Inserido na quarta temporada de Arrow, Curtis Holt era um funcionário da Palmer Technologies que logo se tornou amigo de Felicity e, aos poucos, entrou para a equipe do Arqueiro Verde. O personagem é inteligente ao extremo, e se provou uma baita ajuda para a equipe desenvolvendo tecnologias próprias para combater o crime.

O problema do personagem começou na quinta temporada, quando ele adotou o manto de Senhor Incrível e passou a agir em campo, se tornando um dos piores heróis já vistos no universo das séries da DC Comics pelo CW. Enquanto era só um assistente por trás da tela de um computador, ele tinha um papel muito interessante e realmente ajudava a equipe, mas em campo, além de não estar nem um pouco apto para o combate, ele costumeiramente atrasa a equipe, o que é um baita pé no saco para o desenrolar da série.

Tom Cavanagh é um dos atores mais simpáticos e carismáticos que já trabalhou no Arrowverse, adotando o manto de Harrison Wells na primeira temporada de The Flash. Com a morte de seu personagem, os produtores não queriam desperdiçá-lo, e passaram a criar várias versões alternativas dele. Entre elas, tivemos Harry, o pai de Jesse Quick, da Terra-2 e, infelizmente, H.R. Wells.

Introduzido na terceira temporada, H.R. é o típico bobalhão com um bom coração. O problema é que ele ganhava uma importância grande demais na trama, e isso o tornava extremamente irritante, principalmente por ser apenas um idiota no meio de uma situação dramática demais. Ainda que tenha tido sua redenção no final da temporada, nas mãos de Savitar, ele ainda se manteve um personagem desesperadamente fora de órbita.

Introduzido originalmente em Arrow, Ray Palmer logo "morreu" e se juntou às Lendas em Legends of Tomorrow. O papel seria basicamente uma redenção para Brandon Routh, que você provavelmente deve se lembrar graças a Superman: O Retorno. E embora esteja longe de ser o personagem mais odiado das séries da DC no CW, ele é um baita herói mal-desenvolvido.

Além de seu traje - que rendeu críticas ferozes no passado -, ele não tem nada que justifique sua transformação em um herói. Os elementos estão lá: o passado trágico, a vontade e os recursos/poder. Mas em nenhum momento sentimos seu heroísmo, e parece que ele só foi chamado para Legends para preencher a cota dos "personagens de nível B mal-utilizados em outras séries."

The Flash teve seu ponto mais baixo em sua terceira temporada, quando os produtores esqueceram que a série era para ser divertida e com uma vibe de HQs de super-heróis, e a transformaram em um dramalhão exaustivo. Um dos principais responsáveis por isso foi o vilão Savitar, o Deus da Velocidade que pretendia fazer de tudo para derrotar Barry Allen, o Velocista Escarlate. E no final das contas, ele era apenas uma versão futura do próprio Flash.

Embora elementos muito interessantes pudessem ser trazidos aqui, eles foram esquecidos no churrasco em prol de uma história novelesca e melodramática. As motivações de Savitar são horríveis, e o visual do personagem consegue ser pior ainda, com muitos o criticando extensamente ao longo da temporada. Com sorte, ele foi derrotado e ao menos serviu para matar outro personagem que boa parte dos fãs detestavam...

Infelizmente, a cada novo ano, as séries da DC Comics no CW são inundados com vários vilões esquecíveis. De forma geral, ainda falta muito para podermos voltar à glória de Merlyn na primeira temporada de Arrow ou do Flash-Reverso em The Flash. E um dos vilões trágicos que temos aqui é Damien Darhk, introduzido pela primeira vez na série do Arqueiro Verde e posteriormente jogado para Legends of Tomorrow.

Embora Neal McDonough seja um ator competente, ele parece ter ligado o modo automático aqui, em uma das performances mais bobas e caricatas de sua carreira. Ele é um vilão malvadão porque... sim. Não há nenhuma construção de personagem, e ele nunca tem nada que o torne identificável com o público. E por ser um personagem "atemporal", ele pode morrer e voltar quantas vezes quiser nas séries, das formas mais odiosas possíveis.

