Único lançamento do MCU em 2024, Deadpool & Wolverine foi o afago de nostalgia que os fãs precisavam para recuperar a fé no estúdio após alguns anos de frustração. Com direção de Shawn Levy, o filme oficializou a introdução do Mercenário Tagarela na franquia da Marvel com retorno de Ryan Reynolds ao papel, assim como a emocionante volta de Hugh Jackman como o carcaju.

Segunda maior bilheteria do ano com pouco mais de US$ 1 bilhão arrecadado ao redor do mundo, Deadpool & Wolverine contou com diversas participações especiais e o já conhecido humor escrachado do protagonista para colocar os personagens titulares em uma jornada pelo multiverso cheia de aventura, conquistando o carinho do público.

Uma das surpresas mais divertidas e agradáveis do ano foi o filme Twisters, que também merece uma posição nos melhores do ano. Estrelado pelo queridinho do momento Glen Powell, o longa é uma sequência do clássico Twister, lançado em 1996, e também conta com Daisy Edgar-Jones e Anthony Ramos no elenco.

Com ares spielbergianos na era de ouro dos blockbusters, Twisters acompanha a história de caçadores de tempestades com uma trama repleta de ação e momentos intensos, sem deixar a emoção de lado.

Quem poderia imaginar que, mais de 30 anos após o sucesso de Beetlejuice: Os Fantasmas se Divertem (1988), uma sequência seria tão divertida quanto o longa original. Dirigida por TIm Burton, Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice não se leva muito a sério para apresentar uma trama engraçada, contagiante e tão caótica quanto a do antecessor.

Com retorno de Michael Keaton como o fantasma de terno listrado e Winona Ryder como o ícone gótico Lydia Deetz, Beetlejuice 2 contou também com Jenna Ortega em uma aventura que reúne três gerações da família Deetz depois de um triste ocorrido. De volta à casa assombrada de Winter River, a família se depara com o caos de Beetlejuice mais uma vez depois que um portal para a vida após a morte é aberto.

Um dos lançamentos mais marcantes da reta final de 2024 não poderia ficar de fora da lista de melhores do ano. Dirigido por Jon M. Chu, Wicked teve a ambiciosa missão de adaptar o bem-sucedido musical homônimo da Broadway para as telonas, conseguindo conquistar até mesmo aqueles que não eram familiarizados com toda a magia da apresentação teatral.

Estrelado por Ariana Grande e Cynthia Erivo, Wicked é ambientado no universo de O Mágico de Oz e conta a história da amizade improvável entre Elphaba e Glinda antes delas se tornarem a Bruxa Má do Oeste e a Bruxa Boa do Sul, respectivamente. Com canções icônicas, a produção é um baita destaque de 2024.

Com direção de Denis Villeneuve, o filme Duna: Parte 2 foi uma das estreias mais comentadas do início de 2024, ganhando o status de uma das produções de ficção científica mais grandiosas dos últimos tempos. Elogiada por críticos e fãs, a sequência de Duna (2021) marcou o ano com uma trama que falou sobre a criação de lendas messiânicas com visuais impressionantes.

Adaptação da clássica série literária de *Frank Herbert, Duna: Parte 2 contou com o retorno de Timothée Chalamet como o protagonista Paul Atreides, juntamente com Zendaya, Rebecca Ferguson, Florence Pugh, Austin Butler, Javier Bardem e muito mais no elenco.

Maior bilheteria de 2024 com cerca de US$ 1,6 bilhão arrecadado mundialmente, Divertida Mente 2 foi um grande fenômeno deste ano, conquistando o público de todas as idades ao redor do globo e trazendo um fôlego a mais para a Pixar, que vinha passando por um momento de crise nos últimos anos.

Sequência do querido longa de 2015, Divertida Mente 2 continuou a tradição de seu antecessor ao tratar de temáticas complexas envolvendo a mente humana a partir de um tom divertido e cômico. Na trama, acompanhamos Riley lidando com o caos da adolescência, enquanto novas emoções, como a acelerada Ansiedade, resolvem fazer bagunça na cabeça da garota.

Alien: Romulus foi o responsável por trazer de volta aos cinemas todo o clima sombrio da franquia Alien, iniciada no final dos anos 70 com o clássico da ficção científica Alien, o 8.º Passageiro (1979). Dirigido por Fede Alvarez, o longa contou com sequências sangrentas e grotescas, conquistando fãs do horror com uma boa revitalização da saga alienígena.

Fazendo alusões ao clássico estrelado por Sigourney Weaver, Alien: Romulus acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que decidem se aventurar em uma estação abandonada. Até que eles descobrem uma forma de vida alienígena no local que os coloca em uma luta pela sobrevivência.

2024 foi um ano de ótimas surpresas e Longlegs: Vínculo Mortal é uma delas. Apesar de ter feito um burburinho maior na gringa com memes e piadas, o longa dirigido por Oz Perkins surpreendeu ao colocar Nicolas Cage na pele de um serial killer macabro, conquistando os entusiastas do gênero com uma trama repleta de bizarrice.

Longlegs: Vínculo Mortal conta a história de Lee Harker (Maika Monroe), uma agente do FBI que é convocada a reabrir um misterioso caso arquivado de um assassino em série. Mas, à medida que vai encontrando pistas, ela descobre uma conexão assustadora com o criminoso.

