Pantera Negra: Wakanda para Sempre – Tudo que você precisa notar no filme da Marvel

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Pantera Negra: Wakanda para Sempre – Tudo que você precisa notar no filme da Marvel

Por Gus Fiaux

Na última semana, o Universo Cinematográfico da Marvel apresentou um novo capítulo ao mundo. Em Pantera Negra: Wakanda para Sempre, vemos o impacto sentido pela população da nação africana após a morte de seu mais querido líder, T’Challa, além de como isso tornou o país vulnerável a ataques estrangeiros, incluindo uma guerra com Talokan, nação aquática comandada por Namor.

Entre as belas homenagens ao legado de Chadwick Boseman e várias pistas para o que virá no futuro da franquia, o longa traz também diversas referências e surpresas para os fãs, tudo com um carinho que só podia vir da mente brilhante de Ryan Coogler. Assim, decidimos listar aqui 26 easter-eggs e referências em Pantera Negra: Wakanda para Sempre!

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A morte de T'Challa

A trágica morte de Chadwick Boseman foi um evento muito traumático não só para os fãs, mas também para a equipe de produção do filme. Em vez de simplesmente ignorar o acontecimento, Ryan Coogler decidiu trazer essa trama para a história, já que T'Challa também morre.

A morte do rei é retratada no começo do longa. Depois que ele venceu a luta contra Thanos, T'Challa foi vítima de uma doença não especificada, o que fez com que Shuri tentasse de tudo para salvá-lo. Porém, ela não é capaz de salvar o próprio irmão, o que dá início à sua jornada no longa.

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Griô

Uma das primeiras novidades apresentadas pelo filme é a nova Inteligência Artifical desenvolvida pela Shuri. Assim como Tony Stark contava com a ajuda da uma voz praticamente onipresente de um computador, o Jardis, a princesa cria seu próprio assistente usando a tecnologia de Wakanda: Griô.

Griô foi batizado em homenagem a uma antiga tradição de povos do ocidente da África. Nessas culturas, os griôs são pessoas responsáveis por guardar e transmitir os conhecimentos, canções e histórias de ancestralidade de seu povo. Recebe nomes específicos em grupos étnicos de diferentes territórios, como Djeli e Rafuma, e ainda tem uma forte presença ao longo da diáspora africana.

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Vida longa ao Rei

Em vez da tradicional abertura com vários heróis e figuras marcantes do MCU, o filme se inicia com uma montagem de artes conceituais e cenas de T'Challa, tudo em um belo tributo ao legado deixado por Chadwick Boseman.

A mesma montagem já havia sido usada anteriormente, quando tivemos a notícia do falecimento do ator. A Disney mudou o logo inicial da Marvel Studios na versão de Pantera Negra disponível no Disney+, e agora a mesma sequência pode ser vista na abertura de Wakanda para Sempre.

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Bashenga e a Família Real de Wakanda

No começo do filme, quando vemos os ritos funerários em Wakanda, nós podemos ouvir o nome dos antepassados de T'Challa, como seu pai, o Rei T'Chaka (que já havia aparecido em Capitão América: Guerra Civil) e também o Rei Bashenga.

Bashenga foi o primeiro Rei de Wakanda e também o primeiro a adotar o manto do Pantera Negra. Ele existe nos quadrinhos e tem essa mesma função, e até tem uma breve aparição no primeiro filme do herói, em uma sequência que mostra como o vibranium chegou à nação africana.

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Capacetes

Em vários momentos, podemos ver capacetes usados pelos detentores do manto do Pantera Negra. Durante o rito fúnebre com T'Challa, vemos Shuri carregando a máscara que ele usou em Capitão América: Guerra Civil, por exemplo.

Mas não fica só por isso. No laboratório da heroína, também temos acesso ao capacete do traje atualizado de T'Challa, que apareceu em Pantera Negra, de 2018. Posteriormente, vemos que esses não são os únicos capacetes, já que Shuri também construiu um para si mesma...

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Menções aos Vingadores

Embora o filme não trace tantas conexões com o restante do MCU, ainda temos algumas breves citações aos membros dos Vingadores. Em dado momento, em uma televisão, podemos ver notícias envolvendo o Homem-Formiga e Nova Asgard, a "cidade" do Thor na Terra.

