Esses são os personagens de X-Men mais mal adaptados para o cinema

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Esses são os personagens de X-Men mais mal adaptados para o cinema

Por Gus Fiaux

Os X-Men estão fazendo sua estreia no Universo Cinematográfico da Marvel de pouco em pouco, com aparições esporádicas em obras como As MarvelsDoutor Estranho no Multiverso da Loucura e, em breve, Deadpool & Wolverine. Porém, antes dos Filhos do Átomo se juntarem à franquia da Marvel Studios, eles passaram anos nas mãos da Fox, que compôs o seu próprio universo cinematográfico.

Ainda que filmes como X-Men 2Dias de um Futuro Esquecido Logan sempre tenham arrancado elogios dos fãs e críticos, o consenso geral é que o estúdio não soube adaptar os mutantes em toda sua glória para os cinemas – e aqui, relembramos os mais judiados, listando 10 personagens que foram mal adaptados na franquia dos X-Men!

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Jean Grey

Qualquer fã de X-Men que já tenha pego um quadrinho para ler sabe que Jean Grey teve uma das evoluções mais avassaladoras dos quadrinhos. Ela começou como uma telecinética com poderes bem limitados, até descobrir o seu potencial telepata e, posteriormente, servir como hospedeira da Força Fênix, se tornando fogo e vida reencarnados.

Os filmes nunca conseguiram explorar muito bem essa evolução da heroína, e a Saga da Fênix Negra, que foi "adaptada" duas vezes, em O Confronto Final e Fênix Negra, também não fez jus à entidade cósmica. No final, toda a jornada de Jean na trilogia original servia apenas ao triângulo amoroso com o Wolverine, e na segunda saga, ela não teve o devido desenvolvimento.

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Mística

Ainda que o visual fosse bem diferente de sua contraparte dos quadrinhos, a Mística de Rebecca Romijn sempre foi um dos pontos altos da trilogia original dos X-Men, com sua postura ameaçadora e misteriosa. Foi a partir de X-Men: Primeira Classe que a história da personagem começou a dar errado, quando Jennifer Lawrence assumiu o papel da metamorfa.

Não há nada de errado em dar um desenvolvimento diferente para um herói ou vilão dos quadrinhos, e até Dias de um Futuro Esquecido, a Mística tem um papel bem interessante. O problema começa com X-Men: Apocalipse e a decisão de transformá-la em um dos "rostos" dos X-Men, enquanto vários integrantes importantes da equipe são colocados em segundo plano.

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Apocalipse

Aliás, por falar em X-Men: Apocalipse, precisamos lembrar que nem o próprio Oscar Isaac e seu carisma inabalável foram suficientes para dar ao Apocalipse um mínimo de conexão com o público. Conhecido por ser um dos mutantes mais antigos da Terra, o egípcio En Sabah Nur sempre foi o maior defensor da tese da "sobrevivência do mais forte".

Isso fez com que ele se tornasse uma verdadeira ameaça, conduzindo os seus exércitos de mutantes para uma guerra completa contra a humanidade, pelos seus ideais supremacistas. No filme de 2016, no entanto, o vilão nunca chega a ser tão ameaçador e imponente quanto é nos quadrinhos - e não ajuda que seu visual o faz parecer um vilão genérico dos Power Rangers...

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Sanguessuga

Sanguessuga foi apresentado em X-Men: O Confronto Final, e a sua história está diretamente conectada com as pesquisas em busca da tal cura mutante, descoberta que põe em risco a existência dos homo superior. O personagem foi interpretado por Cameron Bright, e aparenta ser só uma criança comum - o que contradiz toda sua história nos quadrinhos.

Nas páginas das revistas da Marvel, Sanguessuga é parte dos Morlocks, uma comunidade de pessoas que vivem nos esgotos, já que suas mutações e poderes não são "bonitinhas" como as de outros mutantes. Sanguessuga tem a pele verde e escamosa, e é sempre visto como uma "aberração", mas isso é completamente esquecido em O Confronto Final.

Curiosamente, outros Morlocks também foram adaptados para o cinema sem que esse elemento estivesse presente em suas histórias. É o caso de Callisto, que também aparece no terceiro capítulo da trilogia original.

