Vampiros ganharam várias “tonalidades” na cultura pop com o passar dos anos. Você tem o vampiro medieval, o vampiro vitoriano, o vampiro rock n' roll, o nostálgico, o filosófico, o zumbificado e, o tipo que traumatizou muitos fãs dos sanguessugas alguns anos atrás: o vampiro jovem.

Alex Elder, dos quadrinhos de Crimson, criado por Brian Augustyn e Humberto Ramos, é jovem, está na casa dos 16 anos, mas não cai no estereótipo mais atual do vampiro adolescente. Aos 16 ele é mordido e descobre seu destino como o Escolhido, um ser com poderes muito além dos vampiros tradicionais, destinado a livrar a Terra da praga vampírica.

Não podemos falar de maiores vampiros sem citar a versão mais demoníaca e sanguinária do Batman. Em Red Rain, o Homem-Morcego faz jus ao seu codinome, se tornando um vampiro completamente descontrolado, deixando uma rastro de carnificina por onde passa.

Ainda, a história vale, além de sua premissa, pelos envolvidos. Batman: Red Rain é escrito por Douglas Moench e ilustrado Kelley Jones, um dos vários artistas incríveis que trabalharam em Sandman, que deu um toque bem surrealista e bizarro pra coisa toda.

Falando sobre os maiores, a Marvel possui a sua própria versão quadrinesca do Drácula – que mudou muito ao longo dos anos. Das antigas, obviamente, o personagem ficou tão famoso que já teve sua revista solo por um tempo. Com o tempo, ele foi remodelado e ganhou seu espaço nas histórias do Blade e de outros heróis da Casa das Ideias como super-vilão.

Preacher não é só um embate bizarro entre anjos, demônios, humanos e uma versão distorcida d'O Criador. Um dos personagens mais populares da história é o vampiro Cassidy, tão insano e descontrolado como qualquer um dos protagonistas – ou como a própria revista. Cassidy mutilou, foi mutilado, manipulou, foi manipulado, tomou todas as drogas disponíveis no planeta e sempre pintou com sangue, tripas e sexo seu caminho na trama.

É difícil colocar o Alucard aqui, sem entrar muito no ramo dos mangás – que possuem trabalhos incríveis sobre Vampiros. Mas, considerando os maiores vampiros, mesmo estando em uma mídia diferente, ainda que similar, ele não pode faltar.

Hellsing é uma das melhores histórias de monstros dos quadrinhos e o Alucard está entre os seres mais poderosos e mortíferos do planeta, servindo fielmente as Organizações Hellsing contra seus companheiros meio-mortos. Tudo nele é icônico, desde seu visual, com o sobretudo vermelho, chapéu e óculos redondos, até suas armas e seu comportamento.

Mais um da DC Comics, Eu, o Vampiro foi publicado nos anos 80 e ganhou uma renovação com os Novos 52. O protagonista da história, Andrew Bennett, entra na classificação dos vampiros mais existenciais, um nobre inglês do século XVI que luta contra sua própria selvageria vampírica e tem como rival o amor de sua vida, Mary, e o primeiro vampiro, Caim.

Nos campos da Marvel, talvez as histórias de vampiro mais famosas da editora estejam nas páginas do Blade. Um dos personagens com mais atrativos para o público da Casa das Ideias e, facilmente, o melhor vampiro da editora, o Blade ajudou, inclusive, na popularização dos filmes modernos de super-herói no começo dos anos 2000.

Para quem não conhece, o Blade não é completamente um vampiro; seu DNA monstruoso veio de sua mãe, quando ela foi atacada por vampiros durante o parto. Isso proporcionou ao Blade um pouco dos poderes dos imortais. Os vampiros continuaram atormentar a vida do rapaz, quando sua namorada morreu nas mãos dos sanguessugas, fazendo ele tomar o caminho de caçador.

Um dos maiores quadrinhos de vampiro de todos os tempos, Vampiro Americano foi escrito por ninguém menos que Stephen King e Scott Snyder, retratando linhagens vampíricas diferentes em guerra no planeta.

Um dos protagonistas da trama é o Skinner Sweet, um vampiro de linhagem americana que está na ativa desde a época do Velho Oeste. Na verdade, ele é o primeiro vampiro americano, sendo um completo sociopata sanguinário desde antes de entrar para o mundo sobrenatural. Violento e insano são adjetivos pequenos para o personagem.

Além de Skinner, seu “par” na história é a Pearl Jones, uma aspirante a atriz dos anos 20. Ela é meio que o balanço emocional para a violência do outro protagonista, sendo a segunda vampira da linhagem americana.

Controversa por todo o apelo sexual envolvido na protagonista, mas uma versão vampírica da Barbarella não pode ser ignorada. De 1969, Vampirella originalmente era uma vampira alien, vinda do planeta Drakulon, um lugar onde o sangue corre em rios.

Quando o sangue fica escasso no planeta vampiro e os habitantes estão morrendo, uma nave terrestre chega ao local e, em busca de uma salvação para sua raça, Vampirella rouba o foguete e viaja até a Terra, onde encontra seres que possuem sangue correndo em seus corpos. Aqui ela se torna uma “boa” vampira, trabalhando contra os seres malignos do planeta.

Uma das origens mais bizarras da Marvel fica com o Morbius, que é o resultado de um experimento científico que o transformou em um vampiro. Ele começou suas histórias como um vilão do Homem-Aranha, mas logo ganhou algumas tramas solo e com o Motorista Fantasma.

Falando sobre origens peculiares, Lady Jacqueline Falsworth, a filha do primeiro Union Jack é meio vampira, meio Tocha Humana! Depois de ser atacada pelo Barão Sangue – e ganhar sua parte vampiresca do pacote – a moça recebeu uma transfusão de sangue do Tocha Humana original.

Com poderes vampíricos, super-velocidade vinda do Tocha e sem a fraqueza contra o Sol, ela se tornou a Spitfire, aparecendo algumas vezes nas histórias do Blade.

A dobradinha zumbi/vampiro é um clássico nas histórias de monstro. Tem até quem junte os dois em um único ser, como no caso de The Strain. Em The New Deadwardians, os monstros contracenam na história, só que em camadas sociais diferentes.

A trama acompanha George Suttle, um investigador vampiro que vive em uma sociedade vitoriana onde a classe mais abastada pertence aos sanguessugas e as camadas inferiores ficam para os humanos e zumbis. Suttle tem que investigar um grande assassinato cruzando as barreiras sociais, enquanto sacia sua própria sede de sangue.