Além disso, os planos da tecnologia de Tony Stark são usados por Riri Williams para construir sua primeira armadura, e perto do final, M'Baku também diz que Namor tem a força do Hulk. Então, ainda que tenha sua própria história, Wakanda para Sempre dialoga com o resto da saga.

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Uma voz familiar...

Bem no começo do filme, vemos um barco no meio do oceano atlântico, que usa tecnologia criada por Riri Williams para detectar vibranium. Como chefe da operação, temos uma cientista que é interpretada por Lake Bell, e que logo se torna uma das primeiras vítimas de Namor no filme.

Essa, no entanto, não é a primeira vez que Lake Bell trabalha no MCU. Ela já fez a voz da Viúva Negra em alguns episódios de What If...?, já que Scarlett Johansson não voltou para o papel. No campo dos super-heróis, ela também já esteve em Homem-Aranha no Aranhaverso e na série da Arlequina.

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Elite de Talokan

Na trama, conhecemos alguns personagens que são diretamente tirados dos quadrinhos da Marvel, como por exemplo Namora e Attuma, que fazem parte do povo de Talokan, a nação submarina chefiada por Namor. A primeira é, nas HQs, a prima do anti-herói.

Já Attuma é um caso interessante, uma vez que é sempre retratado como um usurpador que tenta tomar para si o trono de Atlântida, traindo Namor várias vezes. No filme, ambos são muito leais ao seu rei e acabam lutando contra vários guerreiros de Wakanda.

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A dívida de Everett K. Ross

Everett K. Ross, o personagem de Martin Freeman, está de volta para a sequência. Aqui, ele continua trabalhando para a CIA e tenta fornecer as informações necessárias para que Shuri e Okoye salvam Riri Williams das forças de Namor.

Em vários momentos, Shuri cobra um "favor" de Ross, e para quem não se lembra, isso se deu porque ela ajudou a salvá-lo depois que ele tomou um tiro e quase morreu no primeiro Pantera Negra. Mesmo relutante, o agente tenta reparar suas dívidas com Wakanda.

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M.I.T.

Aqui, temos uma conexão interessante e que pode ser mais desenvolvida no futuro. Como todos sabem, Riri Williams é uma brilhante aluna do MIT - o Instituto de Tecnologia de Massachussetts, uma faculdade prestigiada que inclusive existe no nosso "mundo real".

Até nos quadrinhos a heroína frequenta a instituição, mas vale ressaltar que há outros personagens do MCU que também estão por lá, como é o caso de Ned Leeds e MJ, como vimos em Homem-Aranha: Sem Volta para Casa. Será que eles aparecerão na série solo da Coração de Ferro?

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A primeira armadura

Nos quadrinhos, Riri Williams é uma cientista genial que, aos quinze anos, conseguiu construir sua primeira armadura tecnológica, usando apenas lixo e materiais reciclados. Isso impressionou o Homem de Ferro, que logo fez com que ela se tornasse sua aprendiz e sucessora.

No filme, temos algo bem parecido. Riri também construiu seu primeiro traje tecnológico usando sucata, mas logo foi chamada para Wakanda, onde ganhou uma armadura ultra tecnológica feita de vibranium. Infelizmente, ela teve que deixar o novo traje para trás após voltar para os Estados Unidos.

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Valentina Allegra de Fontaine

Para a surpresa de todos, o filme já deixa algumas pistas sobre o futuro do Universo Cinematográfico da Marvel, graças à adição de Valentina Allegra de Fontaine, que já havia dado as caras em Falcão e o Soldado Invernal e Viúva Negra, interpretada por Julia Louis-Dreyfus.

Descobrimos no filme que ela já foi casada com Everett K. Ross, o que nos traz alguns paralelos com os quadrinhos, onde ela já foi casada com ninguém menos que Nick Fury. Contudo, Valentina tem uma personalidade arisca e traiçoeira, e vemos que ela passou a trama toda manipulando Everett.

