A série do Demolidor, produzida pela Netflix, acertou em cheio em vários pontos, mas principalmente no antagonista.

O Rei do Crime, interpretado magistralmente por Vincent D’Onofrio, foi traduzido em sua essência: mesmo não sendo gigantesco igual nos quadrinhos, ele é imponente, perigoso, violento, calculista, insano. Sem dúvida alguma, um dos melhores vilões que a Marvel já adaptou para outras mídias - se não for o melhor.

Só não afirmo que o Fisk é o melhor por conta do Kilgrave, o Homem-Púrpura de Jessica Jones. Interpretado pelo David Tennant, olhando de longe, o personagem tinha tudo para dar muito errado, mas foi uma das estrelas da primeira temporada da série.

Cruel, violento, maluco, nojento, mas ainda assim carismático, ele foi o vilão perfeito, com a história perfeita, em uma série sensacional. Se colocar ele e o Rei do Crime para competir, não dá para saber quem se saiu melhor.

Ainda no mundo das séries - deu pra perceber o padrão, né? - mas saindo da Netflix, a 4ª temporada de Agents of S.H.I.E.L.D. apresentou seu melhor antagonista na saga dos LMD’s. Estamos falando da AIDA, ou Madame Hidra, como preferir.

O pessoal da redação fala da AIDA como “o Ultron que deu certo” e é bem isso. Em uma trama envolvente, fechada e bem construída, a androide que leu o que não devia, interpretada por Mallory Jensen, deu um show de loucura e carisma com sua vilania em tela.

Claro, ele está na lista. Mesmo um tanto cinza, o Loki do UCM é o maior vilão que a Marvel já apresentou nos cinemas - é só ver que ele foi usado em três filmes, breve quatro.

Não tem como negar que o Tom Hiddleston tomou o papel para si e deu um show como Deus da Trapaça, mesmo que os fãs de quadrinhos sintam um pouco de falta de algumas facetas do personagem. Ficou muito difícil para a Casa das Ideias acertar um antagonista depois do Loki.

Mas em Guardiões da Galáxia Vol. 2 eles tiveram êxito de novo. Não tanto quanto o Loki, mas o Ego, do Kurt Russell, foi o vilão perfeito para a trama do filme - mesmo que tivesse potencial para ser explorado de forma mais grandiosa.

Levando em consideração o histórico do estúdio, o Ego está entre os destaques por motivação, carisma e, principalmente, pela ideia do personagem - quem ia imaginar que o Planeta Vivo ia acabar surgindo nos cinemas algum dia?

Entrando naquela área não tão agradável, precisamos falar sobre o Ultron. "A Era de Ultron" é uma causa de discórdia entre os fãs, mas, independente de o filme cumprir ou não com o que prometeu, o Ultron não foi o que poderia ter sido.

Para um longa com o nome de “A Era de Ultron”, aquilo foi broxante - só não é pior que “A Ameaça de Electro” da Sony, pensando por esse lado. O Ultron acabou como uma ameaça fraca, um tanto vazia, que se perdeu tentando ser meio engraçado, meio sério e, no fim, só foi meio pombo.

Se quer tocar na ferida dos fãs da Marvel, é só citar o Mandarim e Homem de Ferro 3.

Deixando de lado a carga negativa que o vilão ganhou, ele não foi bem adaptado até sem o plot twist com o Guy Pearce.

Nenhum vilão dos filmes do Tony Stark se sobressai, mas o Mandarim é o ápice do desastre - todas as decisões sobre o personagem foram erradas.

Os filmes do Thor são divertidos, mas não são os melhores da Marvel Studios. No caso de “O Mundo Sombrio”, além da produção ser bem confusa no rumo que quer seguir, o vilão principal, Malekith, é o maior exemplo de personagem esquecível.

Vejam bem, ele não é ruim por caracterização, interpretação ou qualquer coisa do tipo. Ele é ruim porque não foi bem trabalhado e, quando o filme acaba, ninguém mais se lembra do antagonista.

O máximo de “mal” que você recorda do longa é o Loki, que rouba o trono no final e te faz esquecer que existiu outro vilão ali.

Agora se é pra falar de vilão ruim em todos os sentidos, chegou a vez do Harold Meachum, de Punho de Ferro. Ele é a pior coisa da série, seja em história, atuação, presença… só de lembrar, já dá um desânimo.

Completamente dispensável durante toda a temporada, forçado durante toda a temporada e sem sentido algum durante toda a temporada. Até o Davos depressivo se saiu melhor na trama.

Pior que um vilão estragando uma história toda, só aquele que aparece no terceiro ato, para decair algo que estava muito bom.

Lembrando de Luke Cage, temos que concordar que a série é ótima até o meio - tudo graças ao carisma do Cottonmouth.

Quando a coisa descamba para o Kid Cascavel, o irmão do Luke, toda a produção perde o ritmo. Não fica ruim, mas fica amargo - ainda que eu até tenha gostado da pegada mais quadrinesca da luta final.