Apesar de ter sido vendido nos trailers e cartazes do filme, Slipknot não tem uma função sequer além de explodir com menos de cinco minutos de tela.

Interpretada por Cara Delevigne, a Magia é um dos elos mais fracos do filme. Ela é a antagonista principal e em momento algum fica concreto seu plano ou o perigo que ela passa, embora as motivações - mesmo que pequenas - estejam lá.

Visualmente, ela é uma das melhores do filme, porém, nada disso salva uma atuação vazia e um senso de perigo morno.

Interpretado por Jai Courtney, o Capitão Bumerangue era um dos personagens mais promissores do filme. Seus momentos são bons e algumas piadas dele funcionam bastante. Contudo, ele aparece bem pouco no corte final.

Se tivesse um arco próprio ou mais participação nas batalhas, teria sido um dos melhores personagens do filme, principalmente pelo potencial cômico, mas seu papel é bem subestimado.

O Crocodilo é um dos membros do Esquadrão com a melhor concepção visual. A maquiagem funciona muito bem, principalmente por ser apenas prática, sem muito recurso de CGI. Além disso, sua movimentação é interessante e ele possui uma personalidade definida.

Apesar de aparecer pouco, o personagem tem uma boa pegada cômica e seus momentos de destaque funcionam no desenrolar da trama.

Responsável por vigiar todo o Esquadrão e mantê-los unidos, Rick Flag é um personagem que se sobressai na trama, apesar de ser apenas o militar padrão que serve como bússola moral da equipe.

Ele tem poucos momentos de destaque e a sua trama envolvendo a Magia é algo bem monótono na história do filme.

Apesar de ser a mais coadjuvante na equipe, por ser a responsável por tomar conta da segurança de Rick Flag, Katana se destaca principalmente pelas cenas de ação muito boas e detalhes de sua origem nas HQs transpassados para a tela com bastante fidelidade.

É incrível ver a heroína conversando com sua espada, falando com a alma de seu marido, ou então tendo diálogos sarcásticos e afiados antes de passar sua lâmina pela cabeça de alguém.

Muito vendido nos trailers e no material de divulgação do filme, o Coringa de Jared Leto chega a ser decepcionante por sua inserção na história, sendo um reles objetivo narrativo que é superado e depois retorna com força.

O ator faz uma versão bem diferente do personagem e, em alguns momentos, até funciona. Porém, está longe de ser a grandiosidade que todos esperavam.

Uma das maiores surpresas do filme, El Diablo tem um arco bem distinto dos outros personagens e é uma força necessária para que haja uma solução final na batalha.

O ator Jay Hernandez está visivelmente confortável no papel e, embora ele tenha pouca funcionalidade na ação, na primeira metade do filme, há uma justificativa para isso.

Interpretada por Margot Robbie, a Arlequina é a personagem central do filme. Tudo passa por ela e ela tem um papel fundamental em todo o desenrolar da narrativa. Trata-se de uma adaptação clara da Arlequina do desenho animado do Batman.

É interessante ver como ela retrata a loucura de forma cômica, embora tenha o potencial de ser uma das personagens mais dramáticas da história.

Embora Arlequina seja a personagem central da trama, o protagonista do filme claramente é o Pistoleiro, interpretado por Will Smith. O personagem é quem possui o maior arco dramático e, embora seja mais um papel-padrão de Smith, é um dos que ele melhor faz.

O personagem tem uma forte utilidade nas cenas de ação e combina bom humor com cenas mais dramáticas. Além disso, é interessante ver sua conexão com o Batman.

Você pode até tentar negar, mas esse filme é da Amanda Waller, vivida tão bem por Viola Davis. A personagem é exatamente a dos quadrinhos e representa algo similar a um Nick Fury para a DC Comics, porém, com um limite mais tênue entre o certo e o errado.

Embora ela desapareça do filme em dois momentos, sua presença sempre é sentida. E ela é ameaçadora e forte, definindo um papel de destaque nos próximos filmes do Universo DC nos cinemas.