No final da primeira temporada de Round 6, Gi-hun (Lee Jung-jae) se torna o grande vitorioso da disputa sangrenta e mortal, levando para casa o prêmio bilionário. Com o dinheiro em mãos, ele teria, enfim, a oportunidade de quitar as dívidas que havia feito devido ao vício em jogos de azar.

Porém, não é isso que acontece. Após sair dos jogos, Gi-hun volta para casa com intuito de ajudar a mãe, mas acaba encontrando-a morta. Ele, então, doa metade do dinheiro para a família de Sae-byeok (Jung Ho-yeon) e, aparentemente, passa um ano inteiro vivendo sozinho sem usar o dinheiro para nada além de necessidades básicas.

É aqui que surge uma dúvida: se Gi-hun foi cobrado por agiotas no começo da série, como ele conseguiu voltar a viver normalmente sem receber novas ameaças por causa de sua dívida? O mistério fica no ar.

Outra “inconsistência” na trama de Round 6 envolve Il-nam (Oh Yeong-su) e o tenso jogo do Cabo de Guerra na disputa.

Como já é de conhecimento do público, o final da primeira temporada da série mostra que Il-nam é o criador do jogo. Graças a essa vantagem, ele é o responsável por dar algumas dicas aos seus aliados na disputa (mesmo que não saibamos a princípio), chegando até mesmo a dar uma sugestão a sua equipe durante o momento do Cabo de Guerra. Porém, se Sang-woo (Park Hae-soo) não tivesse interferido em um instante crucial ali, todos do grupo teriam morrido, inclusive Il-nam.

Sendo assim, Il-nam tinha uma chance real de morrer no jogo, mesmo sendo uma figura tão importante da organização. A doença terminal que ele enfrentava poderia até ser uma justificativa para isso, mas fica o mistério do porquê permitiram que Il-nam entrasse na disputa em tais condições.

Com mais de 400 jogadores na disputa, é de se estranhar que ninguém tenha notado que um grande número de pessoas simplesmente desaparece da vida em sociedade da noite para o dia.

Levando em consideração que os escolhidos ficam confinados em uma ilha remota e, à medida que os jogos acontecem, muitos deles apenas morrem, é estranho que nenhuma autoridade tenha percebido ou recebido algum tipo de denúncia de familiares e conhecidos dos participantes que desapareceram.

Mais um mistério um tanto quanto inconsistente de Round 6 diz respeito à ilha onde os jogos sangrentos acontecem. Afinal, por que ninguém a encontrou ainda, mesmo que por acaso?

Se você parar para analisar, os jogos de Round possuem escalas gigantescas, com competições acontecendo em grandes espaços montados para sediarem as disputas mortais. Para isso, os envolvidos na organização precisariam de um baita território com uma construção que facilmente daria para ser avistada de longe.

E mais: supõe-se que a ilha estaria em uma localização próxima a da Coreia do Sul, já que grande parte dos participantes vêm de lá. Porém, ninguém nem chegou perto de encontrar a ilha até o momento, apesar da busca por ela ser um dos enredos da segunda temporada de Round 6.

Batatinha Frita 1, 2, 3 é um dos jogos mais icônicos de Round 6 -- e a boneca assassina que conhecemos na primeira temporada da série retorna no segundo ano só para mostrar que Gi-hun poderia ter morrido na primeira vez que participou da disputa.

Isso porque, se você bem se lembra, na primeira temporada, Gi-hun passou por um momento tenso no jogo quando só não caiu, despertando assim a fúria mortal da boneca, porque Abdul Ali (Anupam Tripathi) o salvou, segurando-o a tempo do sensor da boneca não pegá-lo no pulo. Na cena, Abdul segura Gi-hun pela jaqueta, suspendendo-o acima do chão.

Se isso tivesse acontecido na segunda temporada de Round 6, porém, poderia ter sido o fim de Gi-hun. No novo ano, diversas pessoas em situações similares a de Gi-hun acabaram morrendo violentamente na disputa, mostrando que o protagonista estava apenas sendo protegido por um anjo da guarda (o criador da série).

De repente, em um passe de mágica, o plano de Gi-hun para revolucionar os jogos e, enfim, tirar satisfação com o anfitrião se concretiza. O momento marca a conclusão da segunda temporada de Round 6 de um jeito caótico e sangrento, mas se você parar para pensar tudo acontece de um jeito fácil demais.

Após reunir alguns aliados para enfrentar os guardas e conseguir entrar no centro de controle da disputa, Gi-hun organiza um plano que tem como ponto de partida tomar as armas dos guardas assim que eles entrarem no dormitório para interromper a carnificina que acontecia entre os participantes.

E é exatamente isso que acontece, com uma facilidade que chega a ser impressionante, se levarmos em consideração todas as circunstâncias que poderiam dar errado. Entre a apresentação do plano e o início da execução, tudo funciona perfeitamente como Gi-hun imaginou sem muitos problemas no caminho (até as sequências finais, pelo menos).

Um dos personagens mais marcantes (e polêmicos) da segunda temporada é Thanos (Choi Seung-hyun), um rapper que entra na disputa para tentar levar para casa o prêmio bilionário. Mas uma revelação no primeiro episódio do novo capítulo abre portas para uma lacuna na produção quando vemos que seu colar é, na verdade, um recipiente secreto para guardar drogas.

Essa situação fica ainda mais confusa quando nos lembramos de que, também na segunda temporada, Gi-hun descobre que o dispositivo de rastreamento que ele tinha implantado em um dente falso havia sido removido antes dele entrar na disputa pela segunda vez.

Sendo assim, como é que os guardas deixaram um recipiente cheio de drogas passar despercebido durante a retirada de objetos e roupas pessoais dos participantes? Fica aí mais uma lacuna do programa para teorias.