Começando pela figura histórica mais famosa da série, o nome Winston Churchill é mencionado desde a primeira temporada. A situação em questão envolveu o envio do ardiloso Campbell para recuperar uma grande leva de armas roubadas em Birmingham. Os artefatos, obviamente, estavam sob a posse dos Peaky Blinders.

A aparição física de Churchill só acontece na segunda temporada, onde ele desenvolve uma certa relação com Thomas Shelby. Eventualmente, o gângster chega a trabalhar para o futuro ministro.

Enquanto na série o personagem foi interpretado pelos atores Andy Nyman, Richard McCabe e Neil Maskell, o Winston Churchill da vida real foi um dos mais famosos primeiros-ministros do Reino Unido, durante o período da Segunda Guerra Mundial. O político ficou marcado na história mundial por suas opiniões polêmicas e conservadoras, além de conseguir a vitória do país contra os nazistas.

O fascista Oswald Mosley, que na série é interpretado pelo ator Sam Claflin, também é outro personagem que realmente existiu. Ele é o principal antagonista da quinta temporada de Peaky Blinders, e causou diversos problemas e situações inesperadas na vida de Thomas Shelby e companhia.

Assim como na produção, o Mosley da vida real foi um dos responsáveis pela expansão do fascismo na Inglaterra, e também ficou conhecido por ser o fundador da União Britânica de Fascistas, partido no qual participava até ser preso, em 1940, após o banimento do grupo.

Charles Chaplin se tornou mundialmente reconhecido por deixar sua marca na história da sétima arte. O ator e comediante é um ícone da era do cinema mudo, imortalizado por suas performances, como a do filme Tempos Modernos (1936).

Já em Peaky Blinders, sua aparição é breve e também silenciosa: o ator (que é interpretado por Robert Elkin) aparece apenas como um cameo na segunda temporada da série. A cena em questão envolve uma festa extravagante em Londres, onde Thomas e Grace acabam conhecendo o astro.

Thomas Shelby não existiu na vida real, mas seu rival/amigo Alfie Solomons sim. Em Peaky Blinders, a figura apareceu pela primeira vez na segunda temporada, com uma performance icônica de Tom Hardy. Na trama, o personagem é apresentado como um judeu e líder de uma gangue que logo começa a fazer negócios com o grupo de Shelby.

Já na vida real, Alfred Solomon (sem o “s” mesmo) foi de fato um judeu que usava uma padaria de fachada para seguir com suas atividades clandestinas, com destaque para as famosas corridas de cavalos. Infelizmente, por ter sido uma figura bastante reclusa, não há tantas informações disponíveis a respeito do verdadeiro Solomon.

A personagem Jessie Eden, que é vivida pela atriz Charlie Murphy, também é outra pessoa que realmente existiu na vida real. Introduzida na trama durante a quarta temporada, a líder sindical foi baseada em uma ativista comunista da Inglaterra, conhecida especialmente por ter comandado diversas manifestações a favor de movimentos de trabalhadores e pelos direitos das mulheres.

Alguns historiadores não gostaram nem um pouco da forma como Jessie foi retratada na série, já que o programa deu mais destaque para o envolvimento romântico entre Thomas e ela ao invés de suas conquistas.

O chefão dos Birmingham Boys é outro personagem que foi inspirado em uma pessoa que de fato existiu. Interpretado pelo ator Charlie Creed-Miles, a figura apareceu já na primeira temporada e provocou várias intrigas com a gangue de Thomas Shelby.

Assim como na série, o William “Billy” Kimber da vida real também tinha uma forte influência no mundo do crime nas ruas da Inglaterra. Ele comandava diversos negócios ilegais em corridas de cavalo e, por muitos anos, foi praticamente o maior chefe do crime organizado no Reino Unido.

Darby Sabini foi outro personagem que complicou - e muito - a vida da família Shelby na segunda temporada da série. O antagonista, que foi interpretado pelo ator Noah Taylor, demonstrou toda a sua crueldade e sagacidade ao longo dos episódios ao atacar o gângster de todas as formas possíveis.

Na vida real, Charles “Darby” Sabini foi um mafioso com descendência italiana e líder da gangue que levava seu sobrenome como título durante o início dos anos 1990. O gângster se envolveu com diversas atividades criminosas e teve bastante influência em apostas nas corridas de cavalos.

Outro gângster que também foi baseado em uma pessoa real é o personagem Brilliant Chang, introduzido na quinta temporada da série e vivido pelo ator Andrew Koji. Na trama, ele é o responsável por fornecer ópio ao grupo dos Peaky Blinders.

A figura foi inspirada em Billy “Brilliant” Chang, que era o dono de um restaurante em Birmingham antes de trocar a calmaria pelo universo do tráfico de drogas. Na época, ele era reconhecido como uma espécie de “rei das drogas” de Londres.

A sexta e última temporada de Peaky Blinders só desembarca na Netflix em 10 junho deste ano, mas, como ela já estreou lá na gringa, algumas informações a respeito de novos personagens, como Diana Mitford/Mosley, andam circulando pela internet.

Interpretada pela atriz Amber Anderson, Diana é a parceria romântica de Oswald Mosley, assim como foi na vida real. Na série, ela vai se envolver nos negócios do marido com Thomas Shelby, demonstrando ser ainda mais perigosa e inteligente do que o fascista. Já a verdadeira Diana também colaborou com os ideais supremacistas de Mosley, participando de várias ações políticas e nazistas.

Vivido pelo ator Donald Sumpter, o personagem Arthur Bigge é outro nome que foi inspirado em uma pessoa que existiu. Enquanto na vida real ele foi o secretário particular da coroa britânica, durante o reinado da Rainha Vitória e do Rei George V, na série ele é o responsável por cuidar das acusações contra Polly, Arthur, John e Michael, no início da quarta temporada.