Logo de cara, Os Anéis de Poder já nos mostra toda sua beleza e grandeza, trazendo um prólogo de tirar o fôlego. Servindo para contextualizar a história, apresentando a ameaça de Morgoth e, principalmente, os perigos de Sauron, a história sobre a jornada de Galadriel é repleta de cenas belíssimas e trágicas.

Para além de toda sua estética fascinante e apresentação (ou recapitulação) sobre quem é o vilão da história, a cena também serve para explicar quais são as motivações da jovem elfa e por qual motivo ela continua lutando, mesmo quando tudo parece já ter se resolvido. Em resumo: é simplesmente uma forma incrível de iniciar essa nova história.

O segundo episódio da série apresenta um dos melhores relacionamentos de toda a franquia O Senhor dos Anéis. Trata-se da grande amizade de Elrond e Durin IV, que rende momentos incríveis ao longo de toda a temporada -- especialmente quando a carismática Disa está envolvida.

Contudo, quando somos introduzidos o poderoso Anão, ele está bastante magoado com o Elfo. Motivo pelo qual Elrond precisa usar uma certa artimanha para tentar convencê-lo a ajudar seu povo. A disputa dos dois sob o rito de Sigin-tarâg é um espetáculo sobre a cultura Anão, destacando toda a resistência deste povo e como eles podem ser cabeça-dura.

Ainda que sejam reconhecidos como uma força assustadora de Sauron, os Orcs acabavam tendo um papel de quase figuração na franquia cinematográfica de O Senhor dos Anéis, impactando mais pelo seu grande número do que por ações isoladas. Mas no segundo episódio da série vemos como um único Orc pode ser assustador e uma ameaça terrível para uma pessoa comum.

Quando Bronwyn e Theo acabam diante de um Orc, o resultado é uma cena tensa, sufocante e carregada de suspense, algo que culmina em uma luta desesperada e bem eletrizante, reforçando o real perigo dessas criaturas sombrias.

Já no terceiro episódio temos uma cena de ação bastante dramática, quando Arrondir e os outros elfos tentam sua fuga das trincheiras dos Orques. Com coreografias criativas, estratégias bem trabalhadas e o massacre brutal de todo o grupo -- exceto por Arrondir, é claro -- o que vemos é um combate e tanto!

Além de destacar a crueldade dos Orques e a maneira que eles conseguem utilizar da força bruta e suas bestas para antagonizar os heróis, a cena também serve para mostrar como os elfos conseguem ser graciosos mesmo nas condições mais atrozes.

Ainda no terceiro episódio vemos um pouco mais da cultura dos Pés-Peludos. Os ancestrais dos Hobbits ainda não fixaram morada e vivem uma tradição nômade, assim, muitos dos seus companheiros acabam perecendo diante dos perigos e ameaças dessa longa jornada que eles fazem.

Antes de partirem em uma nova migração, os Pés-Peludos celebram bastante e aproveitam a ocasião para relembrar todos aqueles que partiram. A cena é bastante emocionante, trazendo um pouco mais do desenvolvimento para este grupo tão querido.

O quarto episódio é carregado de momentos incríveis -- como a visão de Miriel e a fuga de Theo --, contudo o que mais chama a atenção é a beleza da canção de Disa. Já havia sido mencionado que a anão costumava cantar para ajudar na mineração, mas é somente nessa cena que vemos como isso é feito.

Pedindo para que a montanha devolva os mineradores que ficaram presos em um desmoronamento, Disa canta com toda sua voz, impactando todo mundo desde o público que está assistindo, até a montanha que vibra em resposta ao apelo da anão. É um momento emocionante, dramático e absurdamente lindo que ainda apresenta novos aspectos da cultura desta raça tão fascinante.

A grande batalha das Terras do Sul contra os Orques foi insana, trabalhando toda a agonia de uma guerra e apagando a alegria dos Homens (e dos espectadores) ao mostrar que, apesar dos melhores esforços, as criaturas sombrias ainda levaram a melhor. É então que chega Númenor, marchando rapidamente para combater seus inimigos.

Além de ser uma cena muito bonita, explorando a habilidade do exército de Númenor ao dizimar seus inimigos, a perícia em combate de Galadriel -- e um breve uso de magia élfica --, a cena serve para alimentar a esperança de que tudo ficará bem. Infelizmente, como sabemos, não é bem assim…

E quando todo mundo celebrava nas Terras do Sul, os planos de Adar para que os Orques tivessem um lar finalmente eram concluídos. Apesar do vilão estar encarcerado, a represa ainda foi aberta com a espada sombria, fazendo com que a água passasse através dos canais criados pelos Orques, desaguando na Montanha da Perdição.

O resultado disso foi uma erupção vulcânica assustadora, tão violenta e abrupta que deixa o espectador chocado com a sucessão de tragédia que é mostrada na tela. Enquanto alguns correm para tentar se salvar, Galadriel encara o vulcão sem reação, algo com o qual muitos fãs conseguiram se identificar. .

O último episodio da primeira temporada de Os Anéis de Poder nos trouxe um confronto cheio de magia. Depois do choque inicial de que O Estranho poderia ser Sauron, vemos o grupo de Pés-Peludos unindo forças para tentar resgatá-lo do perigoso trio de mulheres de branco.

Toda a cena é eletrizante, especialmente porque há um contraste de poder gritante entre os pequenos Pés-Peludos e as servas de Sauron. Mas quando tudo parecia estar perdido, O Estranho finalmente decide dar ouvidos ao que a jovem Nori estava dizendo, tomando um cajado em suas mãos e combatendo o trio com toda sua força.

Os fãs de O Senhor dos Anéis já sabiam que Galadriel carregava em si um potencial de ser ainda mais terrível que Sauron. A elfa feiticeira fala sobre isso ao encontrar Frodo pela primeira vez, quando é tentada pelos poderes sombrios do Um Anel. O final de Os Anéis de Poder nos mostra que muitos séculos antes disso, a grande heroína foi tentada pelo próprio Sauron.

A cena da revelação da identidade de Sauron já é impactante por si só, mas quando o Senhor do Escuro tenta persuadir a elfa a governar ao seu lado, temos uma cena maravilhosa. Carregado de drama, o momento entre os dois destaca a força de Galadriel em recusar o caminho sombrio, mesmo com as palavras sedutoras de Sauron, resultando em uma cena memorável.