Naomi pode ter tido uma adaptação frustrada para o mundo das séries, mas a personagem ainda é capaz de representar o núcleo jovem e amante de história em quadrinhos da DC. Assim como a Ms. Marvel da Kamala Khan, Naomi é uma jovem que, acidentalmente, descobriu poderes que viraram sua vida de cabeça para baixo.

Nascida cercada por histórias de heróis, uma nova adaptação da personagem seria capaz de aproximar o espectador mais facilmente com os deuses modernos da DC. Além disso, mesmo com a recente série da HBO Max, a garota seria a pitada de novidade que Gunn procura para seu novo universo.

Todos sabemos que James Gunn gosta de três coisas para seus personagens: serem desconhecidos, sanguinários e, de preferência, LGBTQIA+. Meia-Noite é um dos que se encaixa em todos esses espaços. Ironicamente, a primeira aparição do personagem não se deu nos quadrinhos da DC, mas na Wildstorm Comics.

Com a aquisição da editora, a DC se tornou a detentora legal do personagem e, desde então, construiu diversas boas histórias com ele. Casado com Apollo (um herói com poderes parecidos com os do Superman), introduzir o casal seria a possibilidade perfeita para Gunn poder brincar com arquétipos do mundo dos heróis e, junto, produzir algo autoral e divertido como O Pacificador.

Mesmo que Keiynan Lonsdale tenha marcado a série Flash como Kid Flash, talvez seja a hora de dar espaço para um novo ator. Wally West, como também é conhecido, é mais um da série de personagens que cresceram sob a influência de heróis.

Com as recentes polêmicas ao redor de Ezra Miller, investir em outro Flash além de Barry Allen pode ser a escolha certa. Desta forma, Wally é uma novidade para o universo cinematográfico da DC, mas também representa a juventude que Gunn está interessado em investir.

A verdade é que Gunn adora personagens que parecem ordinários, mas possuem a força motriz de mudar o mundo. Michael Holt se encaixa nessa descrição em vários sentidos. Conhecido pela sua participação no Arrowverse; Nos quadrinhos, o herói tem um passado sombrio e uma rivalidade amigável com o Batman.

Em sua história de origem, sua esposa Paula é atropelada e morta por um motorista bêbado. Holt, então, decide cometer suicídio, mas é impedido por Espectro que lhe conta a história de Terry Sloane, o Senhor Incrível da Era de Ouro. Inspirado pelo herói, o terceiro homem mais inteligente da DC, toma o legado para si e decide fazer a diferença no mundo.

Entre os personagens que quase chegaram a compor o Esquadrão Suicida de James Gunn está Nevasca. Trazer a personagem agora não apenas abriria portas para uma nova formação da Liga da Justiça, assim como foi nos quadrinhos, mas também traria aspectos pouco explorados pelo universo da DC nos cinemas e séries de TV.

A antiga vilã e presente anti-heroína é conhecida por sua participação em Flash, sob o nome de Caitlin Snow. A mesma ganhou seus poderes após ser enviada a um posto de pesquisas no Ártico. Lá, após um acidente, seu corpo foi fundido com gelo, a transformando em uma “vampira de calor”.

Com Adão Negro, a DC tentou atingir um público parecido com o de Pantera Negra. Pipocando assuntos como colonialidade e cultura, a produção tentou pisar em novos rumos e mitologias. Agora, com Gunn tendo adiado a participação do anti-herói, Vixen seria a pedida certa para evoluir esse núcleo e, junto, trazer tramas complexas para a nova fase do estúdio.

Muito disso se deve pela história de origem da heroína. Com seus poderes herdados diretamente da África, a personagem utiliza um totem dado por Ananse, o Deus Aranha, que dá a quem o usa todos os poderes do reino animal, desde que sejam usados para o bem.

Poucos heróis têm a peculiaridade de estarem mortos, Deadman é um deles. Sendo um dos principais nomes da Liga da Justiça Sombria, apresentá-lo daria a oportunidade perfeita para o estúdio focar no mundo mágico da DC Comics.

Antes de ser um “homem morto”, Deadman era Boston Brand, um acrobata de circo assassinado por alguém misterioso. Com o objetivo de encontrar o homem que o matou, lhe foi concedida uma forma de retornar ao mundo mortal. Também conhecido como Desafiador no Brasil, Deadman é invisível e inaudível para a maioria das pessoas, podendo trazer habilidades únicas para o universo de Gunn.

Aqualad pode ter dado as caras pela primeira vez em Justiça Jovem, mas, rapidamente, conquistou outras mídias. Sendo filho de Manta Negra e o atual Aquaman, trazer o personagem para esta fase traria o frescor necessário para chamar um público que está habituado com as animações da DC, mas desconhece o resto do mundo dos quadrinhos e filmes.

Além dessas peculiaridades, Aqualad é um ótimo personagem para introduzir o restante do poderoso universo da DC. Assim como Naomi, ele representa uma figura que cresceu cercada por entidades poderosas e que agora, precisa aprender a lutar para mudar a situação de seu povo e a sua própria.

Lobo é uma das inclusões no universo cinematográfico mais esperadas pelos fãs da DC Comics. Criado em 1983, o anti-herói é um alienígena humanoide nascido no planeta Czárnia. Com 1,93 metros de altura, ele não tem dó ou piedade de nenhum ser vivo.

Um projeto com esse personagem como centro poderia se equiparar com os filmes do Deadpool. Em outras palavras, Gunn seria capaz de trazer muita violência e conteúdo adulto de cair o queixo sob o principal lema do personagem: “Custe o que custar”.

Gal Gadot pode ter sido deixada de lado como a Mulher-Maravilha, por isso, uma boa opção para preencher esse vazio seria investir na irmã da heroína, Núbia. A personagem tem sido revitalizada nos últimos anos, ganhando diversos arcos com foco nela e na ilha das amazonas, Themyscira.

Sendo a primeira heroína negra da DC, Núbia foi criada a partir do barro, sendo trazida à vida pelas mãos dos deuses. Porém, diferente de Diana, foi raptada e cresceu sob a tutela de Ares, deus da Guerra, se tornando uma exímia guerreira e, inicialmente, uma antagonista das histórias da Mulher-Maravilha.