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O paradeiro de W'Kabi

No primeiro Pantera Negra, conhecemos o guerreiro W'Kabi, que é interpretado por Daniel Kaluuya e era um membro da guarda de fronteira de Wakanda, mas que acabou traindo T'Challa para se juntar a Killmonger. No filme, ele acaba sendo confrontado por sua própria esposa, Okoye.

Em Wakanda para Sempre, não vemos W'Kabi novamente, mas temos uma noção de seu paradeiro. Quando Okoye leva esporro de Ramonda, a rainha diz que a guerreira poderia sempre ver seu marido em uma cela, o que sugere que até hoje ele permanece preso em Wakanda.

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Bem-Vindo a Talokan

O filme faz uma grande mudança em relação aos quadrinhos ao apresentar uma versão bem diferente de Atlântida. Aqui, ela é chamada de Talokan e é inspirada em culturas mesoamericanas, especialmente os povos astecas e maias.

Na trama, é dito que essa nação floresceu devido ao genocídio indígena que foi proposto pelos colonizadores europeus. Um seleto grupo conseguiu fugir e, ao consumir uma versão "diferente" da Erva Coração, desenvolveram a capacidade de respirar debaixo d'água.

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K'uk'ulkan

Um detalhe muito interessante a respeito do filme é a forma como Namor é chamado por seus súditos de K'uk'ulkan, o "Deus Serpente Emplumado" - porém, essa não é uma criação totalmente original da Marvel, já que essa era uma divindade adorada por povos maias.

K'uk'ulkan era uma "versão" de Quetzalcóatl (adorado pelos astecas), mas era adorado por vários povos mesoamericanos. No filme, isso serve para nos mostrar como Namor é visto como um deus por seu povo, mas nas HQs, há um K'uk'ulkan que não tem nada a ver com o herói atlante.

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Cumprimento de Talokan

Um elemento cultural muito interessante presente no filme é a saudação que os habitantes de Talokan usam para se cumprimentar entre si, com uma mão erguida e a outra abaixada. Esse gesto serve para espelhar a saudação usada em Wakanda, com os dois braços cruzados.

No entanto, há um background histórico para o uso desse gesto específico. O gesto é visto em diversos códices dos povos mesoamericanos, como o que está presente na imagem, que faz parte do Códice Zouche-Nuttall, um dos registros pictóricos da população nativa do território que hoje é o México.

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El niño sin amor

Além de "K'uk'ulkan, o Príncipe Submarino também usa seu nome mais conhecido no filme, Namor. No entanto, ele deixa bem claro que essa é uma denominação que ele prefere usar com seus inimigos, devido a todo o significado por trás de sua escolha.

Em um flashback, vemos Namor ainda criança atacando colonizadores na superfície, após ver indígenas escravizados. Um padre chega e diz que ele é "el niño sin amor", ou "a criança sem amor". Ainda que fosse um insulto, ele adotou uma versão resumida do título para intimidar seus adversários.

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Mutantes

Aliás, Namor também deixa claro suas origens e conexões com outra das espécies mais famosas do Universo Marvel: os mutantes. Ele acredita que, por sua mãe ter consumido a Erva Coração enquanto ainda estava grávida, ele acabou se tornando um mutante e ganhando certos poderes.

Namor, diferente de outros habitantes de Talokan, é capaz de voar através de pequenas asas em seus pés. Ele também possui uma aparência diferente dos demais, já que sua pele não fica azul quando ele está na superfície. Por fim, ele também é conhecido por suas orelhas pontudas.

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Anjos da Meia-Noite

Ao longo do filme, vemos Shuri trabalhando em um projeto de armaduras para as dora milaje, mas sempre é rebatida por Okoye, que acha o visual dos novos trajes bem feio. De acordo com a cientista, esses são os Anjos da Meia-Noite.

Nos quadrinhos, os Anjos da Meia-Noite são uma espécie de "esquadrão de elite" das dora milaje, que operam também fora de Wakanda. Elas são capazes de voar e possuem mais resistência graças às armaduras, e ao fim do filme, podemos ver Aneka e Okoye usando esses trajes.