Falando em vilões, há de se concordar que, até hoje, nunca tivemos um tão ruim em todo o Arrowverso quanto Vandal Savage, o antagonista principal da primeira temporada de Legends of Tomorrow - o que é uma pena incontestável, se levarmos em conta a importância que o personagem tem nos quadrinhos, onde peita a Liga da Justiça inteira e sozinho.

Na série, o vilão é apenas ruim. Os produtores, que poderiam desenvolvê-lo como uma grande ameaça que afetaria todo o universo, acabam fazendo com que ele exerça algumas maldades pequenas aqui e ali para se provar um vilão bem caricato, daqueles que por pouco não tem sua própria risada maléfica. Adicione isso aos baixos recursos da primeira temporada da série, e temos um personagem que, apesar da soberba, parece um versão genérica de vários vilões que já vimos por aí. E nem vamos mencionar a história com o Gavião Negro e a Mulher-Gavião...

Um parceiro clássico do Superman nos quadrinhos, Jimmy Olsen cresceu e aparece na série como James Olsen, que logo colocaria um traje heroico para virar o Guardião. E bem, nem sei por onde começar, porque a verdade é que ele é um saco. De verdade, não há personagem mais chato e sem graça em todas as séries da DC no CW que o Guardião.

Felizmente, ele tem cada vez mais perdido o destaque no meio das séries, mas isso não muda o fato de que, ao menos na primeira temporada de Supergirl, ele era um personagem entediante e insuportável, que só servia para atrasar a vida de Kara Danvers. E, para piorar tudo isso, ainda tentaram colocá-lo como interesse amoroso da heroína, algo que, graças aos deuses de Krypton, não foi para frente.

Os interesses românticos das séries são sempre motivo de debate entre os fãs. Tecnicamente falando, todo personagem precisa servir, de alguma forma, para ajudar no crescimento do protagonista, além de ter um desenvolvimento próprio. Embora Iris West seja muito odiada pelos fãs de The Flash, ela cumpre esses propósitos. E isso não é bem o caso de Felicity Smoak.

Ou ao menos não foi, principalmente durante a terceira e a quarta temporada de Arrow. A personagem, que era apenas uma assistente divertida e engraçada, acabou ganhando mais destaque devido aos fãs que a shippavam com Oliver Queen. No final, ela sofreu uma mudança brusca de personalidade, tornando-se uma personagem chata e melodramática demais. Com sorte, as temporadas recentes têm mudado isso, mas Felicity já está manchada na memória do público.

O combo tragédia! A história do Gavião Negro e da Mulher-Gavião é uma das mais interessantes dos quadrinhos, com toda a origem destinada ao seu romance e como eles basicamente nascem para morrer ao se encontrarem. Contudo, no Arrowverso, não podíamos pedir por personagens piores. Kendra Saunders foi introduzida em The Flash, onde inicialmente seria um interesse romântico para Cisco.

Com a descoberta de seus poderes, ela se juntou a um grupo de heróis em Legends of Tomorrow, e reencontrou seu amado - que morreu logo em seguida. A verdade é que a Mulher-Gavião se tornou o sinônimo de burrice. Ela nunca sabia de nada e sempre estava perdida o tempo inteiro, o que não era ajudado pela atuação inexpressiva de Ciara Renée. Por outro lado, o Gavião Negro - que também era um personagem bem ruim - foi só descartado o mais rápido o possível.

Disparado, o pior personagem do Arrowverso é o próprio Arqueiro Verde, que deu origem a tudo isso. A verdade é que, depois de seis temporadas, o personagem está sempre andando em círculos, e não tem sequer um desenvolvimento duradouro ou uma evolução visível. Muitas vezes, estamos diante do mesmo Oliver Queen que conhecemos na primeira temporada, após ter voltado da ilha onde esteve durante cinco anos.

E por mais que tenha arcos interessantes (perdão pelo trocadilho), o personagem é sumariamente chato. Ele está sempre escondendo segredos de seus aliados, e não perde a chance de sair no tapa com quem o apoia, por motivos idiotas. Sem contar o quanto ele parece uma cópia barata do Batman. Além de tudo isso, Stephen Amell, apesar de muito carismático, é uma porta atuando. É difícil vê-lo trazendo qualquer emoção real em cena, quando ele só tem uma expressão.