Os 10 piores momentos de “X-Men: Fênix Negra”!

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Os 10 piores momentos de “X-Men: Fênix Negra”!

Por Gus Fiaux

Atenção: Alerta de Spoilers!

Em cartaz nos cinemas desde a última semana, X-Men: Fênix Negra veio para sepultar e jogar a última pá de cal na franquia mutante da Fox – que já não ia muito bem das pernas desde o último longa da equipe, Apocalipse. E como já era esperado, o longa é um fracasso de crítica e de público.

Com refilmagens gigantescas e um roteiro atrapalhado, o longa não chega a ser um péssimo filme – mas definitivamente, é o mais esquecível dentro de toda a franquia dos Filhos do Átomo. E mesmo com algumas coisas boas, listamos aqui os 10 piores momentos de X-Men: Fênix Negra!

Créditos: Fox

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Demonstração de poder

Nos quadrinhos, durante a Saga da Fênix Negra, vemos Jean Grey enlouquecer totalmente graças à entidade cósmica dentro de si. Ela ameaça mutilar seus maiores aliados, e é responsável pela destruição de um sistema solar inteiro, dizimando bilhões de vidas. No filme, no entanto, seus atos são bem menos perversos.

Na verdade, aqui vemos uma Fênix Negra em conflito que mata apenas uma pessoa (e sem querer). No entanto, o que realmente torna tudo mais brega é sua "demonstração de poder" em Genosha. Ela aparece apenas usando sua telecinese para tentar derrubar um helicóptero - e no fim, é "impedida" por Magneto.

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Discurso contraditório

Que a Mística de Jennifer Lawrence já deu o que tinha que dar, não é surpresa para ninguém. A personagem se tornou uma das piores coisas da franquia mutante, tendo sua essência corrompida em prol do estrelismo e sucesso da atriz. No entanto, ela nem está tão ruim como uma heroína em Fênix Negra.

Seu papel aqui é se opor a Charles Xavier, cuja ética se tornou totalmente questionável. No entanto, o discurso da transmorfa com o telepata beira o ridículo. Para piorar, há uma breve fala na qual ela ressalta a importância das mulheres para a equipe - contudo, tirando Jean Grey, nenhuma das X-Woman é bem tratada pelo roteiro.

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Noturno, assassino em série

Dentre todos os personagens do filme, a Tempestade, o Noturno e o Mercúrio são quase figurantes, já que não possuem nenhum aprofundamento e desenvolvimento na narrativa. Um dos momentos mais ridículos da batalha final se dá quando Kurt Wagner libera sua fúria após ver um mutante sendo morto.

Para início de conversa, o "mutante morto" em questão era um inimigo que, pouco tempo antes, estava disposto a matar a Tempestade e outros Filhos do Átomo. Além disso, não há nenhum indício de transformação, e de repente vemos o Noturno se teletransportando furiosamente e matando todos os aliens, quase como um serial killer.

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Mortes aleatórias

Por falar nisso, precisamos lembrar como A Saga da Fênix Negra é uma das histórias mais tensas da equipe mutante justamente por mexer totalmente com as estruturas do grupo e por mostrar a ação violenta de Jean Grey. Nas HQs, como dito anteriormente, ela dizima um sistema solar inteiro.

No filme, no entanto, além da morte da Mística (e o sacrifício de Jean, que leva Vuk consigo), temos apenas mais duas mortes "importantes": a de dois capangas de Magneto que nada se parecem com sua contraparte nas HQs: Selene e Lótus Vermelho. As duas mortes são ridículas e não acrescentam nenhum peso narrativo.

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Reencontro de amigos

Parece que, todo ano que é lançado um filme dos X-Men nos cinemas, entramos em um loop, porque sempre vemos as mesmas coisas nas telas, todas as vezes. A relação entre Magneto e Professor X está mais do que repetitiva, com o Mestre do Magnetismo sempre tendo uma redenção destruída na continuação.

Aqui, não é diferente. Erik Lensherr confronta brevemente os Filhos do Átomo, mas depois se alia a eles e se "redime". No entanto, o pior está no final, quando ele e Charles Xavier se encontram novamente para jogar xadrez. A cena fica ainda mais brega quando pensamos que os dois estão na Rue de la Paix, em Paris (ou seja, "a rua da paz").

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Jean falando sozinha

Simon Kinberg já se provou um roteirista nada consistente ao longo dos últimos anos, tendo escrito verdadeiros desastres no que diz respeito à equipe mutante. Um grande problema visto em X-Men: Apocalipse - e que aqui acontece em força máxima - é a presença de diálogos nada convincentes e artificiais.

No longa, só ouvimos frases de efeito o tempo todo. Mas o pior realmente se dá quando Jean Grey começa a falar sozinha, num estilo novelesco, se arrependendo de ter matado a Mística. É uma cena extremamente cafona e que mostra o quanto Kinberg não sabe desenvolver os personagens que têm em mãos sem usar recursos banais.

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Fera muda de lado

Ao longo de toda a franquia iniciada por X-Men: Primeira Classe, o Fera foi se tornando um personagem cada vez menos consistente, já que sua condição mutante deixou de ser um problema e, ainda assim, ele se via torturado por sua mutação. No entanto, o pior acontece quando ele se vê destroçado pela morte de Mística.

O personagem então muda abruptamente de lado, confrontando Charles Xavier e se juntando a Magneto de uma forma brusca e que não faz o mínimo sentido com a franquia construída até aqui. Nem mesmo Nicholas Hoult salva o papel, já que está sempre monotônico e desinteressante.

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Genosha

Por incrível que pareça, X-Men: Fênix Negra começa de uma forma decente, trazendo uma boa cena de introdução para Jean Grey e uma missão espacial que nos apresenta a Força Fênix. No entanto, aos poucos as coisas vão descarrilhando - e isso fica completamente evidente em Genosha.

Não havia a menor necessidade de introduzir Magneto nesse filme, e aqui ele é quase um peso morto, tendo um drama que já foi repetido diversas vezes. A cena em Genosha é vergonhosa - até por reduzir a ilha/refúgio mutante das HQs em um quintalzinho com meia dúzia de mutantes sem nome.

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Literalmente tudo envolvendo Vuk

Jessica Chastain é uma das melhores atrizes de nossa geração, conquistando papéis incríveis ao longo dos últimos anos. No entanto, em Fênix Negra, todo o talento da atriz é completamente desperdiçado em um papel sem graça, tosco e que parece ter sido escrito por uma criança.

Vuk é uma personagem sem carisma e sem motivações convincentes, que sequer tem momentos realmente chamativos. Ela mal aparece e seus diálogos são entregues como se a atriz estivesse entediada o tempo inteiro. No fim, ela ainda se torna um dos maiores problemas do longa.

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Confronto final

É dito que, originalmente, Fênix Negra teria uma grande cena de ação no espaço - mas isso foi substituído por uma série de fatores. Aqui, vemos uma batalha no trem (que é até decente), seguida pelo "confronto final" entre Jean Grey e os D'Bari - a raça alienígena liderada por Vuk.

A cena é vergonhosa, e acaba em poucos segundos, sem o mínimo de emoção ou peso dramático. No fim, a Fênix precisa fazer um sacrifício para matar Vuk e eliminar sua ameaça - o que acaba acontecendo em uma cena com efeitos visuais hediondos e um melodrama porco e barato.