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Trevor Noah

Um dos apresentadores e comediantes mais famosos dos Estados Unidos na atualidade, Trevor Noah retorna para uma participação em Wakanda para Sempre. No primeiro filme, ele foi o responsável pela voz de Griô, a inteligência artificial criada por Shuri.

Aqui não é diferente. Ele retorna para o papel da voz digital e tem até mais o que fazer, já que está sempre conversando com a cientista e com outros dos personagens do filme. Em essência, Griô é quase como "o J.A.R.V.I.S. de Wakanda.

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O retorno de Killmonger

Muitos especulavam que o filme traria Erik Killmonger de volta e, de certa forma, essas pessoas não estavam enganadas. Quando Shuri finalmente é capaz de criar uma versão sintética da Erva Coração, ela acaba indo para o Plano Ancestral, onde é saudada pelo vilão do primeiro filme.

Killmonger insiste em dizer que Shuri é mais parecida com ele do que com o seu próprio irmão, T'Challa, e por isso está ali para guiá-la e transformá-la em uma arma de ódio contra Namor. De certa forma, isso acaba sendo provado quando ela finalmente assume o manto do Pantera Negra...

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A nova Pantera Negra

Para a surpresa de zero pessoas, é revelado que Shuri é a nova detentora do manto de Pantera Negra. Muitos já sabiam disso graças ao visual de seu traje, que conta com pinturas no rosto bem semelhantes às que ela usava no primeiro filme, mas há outro detalhe bem intrigante aqui.

O traje de Shuri é repleto de detalhes dourados, o que faz muito sentido se considerarmos que ela está mais alinhada com Erik Killmonger, que ao fim do primeiro filme, usou um traje preto e dourado. Ainda assim, ela não deixa de lado sua moral e acaba encerrando a guerra após um encontro especial...

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Imperius Rex

Durante a batalha final, temos o momento genuinamente arrepiante em que Namor usa uma de suas frases mais clássicas dos quadrinhos. Enquanto enfrenta Shuri, ele quase a mata com uma lança, mas logo sofre com uma explosão provocada pela cientista. Antes disso, ele grita "Imperius Rex".

No entanto, só podemos saber disso graças à legenda, já que ele fala em um dialeto mesoamericano. Contudo, "Imperius Rex" é uma frase vinda direto do latim, que significa algo como "Rei Imperador". Nas HQs, ele sempre usa essa frase quando enfrenta inimigos muito poderosos.

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"Lembre-o de quem você é"

Pouco antes do fim da batalha entre Shuri e Namor, a nova Pantera é levada ao Plano Ancestral mais uma vez, mas ela acaba encontrando sua própria mãe, a Rainha Ramonda, que morreu durante o ataque de Talokan à Wakanda.

Ramonda tenta refrear a fúria assassina de Shuri e diz a frase: "Lembre-o de quem você é". A frase tem um significado bem importante no contexto da franquia, já que é a mesma frase que Ramonda diz para T'Challa quando ele enfrenta M'Baku no primeiro longa.

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Ayo e Aneka

Ao fim do filme, temos mais uma cena milimetricamente calculada para fingir representatividade e, ao mesmo tempo, não agredir os homofóbicos. Isso se dá quando Ayo e Aneka se cumprimentam após a batalha, com direito a um beijo na testa.

Nos quadrinhos, as duas são um casal bem importante nas HQs envolvendo Wakanda. Ambas são parte das Dora Milaje e são guerreiras bem leais ao trono e ao Pantera Negra. Infelizmente, o filme ignora todo o romance das duas até os últimos cinco minutos da trama.

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Touissant

A única cena pós-créditos do filme revela que Nakia e T'Challa tiveram um filho antes dos eventos de Guerra Infinita. Já ciente de sua doença, T'Challa preparou o filho para o fim, mas o impediu de viajar para Wakanda e presenciar seu funeral, já que acreditava que ele não estava pronto para isso.

O nome da criança é Touissant, em homenagem a François-Dominique Toussaint L'Ouverture, um dos maiores líderes da Revolução Haitiana no século 18. Entretanto, seu nome wakandano é T'Challa, o mesmo de seu pai, em uma linda homenagem a Chadwick Boseman e o impacto que causou com seu papel nos cinemas.