Para muitos, a primeira temporada de Agentes da S.H.I.E.L.D. foi um começo turbulento. Embora alguns episódios tentassem - como FZZT, o quinto da série, que já trouxe alguns aspectos da interação da equipe mais aprofundados -, a série só foi se encontrar mesmo no seu 13º episódio... e que encontro!

T.R.A.C.K.S. é um dos episódios mais diferentes e memoráveis da série. Aqui, os personagens se separaram em uma missão para deter o Clarividente, e a cada vez que se encontravam, a história voltava até onde eles haviam partido. Além disso, trouxe um cliffhanger angustiante. E ah, teve até participação especial de Stan Lee!

Desde então, a série só passou a melhorar. O ápice disso, na primeira temporada, foi o décimo sexto episódio, onde a equipe de Coulson se reúne mais uma vez com o grupo de John Garrett, e juntos, eles investigam uma pista que levaria ao grande vilão da temporada, o Clarividente.

Contudo, ao chegar no local, eles descobrem uma armação complexa... e demora para cair a ficha de que tudo não passava de uma mentira, bolada pelo verdadeiro Clarividente para despistá-los. O resultado, é claro, deixa os agentes muito mais desconfiados e sem fé uns nos outros.

Para muitos, esse é o episódio que realmente trouxe uma guinada para a série. Um tie-in de Capitão América: O Soldado Invernal, o episódio literalmente pode ser traduzido como "Vira, Vira, Vira", e ainda assim, não imaginávamos a virada que a série daria em uma direção absurdamente intensa.

Na trama, Coulson finalmente descobre que Garrett é o Clarividente, e não apenas isso, como também é um dos líderes da HIDRA, profundamente infiltrada na S.H.I.E.L.D.. E quando ele finalmente consegue derrotá-lo e prendê-lo é que temos o golpe: Grant Ward sempre foi leal à HIDRA, e não passava de um agente duplo.

Encerrando a primeira temporada da série, temos uma das melhores season finales até agora. A conclusão da trama não apenas foi chocante e arrebatadora, conforme velhos aliados finalmente voltavam-se uns contra os outros, em uma das batalhas mais arrasadoras da série.

O episódio tem um pouco de tudo: Deathlok em ação, May vs. Ward, a derrocada final de John Garrett e, é claro, a segunda (e última, até agora) participação especial de Samuel L. Jackson no papel de Nick Fury na série. Isso, é claro, sem contar com os ganchos deixados para as temporadas seguintes.

Agora já estabelecida como uma série mais consistente e que realmente abraçava sua própria individualidade no Universo Cinematográfico da Marvel, a segunda temporada de Agentes da S.H.I.E.L.D. não perdeu tempo em introduzir vários personagens das HQs, como a Harpia e Lance Hunter.

Em A Fractured House, vemos a primeira missão de Bobbi Morse ao lado dos agentes, conforme ela precisa impedir o carregamento de uma arma letal. Além de trabalhar a relação da heroína com seu ex-marido (Hunter), temos também a melhor sequência de ação da série até o momento, quando May enfrenta um vilão que, nas HQs, é o Chicote Negro - grande inimigo do Homem de Ferro.

Na trama do segundo ano da série, fomos mais apresentados aos Inumanos, pessoas com poderes especiais "despertados" graças às névoas terrígenas. E a midseason finale fez questão de nos revelar que Skye - ou melhor, Daisy Johnson, também fazia parte dessa raça, se tornando a heroína que conhecemos nas HQs como Tremor.

O episódio foi um dos mais angustiantes da série, pois a identidade da protagonista sempre foi alvo dos maiores rumores desde antes de sua estreia. Com What They Become, não apenas descobrimos quem era Skye, como também fomos forçados a testemunhar uma das mortes mais tristes da série: a do agente Antoine Triplett.

E por falar em identidade, Melinda May sempre foi uma das personagens mais intrigantes da série. Conhecida como Cavalaria, ela era muito mais do que apenas uma guerreira letal, já que também possuía um passado sanguinário associado a esse apelido. E nesse episódio, finalmente descobrimos do que se tratava.

