Os prós e contras da nova organização administrativa e criativa da Marvel Studios!

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Os prós e contras da nova organização administrativa e criativa da Marvel Studios!

Por Gus Fiaux
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Pró: Maior facilidade com os contratos

Uma das maiores lutas que vinha sendo debatida com relação à Marvel Studios era o modo como a Marvel Entertainment ficava com pé atrás em relação à renovação de contratos, e, por conta disso, quase perdemos a chance de ver o Homem de Ferro de Robert Downey Jr. nos cinemas mais vezes.

Com a saída de Ike Perlmutter e sua equipe, e a Marvel respondendo diretamente à Disney, a facilidade para a renovação de contratos deve ser bem maior, e não apenas de atores, como também diretores e produtores, o que inclui até mesmo Kevin Feige, atual presidente da Marvel Studios e grande organizador por trás do MCU.

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Contra: Efeito-Disney

Calma! Com isso, não quero dizer que filmes de heróis serão habitados de agora em diante pelo Mickey e sua turma. Venhamos e convenhamos que esse era o grande medo dos fãs quando a empresa comprou a Marvel, em 2009. Porém, até então, esse acordo bilionário só tem favorecido ambas as companhias. Contanto, com a Marvel Studios se submetendo diretamente à Disney, é capaz que haja um certo controle criativo vinda da popular rede de entretenimento.

Se pararmos para analisar, a Disney Studios não é muito bem lembrada por ser tão restritiva e controladora como outros estúdios feito a 20th Century Fox e a Sony/Columbia. Porém, eles ainda assim são uma empresa que visa o lucro, e por conta disso, podem acabar interferindo em situações que não serão muito boas, em termos de qualidade, para a Marvel e os fãs.

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Pró: Maior liberdade criativa

Porém, supondo que a interferência da Disney seja mínima, isso abre espaço para um dos maiores prós relacionados a essa mudança dentro da Marvel: o aumento da liberdade criativa. Há dois tipos que podemos citar, o que diz respeito à adaptação e o que fala dos criadores. Focaremos aqui no primeiro deles e deixaremos o segundo para um item mais adiante.

Através dessa manobra, a Marvel pode fornecer adaptações melhores, e, quem sabe, com uma qualidade mais variada, trazendo filmes até mesmo mais adultos em vez de apenas séries. "Ah, mas a Disney só faz filme para criança". Engano seu. Várias subdivisões da Disney, como a Miramax e a Touchstone Pictures são responsáveis por filmes com temáticas menos leves e mais adultas, de modo que essa transição para a Disney possa permitir uma variabilidade maior nos produtos do estúdio.

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Contra: Fugindo demais dos quadrinhos

Para alguns fãs, mexer em característica X de personagem Y é um crime que devia ser punido com a morte, e a falta de supervisão de um conselho diretamente ligado à Marvel pode acabar provocando decisões do tipo. Não seria estranho ver personagens indo em direções completamente opostas do que já vimos nos quadrinhos, o que geraria um desconforto e até mesmo um possível ódio generalizado por parte dos fãs.

Porém, há maneiras simples de contornar essa situação.... e nós podemos fazê-lo. Basta lembrar que o Universo Cinematográfico da Marvel co-existe em relação ao dos quadrinhos, servindo como uma espécie de Terra Paralela onde as coisas não precisam necessariamente seguir a ordem das HQs. (Até numeração eles tem. Se o universo regular da Marvel é o 616, o MCU adota o número 199999)

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Pró: Maior liberdade para os artistas

Recentemente, a Marvel Studios tem sido vista como muito controladora no que diz respeito ao formato de seus filmes e o modo como ele se interliga ao resto do universo, favorecendo a qualidade do Universo Compartilhado em detrimento de uma assinatura autoral dos artistas que nele trabalham. Isso tem provocado algumas brigas entre os estúdios e os diretores (dentre os quais podemos listar Edgar Wright, Alan Taylor e Joss Whedon como os principais).

Essa liberação por parte da Marvel Entertainment pode acabar favorecendo os autores, de modo que cada filme seja único em sua própria maneira, desacelerando o desgaste do cinema de adaptações de quadrinhos e fazendo com que cada filme possa apresentar aspectos únicos, e deixe de ser apenas uma aventura genérica.

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Contra: Filmes heterogêneos demais

O outro lado da moeda do item anterior encontra-se no fato de que dar mais liberdade para um diretor contar sua história pode acabar sendo um faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que, enquanto artista, ele pode imprimir sua imagem e seu selo pessoal em um filme, o Universo Compartilhado pode perder um pouco de sua uniformidade, criando filmes desconexos e que possam até mesmo conflitar entre si.

Para resolver isso, é necessário encontrar um equilíbrio perfeito entre o que seria melhor para o autor e o que seria melhor para o estúdio, sacrificando por vezes vontades dos dois lados para que o produto individual do filme seja respeitado ao mesmo tempo que ele se encaixe bem dentro do Universo no qual está inserido.

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Pró: Decisões mais arriscadas

Além do já citado, a melhora na liberdade criativa pode ajudar diretores e roteiristas a irem além do esperado, de modo que, se trabalhando em conjunto, possam criar um melhor naipe de reviravoltas e eventos criativos dentro do Universo Cinematográfico, em vez de estabelecer uma fórmula que pode vir a cair nos limites do previsível.

Um exemplo para isso seria poder matar personagens grandes, de modo que outros pudessem ser valorizados, abrindo margem para o que discutiremos melhor no item 9.

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Contra: Efeito Avi Arad

Não sabemos se Kevin Feige continuará como comandante de todo esse Universo, mas se for o caso, devemos lembrar que o poder corrompe e essa é uma lição que não deve ser aplicada apenas à quadrinhos ou política. Sem a supervisão de um comitê criativo e um conselho que possa regular bem o que estará sendo feito nesse universo, Feige (ou quem quer que seja, caso esteja sozinho) pode acabar brincando de deus e tomando controle individual dos personagens e do rumo que as histórias deveriam tomar. Desse modo, ainda que a liberdade criativa do estúdio fosse mais abrangente, ela ao mesmo tempo seria restringida em prol de alguém que detém todo o controle de personagens e do Universo em si.

Lembra bem um certo produtor aí que começou brilhante ao salvar o Homem-Aranha nos cinemas e depois se tornou "dono" da marca, não?

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Pró: Expansão de Universo

Como resultado direto do que já foi mencionado anteriormente, uma maior liberdade pode fazer com que o estúdio abra ainda mais seu leque de personagens - e possibilidades. Poderíamos, a partir disso, explorar personagens não tão conhecidos, criar novos personagens originais e atribuir-lhes importância necessária para que eles sejam importados para os quadrinhos.

Além disso, seria uma maneira ainda melhor de ver alguns crossovers e inimigos improváveis, que pudessem posar como uma ameaça a altura de cada herói apresentado.

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Contra: Rumor has it

Segundo rumores recentes, os únicos filmes da Marvel Studios que não possuíram o aval do comitê criativo foram Homem de Ferro 2, 3 e Vingadores: Era de Ultron. Para alguns, esses são alguns dos filmes mais fracos do estúdio. Então, esse dissolvimento do comitê pode acabar vindo como um tiro no pé, em vez de uma boa notícia.

E vocês... o que acham?