Alan Turing foi um matemático britânico que mudou o curso da história durante a Segunda Guerra Mundial, decifrando a máquina de criptografia alemã, chamada de Enigma. Para resolver esse problema ele utilizou a tecnologia para superar a tecnologia criando uma máquina para quebrar códigos.

Com isso, ele criou a Bomba Eletromecânica, ou somente Bombe que quebrava a criptografia do Enigma tornando possível saber a localização dos U-boat alemães e outras informações sigilosas, mudando o rumo da guerra. Vale lembrar que a história de Turing foi adaptada para os cinemas no filme O Jogo da Imitação, protagonizado por Benedict Cumberbatch.

Genevieve Grotjan recebeu seu bacharelado em matemática e durante a Segunda Guerra Mundial foi recrutada pelo criptoanalista William Friedman que estava trabalhando junto com seu time para decifrar o código japonês purple. A equipe estava trabalhando nisso a meses, mas com um progresso minúsculo.

Os britânicos haviam desistido de tentar decifrar o código, mas em 20 de setembro de 1940, Grotjan conseguiu. A mulher notou certas repetições e ciclos que outros haviam perdido, fazendo com que fosse possível decifrar as mensagens.

O código Vigenere foi criado em 1553 e trazia um desafio que utilizava 26 alfabetos cifrados. Ele era considerado inquebrável por todos que o conheciam até 1853, quando Charles Babbage um criptógrafo britânico conseguiu resolver.

Babbage conseguiu notar repetições nas cifras que eram traduzidas para repetições no texto, conseguindo entender o tamanho de cada palavra. Babbage nunca publicou seu estudo do código, o que fez com que cinco anos depois, Friedrich Kasiski decifrasse o Vigenere e publicado seu trabalho, ficando conhecido como Kasiski examination.

Nos anos 60 o assassino do zodíaco aterrorizou parte de São Francisco. Sua identidade e a contagem final de vítimas ainda segue um mistério, mas uma parte do caso foi resolvida. O assassino após fazer sua vítima enviava cartas para o jornal local ou então fazia ligações.

Depois que ele fez sua última vítima conhecida, ele enviou um criptograma para o The San Francisco Chronicle. O quebra cabeça com 340 caracteres ficou com o FBI e várias outras equipes na tentativa de decifrar. Em dezembro de 2020 um time internacional foi capaz de desvendar e encontrar uma transposição que ajuda a entender a regra do código e reorganizar as letras.

Edgar Allan Poe sempre foi um fã de enigmas e desafiava seus leitores a resolver alguns que segundo ele eram enviados por Mr. W.B. Tyler. Mas dois desses enigmas que foram publicados em 1839 ficaram anos sem uma resposta.

Em 1992, Terence Whalen decifrou o primeiro código que revelava o texto de 1713 chamado de Cato. Depois disso, foi oferecido um prêmio para quem resolvesse o segundo e em 2000 Gil Broza conseguiu. Ele entendeu que eram cifras polialfabéticas e com isso foi encontrando os erros e decifrando o texto.

Durante o século XVI, Espanha e França eram rivais mantendo uma constante tensão. Charles V, rei da Espanha, estava sempre de olho em seu rival Francis I, o que fez com que Charles trocasse algumas mensagens secretas com o embaixador da França, Jean de Saint-Mauris. Essas cartas secretas foram guardadas e ficaram anos sem conseguir ser lidas, por serem escritas em código.

Mas Cécile Pierrot junto de sua equipe conseguiram decifrar uma dessas cartas em 2022. A carta continha a alegação de planos contra a vida de Charles V e apesar de não ter muitos detalhes preocupou o monarca. Com o código decifrado é possível que mais cartas tenham seu conteúdo revelado.

O manuscrito Voynich foi encontrado em 1912 e continha imagens de mulheres, plantas e símbolos do zodíaco. Por muitos anos pessoas tentaram decifrar o que estava escrito, mas somente em 2017 que Nicholas Gibbs conseguiu entender o que estava presente no manuscrito.

Gibbs é um expert em latim medieval e conseguiu perceber que a maior parte do texto era abreviação de palavras em latim. Com isso ele entendeu que o manuscrito é um livro de medicina para mulheres, trazendo diversos tipos de tratamentos, sendo também um plágio de outros textos do mesmo período.

Em 1978 as escavações na Grécia revelaram uma variedade de escrituras, entre elas uma chamada de Linear B. Quando foi descoberto ninguém foi capaz de ler até que Michael Ventris conseguiu entender o código em 1950.

Usando análise de estatística e entendendo a relação entre os sinais, Ventris decifrou o código e mostrou para John Chadwick. Juntos eles terminaram de entender o que estava escrito e publicaram tudo em 1953.