Seguimos uma das primeiras missões da agente, ao lado de Coulson, enquanto ela precisava tomar a decisão mais difícil da sua vida, envolvendo tirar ou não a vida de uma criança. Depois de Melinda, finalmente pudemos entender toda a carapaça durona e impenetrável da agente.

Um dos primeiros episódios duplos da série, S.O.S. veio para dar fim à segunda temporada, já estabelecendo Agentes da S.H.I.E.L.D. como uma excelente série de super-heróis. E curiosamente, aqui temos uma reunião de diversos elementos e tramas, que apesar de virem de pontos extremamente diferentes, funcionavam muito bem juntos.

Testemunhamos a grande guerra dos Inumanos, liderados por Jiaying, a insana mãe de Daisy. Finalmente vemos o Dr. Calvin se transformando no assombroso Mr. Hyde, e também temos um fenomenal confronto entre Ward e os agentes, que quase custou a vida da Harpia.

Em minha nada humilde opinião, a terceira temporada pode não ser a melhor da série, analisando-a como um todo, mas é sem dúvida a detentora dos melhores episódios. A começar por um que, durante muito tempo, foi o favorito dos fãs: 4,722 Hours, protagonizado apenas por Simmons, depois que ela foi engolida pelo Monólito.

Aqui, descobrimos tudo que aconteceu com a personagem no período que esteve ausente, e como se apaixonou por um explorador perdido no mesmo planeta que ela. A trama é simples, e é a primeira vez que descobrimos todo o monstruoso potencial de atuação de Elizabeth Henstridge, que a partir daí, só melhora com sua personagem.

Poucos episódios depois, alguns dos Agentes da S.H.I.E.L.D. foram sequestrados por seus inimigos e forçados a voltar para o tenebroso mundo de Maveth. É aqui que Coulson e outros aliados se juntam para resgatar Fitz, e temos um grande épico de vingança.

A série conseguiu construir Grant Ward como um dos maiores vilões do Universo Cinematográfico da Marvel, e o episódio nos dá a devida despedida do agente, enquanto Coulson abre portas para seu lado mais sombrio vir à tona... o que ele não esperava, no entanto, é que isso trouxesse à tona o antigo e diabólico inumano Hive.

Muitos fãs podem ter se esquecido, mas há alguns anos atrás, a ABC e a Marvel planejaram lançar o primeiro spin-off direto de Agentes da S.H.I.E.L.D., focado apenas em Lance Hunter e em Bobbi Morse, a Harpia... o plano acabou não indo pra frente, mas já era tarde demais: os dois já tinham feito sua despedida na série.

Parting Shot deixa de lado a trama principal para se focar em uma aventura solo do casal, e como isso afeta a vida dos dois como agentes da S.H.I.E.L.D.. É um dos episódios de despedida mais bonitos da história das séries de super-heróis, e certamente colocou esses dois no rol de personagens aclamados de toda a história do seriado.

Desde a midseason premiere da terceira temporada, os fãs estavam sendo instigados com uma recorrente visão na qual um personagem da equipe morreria. E Spacetime se dá ao luxo de explicar o que estava acontecendo, quando Daisy vai atrás de um inumano com poderes de clarividência, perseguido por uma agência com propósitos nefastos.

O episódio põe mais uma vez o foco na Tremor e sua constante luta para aprimorar suas habilidades, enquanto a equipe tenta - a todo custo - impedir catástrofes premeditadas. Além disso, é um dos episódios mais importantes da série, tendo repercussões impactantes até mesmo na quinta temporada.

Quando os Guerreiros Secretos foram anunciados na série, muitos fãs ficaram em polvorosa com a possibilidade de Tremor liderando uma equipe de super-heróis. E embora eles não tenham durado muito, como equipe, o episódio The Team entregou tudo que nós queríamos.

Aqui, YoYo, Lincoln e Joey, além de Daisy, precisam invadir as instalações da HIDRA em uma missão de resgate. Eles conseguem o que querem, mas acabam sendo vítimas de Hive, que despeja toda sua influência de inteligência coletiva na heroína sísmica, que temporariamente se volta contra sua própria equipe.

Algumas coisas não podem ser mudadas, e o futuro é uma delas. Ascension é, até hoje, considerado o melhor final de temporada da série, por encerrar de forma tão emocionante várias tramas que estavam sendo introduzidas mesmo antes do início da terceira temporada.