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Gambit

Com X-Men '97 em exibição, muitos estão podendo ver alguns de seus mutantes favoritos em ação - como é o caso do Gambit, o cajun capaz de manipular a energia cinética ao seu redor e "redirecioná-la", seja para criar explosões ou "energizar" objetos. Infelizmente, Gambit só apareceu uma vez nos filmes, e justamente no infame X-Men Origens: Wolverine.

Interpretado por Taylor Kitsch, o personagem perde a maior parte de suas características mais marcantes - como o visual, o sotaque e seu carisma. Aqui, ele serve apenas como um recurso narrativo, auxiliando Logan a encontrar o General Stryker, e depois surge como um deus ex-machina para salvar o Wolverine ao final. Remy LeBeau merecia (muito) mais.

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Vampira

Já que falamos no Gambit, é válido também citar a Vampira, interpretada por Anna Paquin na trilogia original e em cenas deletadas e estendidas de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. Apresentada no primeiro filme da equipe mutante, ela serve como os "olhos do público", conhecendo a escola do Professor Xavier e desbravando os segredos do mundo mutante.

O problema é que a personagem nunca passou por um desenvolvimento até se tornar a Vampira que conhecemos - a personagem durona, que aprendeu a controlar as consequências de seus poderes e não leva desaforo para casa. Em vez disso, a personagem é cada vez mais ofuscada na trilogia original, até decidir se injetar com a cura mutante no fim da saga, uma decisão pra lá de questionável.

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Jubileu

Outra personagem que X-Men '97 que também dá as caras de vez em quando nos filmes dos Filhos do Átomo é Jubileu. Com visual excêntrico, poderes divertidos e uma personalidade expansiva, ela já foi interpretada por várias atrizes ao longo dos filmes, com a última tendo sido Lana Condor em X-Men: Apocalipse.

Jubileu é tão maltratada pela Fox que, ao longo de toda a franquia, nunca a vimos sequer usando seus poderes mutantes - exceto por uma cena deletada de Apocalipse. Ela quase não teve falas (em nenhuma de suas versões) e só aparece ao fundo do Instituto Xavier, para compor o quadro de alunos da escola, como uma figurante.

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Emma Frost

Quem conhece a Emma Frost dos quadrinhos sabe que sua trajetória foi surpreendente, passando de uma mesquinha vilã do Clube do Inferno até se tornar uma das maiores líderes dos X-Men. Nos cinemas, nada disso é bem representado, seja em X-Men Origens: Wolverine (onde ela vira a... cunhada do Wolverine) ou em X-Men: Primeira Classe.

No segundo caso, ela é interpretada por January Jones e é tratada como uma mera capanga de Sebastian Shaw, sem nunca mostrar um pingo da sua personalidade. E, para piorar, ela é apenas "morta" no espaço entre esse filme e X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, e só descobrimos isso ao ver uma foto de seu cadáver.

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Tempestade

Verdade seja dita, a trilogia original dos X-Men teve seus acertos, mas a decisão de transformar o Wolverine no "grande protagonista" da saga foi uma faca de dois gumes, prejudicando e ofuscando vários dos nossos heróis favoritos no processo. Um exemplo disso é a Tempestade, que apesar de um momento bom ou outro, nunca teve um desenvolvimento interessante.

Halle Berry se esforça, e o carisma da atriz arranca momentos genuínos e emocionantes, mas ainda falta muito da Ororo Munroe que amamos dos quadrinhos. Para piorar, na segunda saga, ela é completamente deturpada na adaptação, se transformando em um dos Cavaleiros de Apocalipse em X-Men: Apocalipse e sendo escanteada logo em seguida em Fênix Negra.

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Ciclope

No entanto, se há alguém que sempre sofreu com as decisões da Fox, esse alguém é o Ciclope. Nos quadrinhos, Scott Summers é a alma dos X-Men, é o líder tático e estrategista, que tenta manter a equipe unida mesmo nos momentos mais difíceis. Na trilogia original, James Marsden deu vida ao personagem como um mero "escoteiro" chato e sem graça.

Nessa primeira saga, o Ciclope serve apenas para ser o "rival" do Wolverine e para morrer de uma forma absurdamente cruel em O Confronto Final. O personagem depois ganhou outra versão, vivida por Tye Sheridan, a partir de X-Men: Apocalipse, mas essa adaptação do mutante é ainda pior, ao tentar transformá-lo em uma espécie de bad boy rebelde.