8 ótimos filmes de terror que não têm aprovação da crítica

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8 ótimos filmes de terror que não têm aprovação da crítica

Por Gus Fiaux

Desde sua criação, o cinema de horror nos forneceu grandes monstros e medos, quase sempre ganhando destaque por suas inovações artísticas e pelo forte apelo com o público. Desde que o primeiro susto foi dado em uma sala de cinema, isso se solidificou e deu vida a uma série de experimentos assustadores, alguns em maior escala, outros em menor, uns mais efetivos, enquanto outros nem tanto…

Mas como em todo gênero, há aqueles filmes que foram muito mal recebidos pela crítica especializada, mesmo que tenham ganhado um status cult com o passar dos anos. Filmes que podem não ser tão bem comentados, mas que até hoje despontam como clássicos no coração dos verdadeiros fãs do gênero. Aqui, reunimos 8 ótimos filmes de terror que não têm (ou não tiveram) a aprovação da crítica!

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O Iluminado (1980)

Ainda que hoje seja visto como um dos maiores clássicos do cinema de terror, a adaptação de Stanley Kubrick para O Iluminado nem sempre teve a aprovação dos críticos. Na verdade, quando foi lançado, o longa conquistou reviews mornas e negativas, vindas de jornais e revistas de renome como o The New York Times, a Variety e o The New Yorker.

A obra foi tão criticada na época que chegou a ser indicada a duas categorias no Framboesa de Ouro, no primeiro ano da infame premiação. Críticos de peso, como Roger Ebert e Pauline Kael detonaram a produção, e levou um bom tempo até o longa ganhar o status de cult que tem hoje, sendo redescoberto como uma das melhores pérolas da carreira de Kubrick.

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Hellraiser: Renascido do Inferno (1987)

Se nem Stephen King teve sorte com todas as suas adaptação, o que dizer então de Clive Barker, o mestre britânico do horror que, em 1987, trouxe o seu próprio livro para as telonas com Hellraiser: Renascido do Inferno, seu primeiro longa-metragem. O filme hoje é visto como o percussor em uma linha de splatter e body horror, além de destacar seus elementos queer.

Os Cenobitas não são piedosos e tampouco foi a crítica da época. Muitos profissionais detonaram o filme, e o próprio Roger Ebert deu apenas uma estrela e meia para o filme, chamando-o de "uma falência de imaginação". E à medida que as continuações foram sendo lançadas, com a qualidade indo ladeira abaixo, o original foi redescoberto e hoje é muito reverenciado.

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Pânico 3 (2000)

Se formos pensar friamente, de fato Pânico 3 é o pior de todos os filmes da franquia dirigidos por Wes Craven. Basta pensar em sua produção bem tumultuada e todos os problemas nos bastidores, que incluíam a interferência criativa dos Irmãos Weinstein à saída do roteirista e cocriador da franquia, Kevin Williamson.

Ainda assim, há de se dizer que a recepção ao filme foi um tanto injusta, para dizer o mínimo. O longa conta com apenas 41% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes, e até hoje é tido como o pior da saga - o que não tem um pingo de verdade. Na verdade, Pânico 3 é uma obra muito à frente de seu tempo, que discute abusos em Hollywood muito antes da era do #MeToo.

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Premonição (2000)

Em 2000, chegava aos cinemas um proto-slasher diferente de tudo que os fãs conheciam, onde o "assassino" da vez era ninguém menos que a própria Morte. Em Premonição, vários jovens são perseguidos pela ceifadora espectral, após fugirem de um acidente que tomaria suas vidas. O filme logo se tornou um sucesso de público, garantindo quatro sequências.

No entanto, a crítica não teve o mesmo amor pelo longa de James Wong. Do contrário, o filme conta com 36% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes, e é criticado por suas "atuações medianas" e pelas "falhas em sua execução". Ainda assim, isso não afetou a longevidade da franquia, que já tem um novo filme a caminho.

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O Massacre da Serra Elétrica (2003)

Os anos 2000 foram responsáveis por uma enxurrada de remakes de filmes de terror, todos trazendo de voltas franquias amadas em uma nova ótica mais sangrenta. Um dos percussores desse movimento foi O Massacre da Serra Elétrica de 2003, dirigido por Marcus Nispel e estrelado por Jessica Biel, Jonathan Tucker, Mike Vogel e Eric Balfour.

Chamado de "um remake desnecessário que é mais violento e muito menos assustador que o original", o longa acabou ficando com 37% de aprovação no Rotten Tomatoes, ainda que tenha uma legião fiel de fãs que até hoje defendem sua visão para a franquia. Vale lembrar que esse longa acabou até ganhando uma prequel, O Massacre da Serra Elétrica: O Início.

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O Filho de Chucky (2004)

Criada por Don Mancini, a franquia do Brinquedo Assassino sempre andou na linha tênue entre o horror e a comédia, embora só tenha abraçado suas raízes cômicas com mais força a partir de seu quarto filme, A Noiva de Chucky. Por outro lado, quem levou toda a "culpa" pela "queda de qualidade da saga" foi justamente o filme seguinte, O Filho de Chucky.

Primeiro longa na saga dirigido pelo próprio Mancini, o longa adiciona mais camadas queer em sua trama ao apresentar Glen/Glenda, novo boneco que é, na verdade, filhe de Chucky e Tiffany. Apesar de contar com 34% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme acabou sendo um guia para o futuro da saga, e é constantemente citado na série atual do Chucky.

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Jogos Mortais (2004)

Muito antes de dar vida a terrores inimagináveis com as franquias Invocação do Mal e Sobrenatural, James Wan tomou o mundo de surpresa com o seu primeiro longa-metragem. Jogos Mortais, primeiro capítulo de uma extensa franquia, foi lançado em 2004, apresentando ao mundo a mente cruel e degenerada do serial killer Jigsaw.

Tendo sido um dos responsáveis por configurar o subgênero conhecido como torture porn, o filme fez um baita sucesso nas bilheterias, apesar de não ter conquistado muitos críticos. No Rotten Tomatoes, ele conta com 50% de aprovação, número que só foi decaindo com o passar dos anos e a estreia de suas sequências.

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Halloween Kills (2021)

Após o elogiado Halloween de 2018, fãs do mundo todo estavam curiosos para saber o que David Gordon Green faria com Michael Myers na sua nova trilogia, que seria continuada com Halloween Kills e Halloween Ends. No entanto, o lançamento do segundo capítulo foi abalado graças a uma enxurrada de reviews negativas, tanto de jornalistas quanto do público.

O longa conquistou apenas 39% de aprovação da crítica, contra 66% de aprovação do público no Rotten Tomatoes. E ainda que tenha irritado um bom número de pessoas, Halloween Kills continua sendo um dos filmes mais disruptivos, iconoclastas e transgressores de sua franquia, dando espaço não só para Michael e Laurie, mas para todo o trauma de Haddonfield.