Cabeça de Teia motorizado? Vários heróis possuem seus próprios veículos – alguns icônicos, como o batmóvel ou o avião invisível. Por que o Aranha não poderia ganhar um transporte além de teias, não é mesmo?

Em Amazing Spider-Man #130, de 1974, os fãs foram apresentados ao Spider-Buggy. Pois é. A Corona Motors estava procurando uma forma de promover seu novo motor ecológico, então, com a ajuda de Johnny Storm, o Tocha-Humana, temos a criação do Spider-Buggy, ou Aranha-Móvel.

E as aventuras do Peter motorizado não se limitam a essa época. Mais recentemente, o herói ganhou veículos tanto em sua animação, Ultimate Spider-Man, quanto nos quadrinhos, quando Peter se tornou dono da Parker Industries – que vai ser explicado mais para frente – e ressuscitou o Aranha-Móvel.

Peculiar e bizarro é o mínimo que se espera de uma história criada pelo fantástico Neil Gaiman. Em um projeto para a Marvel, o criador de Sandman desenvolveu o “Marvel 1602”, uma história onde vários heróis da editora foram levados para a Europa elisabetana.

Em uma tomada mais que única, temos, entre outros, Peter surgindo com uma história bem familiar, usando uma máscara e se chamando de “o Aranha”, falando tanto quanto seu eu das eras atuais. Porém, ver o herói em trajes do século XVII, escalando pela Europa, deixou muita gente com um pé atrás. Estranho, sim. Mas de uma forma boa aqui.

Nos últimos anos, tivemos uma história bizarra do Aranha para a nova geração. Percebendo que estava morrendo, o Doutor Octopus cria um plano para transferir sua consciência para o corpo do Peter e jogar a do rapaz em seu corpo moribundo.

E isso dá certo. Peter “morre” como Octopus e o vilão assume o manto do herói como Homem-Aranha Superior, criando a Parker Industries, ficando muito rico, usando tecnologia de ponta e uma moral questionável.

Lembram da vez que o Aranha fez um acordo com o Diabo? Em 2007, desesperado para salvar a Tia May, que havia levado um tiro e estava à beira da morte, Peter é abordado pelo Mephisto, a encarnação do mal da Marvel, lhe oferecendo um trato. O acordo evitaria a fatalidade da tia do herói se, em troca, ele desistisse do amor de sua vida, Mary Jane.

Nessa época, os dois já estavam casados e o Peter tinha revelado sua identidade para o mundo em Guerra Civil. Depois de discutir a ideia com a própria Mary Jane, os dois resolvem aceitar o acordo, com Peter adicionando que o Mephisto deveria mudar ainda mais o passado, impedindo a revelação de sua identidade e a moça faz seu próprio pedido secreto para o diabo.

Essa foi a saída que os roteiristas encontraram, por não estarem conseguindo escrever boas histórias com um Peter casado, feliz e sem identidade secreta.

A Saga dos Clones do Aranha é uma das histórias mais infames de toda a Marvel. Tanto que muitos dão bastante crédito à trama pela falência da editora nos anos 90 – não que tenha sido inteiramente culpa do Aranha, mas contribuiu muito.

O nome diz muito sobre a história. Aqui temos o Chacal, um vilão fissurado no Aranha, criando vários e vários clones do herói, fazendo Peter se perguntar se, na verdade, ele realmente era o verdadeiro Homem-Aranha. Essa não é a primeira interação do herói com clones, quando, nos anos 70, uma saga com duplicatas foi muito bem escrita.

A história perdeu o controle, clones bizarros foram criados e foi tudo um gigantesco excesso, assim como a própria década de 90. Daqui saíram os personagens Ben Riley - o Aranha-Escarlate - o Kaine e o Spidercide.

Atualmente, o Aranha está lutando contra clones novamente em The Clones Conspiracy. Cuidado, Marvel. Muito cuidado.

Qual é a melhor forma de controlar a mente de um super-herói? Através de uma pasta de dente alucinógena, obviamente. Esse é o plano do Duende Verde em The Revenge of Green Goblin, de 2002. Norman Osborn decide que seu grande plano para destruir o Aranha deveria ser diferente. Na verdade, ele faria o herói se tornar o herdeiro de seu legado vilanesco, controlando sua mente e o transformando no próximo Duende Verde.

Para isso, ele precisava mexer com a cabeça do Peter e, com vários roteiristas talentosos envolvidos, uma história que poderia ser ótima ganhou soluções bizarríssimas. Pasta de dente alucinógena e cds com mensagens subliminares eram os primeiros passos do vilão para controlar a mente do Peter. Sério mesmo. Com três times de roteiristas trabalhando na história, ESSA foi a solução encontrada.

O Aranha é bem conhecido por ter problemas com uniformes, certo? Principalmente se eles são vivos. Quando Peter está tendo conflitos com o simbionte, ele vai até o Senhor Fantástico para pedir ajuda. Richards remove o alien, mas o Cabeça de Teia fica sem seu uniforme por um tempo. E assim nasce um dos trajes mais estranhos do Aranha de todos os tempos.

Para combater o crime nessa época, ele usa o infame “Bombastic Bag-Man suit". E o que é isso? Um traje feito de um uniforme modificado do Quarteto Fantástico (com uma placa de “chute-me” pregada nas costas) e uma máscara feita com um saco de papel. Tudo isso em 1998. Até os heróis passam por crises.

Ver o Amigão da Vizinhança devorando tripas é uma experiência estranha, não importa a intenção. Em 2005, tivemos Robert Kirkman levando suas ideias de mortos-vivos para a Marvel e, claro, o Aranha estava envolvido.

Em Marvel Zombies, vários heróis são transformados em zumbis brutais – tudo em um universo alternativo. Mesmo que seja um quadrinho aclamado e bem querido, como dito, o Aranha faminto e enlouquecido por carne humana é algo peculiar, para dizer o mínimo.

Sempre vemos o Homem-Aranha como mais homem que aranha, mas, em certo momento, a história foi invertida. Em 1971, temos a Saga dos Seis Braços, começando em Amazing Spider-Man #100. Aqui, Peter está cansado de ser herói. Toda sua vida está de cabeça para baixo, então ele decide que o Homem-Aranha precisa morrer.

Assim, temos um experimento científico radical e duvidoso, com Parker tentando eliminar seus poderes. Depois de acordar, ele descobre que não eliminou as habilidades, mas as ampliou e ganhou alguns braços reservas. Em uma trama bem diferente do usual, ele continua lutando contra o crime nesse estado até que o Dr. Connors encontra uma cura.

Mas nenhuma das anteriores supera o momento mais estranho e perturbador das histórias do Aranha. Em Spider-Man Reign, temos o Homem-Aranha no futuro, aposentado, voltando a usar seu uniforme mais uma vez para lutar contra o Sexteto Sinistro. Nessa história, a Mary Jane está morrendo de câncer e o motivo, bom, se você não sabe ainda, respire fundo e entre nessa jornada.

Aqui, Peter revela que a aranha radioativa não lhe deixou apenas com sangue radioativo, mas outro fluido corporal também estava contaminado. Sim, Peter Parker tem esperma radioativo E letal.

Enfim descobrimos que ele é o responsável pela doença de sua amada, com uma descrição detalhada demais para o gosto de qualquer leitor. Se DST's dão um frio na barriga, imaginem esperma radioativo, meus caros.