mogli: O Menino Lobo (1967)
Pode até ser meio polêmico colocar um filme tão amado quanto Mogli: O Menino Lobo em uma lista de piores animações da Disney, mas verdade seja dita: o filme é muito chato. Nessa adaptação do livro de 1894, escrito por Rudyard Kipling, somos apresentados a um jovem garoto, Mogli, que é criado por animais selvagens em uma floresta da Índia.
O filme então se desenrola a partir dos pequenos momentos de diversão de Mogli com seus amigos animais, com muitas canções e cenas cômicas. Ele até funciona como um compilado de esquetes, mas é bagunçado se analisarmos como um longa-metragem. Ainda assim, o filme tem um papel importante no estúdio, já que foi a última obra produzida por Walt Disney antes de sua morte, em 1966.
8. Bernardo e Bianca (1977)
O típico caso de uma animação esquecível com uma personagem marcante, Bernardo e Bianca foi lançado no final da década de 70, em um período onde o estúdio passava pela miséria após a morte de seu fundador, Walt Disney. Essa era, conhecida como a "Fase Sombria" ou "Era das Trevas" foi marcada por um declínio na qualidade das animações e narrativas.
Aqui, seguimos dois ratinhos que precisam investigar um crime no mundo dos seres humanos. É aí que entra a personagem mais memorável do longa, a cruel Madame Medusa, que sequestra uma criança para roubar uma joia preciosa escondida em seu urso de pelúcia. O filme não é lá muito marcante, exceto pela cena que contém um frame pornográfico, o que alimentou anos de teorias da conspiração e pânico satânico.
7. Nem que a Vaca Tussa (2004)
Os anos 2000 foram um terreno bem peculiar para a Walt Disney Animation Studios. A chegada da tecnologia e a presença de fortes concorrentes como a DreamWorks e a Pixar empurraram o estúdio em uma espiral de novas experimentações e ideias, mas poucas realmente se sobressaíram. Nem que a Vaca Tussa, por exemplo, faz parte desse segmento.
O filme conta a história de três vacas que precisam se unir para salvar a sua fazenda de um maligno latifundiário. Porém, a animação não tem uma boa recepção entre os fãs graças ao seu humor fora de tom e os cenários sem muita vida, além das protagonistas nem um pouco marcantes, apesar de serem interpretadas por Roseanne Barr, Judi Dench e Jennifer Tilly.
6. Frozen II (2019)
Nos últimos anos, a Disney se tornou mais comercial e rentável que nunca, com filmes já preparados para se tornarem sucessos nas lojas de brinquedos, parques de diversões e produtos licenciados. Em 2013, todo mundo que havia assistido Frozen: Uma Aventura Congelante nunca mais iria esquecer o nome de Elsa e Anna, ou a canção Let it Go/Livre Estou.
Porém, em 2019 saiu a aguardada sequência do filme, dessa vez expandindo o mundo do primeiro longa e apresentando novos perigos e ameaças... e se o primeiro alugou o castelo de gelo na cabeça de seus fãs, o segundo evaporou no momento em que os créditos subiram na tela de cinema. Não é um filme de todo ruim, mas é bem esquecível e não justifica todo o tempo em que os fãs passaram esperando.
5. Alô, Amigos (1942)
A década de 40 trouxe muitos desafios para a Walt Disney, sobretudo por conta da Segunda Guerra Mundial. A produção cinematográfica na época era escassa e limitada, já que a maior parte dos recursos eram destinados ao envio de tropas americanas para a Europa. Assim, o estúdio começou a lançar pequenos "pocket movies" - filmes compostos por dois ou mais curtas.
O primeiro desses projetos foi Alô, Amigos, de 1942 - que conta com a primeira aparição do malandro Zé Carioca. Apesar disso, o longa está bem longe de ser um clássico incomparável. Sua animação é bem menos detalhista se comparado com filmes anteriores, como Pinóquio e Fantasia. E tirando a sequência do Zé Carioca, não há nada muito memorável nele.
4. Você já foi à Bahia? (1944)
Lançado em 1944, Você já foi à Bahia? foi o segundo filme produzido na época da Segunda Guerra Mundial, dando continuidade à "trama" de Alô, Amigos. O longa foi criado na expectativa de estreitar as relações dos EUA com países da América Latina, e o resultado é uma nova participação do Zé Carioca, além do galo mexicano Panchito Pistoles.
Apesar de ter algumas inovações técnicas ao misturar animação com takes em live-action - inclusive com participação de Aurora Miranda, a irmã de Carmen Miranda - o longa traz alguns estereótipos racistas e xenofóbicos bem desconfortáveis e mais parece um festival de experimentos estilísticos que um filme em si. Mas ainda havia um filme pior nessa era...
3. Como é Bom se Divertir (1947)
Lançado em 1947, Como é Bom se Divertir foi o antepenúltimo filme da Disney Animation durante a "Era da Guerra". Aqui, em vez de vários curtas e segmentos, como nos filmes anteriores, temos só dois contos: Bongo, a história de um urso de circo liberto na natureza; e Mickey e o Pé de Feijão, que adapta o clássico conto de fadas, mas com o ratinho no papel principal.
Apesar de ter "diversão" no título, a animação oferece o exato oposto disso, já que seus dois segmentos se arrastam muito além do necessário e não têm um momento memorável sequer. Além disso, esse foi o primeiro filme em que Walt Disney não fez a voz de Mickey Mouse, deixando seu posto para Jimmy MacDonald, que seria a voz oficial de Mickey até 1978.
2. Oliver e sua Turma (1988)
Assim como Bernardo e Bianca, Oliver e sua Turma foi produzido em um período bem difícil para o estúdio - a "Era das Trevas", que começou após a morte de Walt Disney e se estendeu até o final dos anos 80. Nesse aqui, temos uma adaptação livre do clássico Oliver Twist, escrito por Charles Dickens, com animais fazendo o papel dos personagens do livro.
Visualmente, o filme não consegue cativar o olhar como outros lançamentos da mesma época, com um estilo bem bagunçado e pobre. Além disso, ele até tem boas canções e um ou outro momento emocionante, mas não consegue se sustentar com seus personagens, que são em maioria esquecíveis ou então insuportáveis. Ao menos, o gatinho Oliver é fofo.
1. O Galinho Chicken Little (2005)
Ele pode até ter virado meme e ser muito querido pelos fãs (ironicamente, é óbvio), mas a verdade é que O Galinho Chicken Little toma o posto de pior animação da Walt Disney Animation Studios até hoje. O filme, lançado em 2005, conta a história de um jovem galo que começa a suspeitar que o céu está caindo em torno de sua cidade, que o rejeita e o odeia.
Um dos primeiros experimentos com animação 3D do estúdio, o longa não tem muitos pontos fortes em seu visual, além de ter uma história convoluta cheia de personagens bem irritantes. Ele até funciona como uma metáfora para o negacionismo, mas não teve nenhum impacto na história do estúdio - e olha que foi dirigido por Mark Dindal, o responsável pelo excelente A Nova Onda do Imperador.