Quando Hive finalmente lança seu ataque contra a equipe, os heróis começam um jogo de gato e rato, e Lincoln percebe que precisaria se sacrificar para salvar Daisy e o resto de seus aliados. É a morte mais impactante da série, e que moldou a personalidade de Tremor por todo o futuro.

Considerada pelos fãs como a melhor da série até o momento, a quarta temporada de Agentes da S.H.I.E.L.D. já chegou chegando, apresentando um personagem que nunca esperaríamos ver na série: o Motoqueiro Fantasma, em uma trama cheia de misticismo e ciência corrupta.

Finalmente descobrimos o paradeiro da Tremor desde a morte de Lincoln, e como os Acordos de Sokóvia estavam interferindo na vida privada de diversos super-heróis. Outro elemento interessante é a revelação de toda a mudança no status quo da S.H.I.E.L.D., com Coulson servindo a um novo diretor.

Por mais que muitos outros episódios interessantes estivessem no meio deste e do anterior, Self Control é - mais uma vez, em minha nada humilde opinião - o melhor episódio da série até o presente momento. Aqui, o plano de AIDA finalmente se revela, conforme a androide sequestra os Agentes da S.H.I.E.L.D. e os insere no Framework.

É uma conclusão perfeita para toda a trama do arco "LMD", enquanto finalmente testemunhamos a ascensão de AIDA como a melhor vilã que a série já apresentou em toda sua história. Outro detalhe genial é ver como Daisy, YoYo e Simmons eram a única salvação da equipe, demonstrando como a série sempre foi igualitária na representação das personagens femininas.

O terceiro e último arco da quarta temporada, intitulado "Agents of HYDRA" já se inicia com um episódio esplêndido, chamado de What If... em homenagem aos populares quadrinhos da Marvel que traziam versões alternativas de personagens ou de universos inteiros.

Dentro do Framework, AIDA cria uma realidade onde a HIDRA venceu a S.H.I.E.L.D., e todos os personagens encontram-se em situações muito peculiares. É um atestado da qualidade dos atores da série, uma vez que Iain DeCaestecker brilhou no papel da versão "maligna" de Fitz. E ah, temos o retorno de Grant Ward, mais uma vez como um agente duplo... mas não do jeito que você espera...

Há duas estrelas principais na quarta temporada da série, e eles são AIDA e Fitz. Tanto Mallory Jansen quanto Iain DeCaestecker provam-se atores formidáveis ao incorporar todas as camadas de seus personagens, e esse episódio mostra isso muito bem, conforme a Madame Hidra finalmente revela mais de seu plano nefário.

O episódio também traz um ponto de virada para diversos personagens, como Coulson e May, que finalmente embarcam de cabeça nos planos orquestrados por Tremor e Simmons, conforme eles tentam ao máximo fechar o Framework.

Um final extremamente à altura da quarta temporada, World's End pode parecer um pouco corrido para alguns, mas conseguiu encontrar o balanço perfeito para fechar devidamente todos os arcos de histórias do quarto ano, criando um gancho espetacular para a quinta (e atual) temporada da série.

Dessa vez, vemos AIDA lutando pela sua sobrevivência - o que a torna uma personagem extremamente complexa -, enquanto todos os agentes da S.H.I.E.L.D. precisam correr contra o tempo, tanto para derrotar a vilã e seu capanga, o Superior, quanto para salvar Mack, ainda "preso" no Framework. Destaque para o momento em que o próprio Coulson assume o Espírito da Vingança.

Encerrando a lista, falamos do melhor episódio - até agora - da quinta temporada. Embora a trama esteja um pouco arrastada, e focada em vilões desinteressantes, Rewind conseguiu marcar seu território justamente por fugir disso. Aqui, descobrimos tudo que aconteceu com Fitz desde que sua equipe foi raptada pelo alienígena Enoch.

A trama é muito bem-sucedida ao fazer referências a todas as temporadas anteriores da série, inclusive trazendo de volta um dos personagens mais amados, o canastrão Lance Hunter. Através desse episódio, pudemos mergulhar um pouco mais em todo o plano espacial e o que o futuro vai reservar para os Agentes da S.H.I.E.L.D.!