Mais uma animação que precisa ser mencionada na lista de melhores filmes de 2024 é Robô Selvagem. Desenvolvido pela DreamWorks, o longa surpreendeu os fãs do formato com uma história tão emocionante e bonita que é difícil não se sentir tocado pela trama, que fala sobre pertencimento e questões de maternidade.

Em Robô Selvagem, a robô Roz naufraga em uma ilha deserta, onde luta para se adaptar ao ambiente hostil. Em meio à natureza, Roz logo cria uma relação com os animais do local, tornando-se a mãe adotiva de um ganso órfão.

Ícone do cinema e das reviravoltas mirabolantes, o diretor M. Night Shyamalan retornou às telonas em 2024 com o excelente Armadilha. Divisivo como o cineasta gosta, o filme estrelado por Josh Hartnett aposta em uma pitada de humor para entregar um dos melhores filmes do ano, com direito a uma performance espetacular de Hartnett.

Em Armadilha, Cooper (Josh Hartnett) leva sua filha adolescente para o show de uma diva pop até que ele descobre que a polícia fechou o local para armar uma cilada para pegar um perigoso serial killer – que, na verdade, é ele mesmo.

Este filme pode até ter passado despercebido por muita gente, mas é definitivamente uma das melhores surpresas do ano. Com direção de Arkasha Stevenson, A Primeira Profecia é um prelúdio do clássico de terror A Profecia (1976) e marcou o gênero no começo de 2024 com uma produção que não se apoiou em meras referências ao que ficou para trás, criando algo único para falar de temáticas envolvendo o corpo de mulheres.

Na trama, acompanhamos a jornada de Margaret (Nell Tiger Free), uma jovem americana que é enviada a um convento em Roma para servir à Igreja. Porém, ela começa a questionar a própria fé após descobrir uma terrível conspiração cujo objetivo é concretizar o nascimento do Anticristo.

Primeiro longa-metragem falado em língua inglesa do diretor Pedro Almodóvar, O Quarto ao Lado também merece uma posição no ranking de melhores do ano. Protagonizado por Tilda Swinton e Julianne Moore, o filme tem toda a elegância do estilo de Almodóvar e encanta com seu preciso uso das cores para incrementar a narrativa, que é inspirada no livro O Que Você Está Enfrentando, de Sigrid Nunez.

No filme, duas jornalistas que foram muito amigas na juventude retomam o contato após anos afastadas. O motivo para a reaproximação, porém, é trágico: uma delas descobre ter uma doença terminal e decide propor um dilema moral à amiga para conseguir passar pelo período difícil.

Chegamos ao top 3 dos melhores filmes do ano com aquele que fez todo mundo querer ir para uma quadra de tênis: Rivais. Estrelado por Zendaya, Josh O’Connor e Mike Faist, o filme de Luca Guadagnino arrebatou todas as discussões do primeiro semestre do ano com uma trama tão envolvente quanto a impactante trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross.

Tratando dos limites entre poder, amor e obsessão, Rivais surpreendeu com a história de um campeão de tênis que, em um momento difícil da carreira, se vê do outro lado da rede de seu ex-melhor amigo e ex-namorado de sua esposa, provocando um reencontro que reacende antigas rivalidades.

Mais um filme surpreendente de 2024 que saiu da bolha dos cinéfilos de carteirinha para deixar todo mundo de boca aberta foi A Substância. Além de ser um dos melhores filmes do ano, o longa-metragem da francesa Coralie Fargeat se tornou o assunto do momento em discussões fora e dentro das redes graças a uma produção que gerou polêmica ao tratar do envelhecimento feminino e dos padrões de beleza irreais perpetuados pela indústria do entretenimento.

Vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2024 e com uma performance espetacular de Demi Moore, A Substância conta a história de Elisabeth Sparkle (Demi Moore), uma estrela do cinema que é demitida de seu programa de TV por ser considerada “velha demais”. Desesperada para recuperar seu prestígio, Elisabeth recorre a uma substância milagrosa que promete rejuvenescê-la com uma transformação radical: ela precisa dividir o corpo com Sue (Margaret Qualley), sua versão mais “jovem e melhorada”. Contudo, ela logo começa a perder o controle da própria vida, embarcando em uma jornada surreal e grotesca.

Não tem para ninguém: é claro que o melhor filme de 2024 não poderia ficar para outra produção que não fosse o fenômeno nacional Ainda Estou Aqui. Indicado às premiações Globo de Ouro e Critics Choice Awards do próximo ano, o longa de Walter Salles tem chances de concorrer ao Oscar 2025 graças a um trabalho conjunto que vem colocando o filme nas principais discussões sobre cinema, fora e dentro do Brasil, atualmente.

Com uma performance emocionante de Fernanda Torres, Ainda Estou Aqui é inspirado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva e acompanha a trajetória de Eunice Paiva (Fernanda Torres), uma mulher que passou décadas em busca de respostas ao desaparecimento do marido durante a ditadura militar no país. A partir da história de Eunice, o filme trata de um dos períodos mais sombrios da história brasileira, servindo como uma das produções mais elogiadas e bem-sucedidas do cinema nacional nos últimos anos.