Cara, sem pensar duas vezes, não podemos começar essa lista com outra senão a primeira aparição do Morcegão.

A estreia do Batman está nas páginas da Detective Comics #27, de Maio de 1939. Para quem não sabe, o Homem-Morcego é uma criação de Bob Kane e Bill Finger.

Na história “O Caso do Sindicato Químico”, também vemos a introdução do Comissário Gordon, Gotham ainda não ganha um nome e o Batman, na verdade, é chamado de Bat-Man, com hífen. Ainda bem que isso mudou, né?

Mas essa aí foi “apenas” a primeira aparição do Homem-Morcego. A grandiosa estreia solo do herói só foi se desenrolar quase um ano depois, em Março de 1940, com a publicação de Batman #1.

Na primeira história, “A Lenda do Batman: Quem Ele é e Como Ele Surgiu”, vemos a origem do Batman, com toda a história da Martha – tabu esse nome, né? – e Thomas Wayne, morrendo pelas mãos de Joe Chill.

Viajando longe agora, 46 anos depois do primeiro volume de Batman, surge uma das revistas mais aclamadas do herói – e dos quadrinhos em geral. Pelas mãos de Frank Miller, O Cavaleiro das Trevas é uma das maiores histórias de todos os tempos e, obviamente, tem alguns momentos chave.

Um deles é quando o autor usa os quadrinhos para criar uma experiência mais profunda para o leitor, ao mesmo tempo que mostra o quão brutal o Homem-Morcego pode ser.

Em um dos momentos, vemos alguns quadros escuros, apenas com falas do Batman e um criminoso apreendido. Conforme a arte vai se revelando, descobrimos que estávamos assistindo tudo no plano do criminoso, que o Morcego tapava sua visão com as mãos para não mostrar que eles estavam pendurados no topo de Gotham.

“Eu acho que você não entendeu a situação. Você não está em uma boa posição para negociar”.

Para mostrar o quanto o Batman é badass, depois da ótima, porém infame série do Morcego, protagonizada por Adam West, nos anos 60, em “As cinco vinganças do Coringa!”, vemos o herói saindo de uma situação completamente desesperadora.

O Coringa jogou o Batman e sua vítima em um tanque de tubarões e, além de matar o tubarão com a corrente que estava lhe segurando, para salvar a vítima, o Morcegão quebra o vidro temperado com uma cadeira de rodas. Insanamente foda.

Ao longo dos anos, o Batman – e a DC como um todo – passou por vários reboots e a história de origem do herói foi contada várias vezes. A mais icônica de todas é “Ano Um”, de Frank Miller, mas ainda não vamos falar dela.

Vamos comentar sobre outra retomada, em 2005, quando o Morcego encontra o Coringa pela primeira vez nessa continuidade. Em “O Homem que Ri”, Bruce vai investigar vários corpos em um galpão abandonado, com rostos distorcidos, aparentemente envenenados.

O interessante dessa história é ver o Batman, novato ainda, tentando criar algum tipo de sentido para os planos insanos do Palhaço. É o primeiro encontro deles e o Morcego NÃO está preparado para algo desse tipo. Tanto que ele tem que arriscar sua própria vida, tomando o veneno do Coringa, para proteger sua identidade, confiando apenas em sua força de vontade.

Para mostrar as capacidades dedutivas do Batman, essa é essencial. Em mais um dos reboots da DC, em 1997 temos a série da Liga da Justiça com a história “Nova Ordem Mundial”. Nela, os membros da equipe são atacados pelo Hiperclan, que eram Marcianos Brancos – mas ninguém sabia.

Mas, mesmo sendo apenas um humano, o Batman sobrevive ao ataque e descobre o que os inimigos são de verdade.

“Super-força, voo, mudança de forma, controle mental; vocês são Marcianos, não? E quando vocês derrubaram minha nave, vocês não se deram ao trabalho de procurar nos destroços por causa da única fraqueza da sua raça. Fogo”. E assim, o Batman derrota a equipe toda com fósforo e gasolina.

Um dos eventos mais icônicos dos quadrinhos de todos os tempos: o crossover entre Liga da Justiça e os Vingadores, em 2003.

Não é a melhor das histórias, mas vale a pena só por ver a batalha entre o Batman e o Capitão América.

Brutal, bem coreografada e simplesmente sensacional só por trazer os dois maiores estrategistas de cada editora para um embate mano-a-mano.

Top 3 difícil agora. Começando com “Reino do Amanhã”, de 1996, temos Bruce Wayne, que nesse futuro maluco, é “apenas” O Batman, em sua forma mais amedrontadora. Por que? Beleza, vamos lá.

Essa é a prova mais esmagadora da força de vontade do personagem, quando, mesmo ficando mais e mais velho, ele continua levando seu corpo ao limite, agora com toda um esqueleto metálico lhe envolvendo, quando nem mesmo a própria ORDEM NATURAL das coisas pode parar o Batman.

Mais ainda: preciso citar o momento quando ele se infiltra no QG do Lex Luthor e derruba o Shazam/ Capitão Marvel/ Billy Batson com um belíssimo soco na cara. “Reino do Amanhã” tem vários momentos icônicos, vão ler logo.

Citei lá atrás, mas essa é a hora de falar de "Batman: Ano Um", de Frank Miller. O hype em cima dessa história vale? Vale. É a história definitiva de origem do Batman. É obscura, envolvente e é humana. É ver o Batman errar MUITO antes de se tornar o ícone que guiou gerações por quase 50 anos antes dessa trama.

A melhor parte desse quadrinho vem antes da capa do Batman, na primeira aventura do Bruce nas ruas de Gotham. Ver o herói se virando como pode é a coisa mais incrível, quando, em todas as histórias, ele se constrói como essa parede impenetrável, imponente.

Vocês viram essa chegando, não? "O Cavaleiro das Trevas" é a obra mais conceituada do Batman, independente de adaptações posteriores. Inegavelmente icônica. Vou apenas deixar a fala, mas vocês já devem saber de que parte do quadrinho ela vem.

“Eu quero que você se lembre, Clark. Em todos os anos que estão por vir. Nos seus momentos mais íntimos. Eu quero que você se lembre da minha mão na sua garganta. Eu quero que você se lembre do único homem que te derrotou”.

E aí, qual o seu momento favorito do Batman, em todos esses anos? Não esqueça de comentar!