Começamos a lista falando de um dos queridinhos do público, que apesar de ter tido pouco tempo de tela e destaque aqui, ainda serviu a um propósito bem importante. Claro que estamos citando o Capitão América, líder da facção clandestina dos Vingadores, e um dos primeiros a atender o chamado para salvar o Visão da Ordem Negra.

Steve Rogers faz pouco em Guerra Infinita, o que nos leva a crer que seu personagem será um pouco mais explorado em Vingadores 4, mas ainda assim, suas cenas são dignas de aplauso. Destaque para sua primeira aparição, nas ruas da Escócia, quando ele sai das sombras e imediatamente arranca gritos do público.

De certa forma, boa parte da história de Vingadores: Guerra Infinita gira em torno do Visão, e isso tudo porque ele carrega, involuntariamente, a Joia da Mente em sua testa, o que o torna um alvo muito importante para Thanos. E embora não faça muita coisa nesse filme, o sintozoide merece aplausos.

O Visão tem algumas cenas de ação legais, indiscutivelmente. Contudo, o foco principal do personagem está na sua evolução moral e emocional, bem como sua relação com a Feiticeira Escarlate. A cena onde ele implora para que ela o mate é de partir o coração, e mostra como o herói sempre foi o Vingador mais racional e inteligente.

Após o estrondoso sucesso de seu filme solo, o Rei T'Challa está de volta para mostrar como é um estrategista formidável. Ele não apenas acolhe os Vingadores e o Visão em sua nação, como também prepara o campo de batalha para defender a Joia da Mente, liderando todo o exército de Wakanda e até mesmo os Heróis Mais Poderosos da Terra.

O Pantera Negra impõe respeito, e o filme mostra isso muito bem, principalmente nas sequências de ação e nos combates protagonizados pelo herói. Podemos vê-lo como um líder a altura do próprio Capitão América, e sua morte certamente será sentida por todo o seu povo... até que ele possa (ou não) retornar no próximo filme da equipe.

Após dois filmes se contendo e retendo todo seu poder destrutivo, Wanda Maximoff finalmente mostra a que veio em Guerra Infinita, quando precisa defender seu amado Visão do ataque da Ordem Negra e do próprio Thanos. Aqui, ela não apenas é uma Vingadora formidável, como também carrega em si o poder necessário para destruir até mesmo as Joias do Infinito.

Ela passa por todo um dilema pessoal durante o terceiro ato, já que precisa decidir se irá ou não matar seu parceiro. O resultado é uma sequência impressionante, onde ela consegue fazer a tarefa devastadora ao mesmo tempo em que segura a investida do Titã Louco... uma pena que ele estava armado já da Joia do Tempo.

Poucas mortes no filme foram mais dolorosas do que a de Peter Parker, e tudo isso se deve à construção do personagem até aqui. Apresentado em Guerra Civil, o herói teve sua chance de brilhar em seu filme solo, e agora se juntou à linha de frente para combater Thanos, enquanto ostenta a maravilhosa armadura do Aranha de Ferro.

Peter é essencial no desenvolvimento da trama, tendo sido responsável, por exemplo, pela derrota de Fauce de Ébano, enquanto também teve um papel crucial no conflito brutal em Titã. Ao fim, sua queda certamente servirá para motivar o Homem de Ferro a dar o seu melhor, mas também deixará um rombo no coração dos fãs por pelo menos um ano.

O membro original da Iniciativa dos Vingadores, o Homem de Ferro está repaginado aqui, com um traje diferente de tudo que já vimos para o herói, capaz de criar extensões e novas armas manipuladas apenas com o pensamento do usuário. E, no filme, já percebemos que ele será uma das peças fundamentais para derrotar Thanos em Vingadores 4.

Aqui, ele mostra seu papel como visionário e futurista, ainda que isso o faça bater de frente, mais de uma vez, com o Doutor Estranho. Ele está aprendendo cada vez mais sobre o Titã Louco e seus planos, e terá um papel imediato para retornar à Terra e se juntar aos integrantes originais dos Vingadores para o confronto final.

Enquanto o Homem de Ferro não tem uma noção da grandiosidade dos eventos que o circundam, o Doutor Estranho se diferencia justamente pelo seu senso de responsabilidade. Ele sabe de tudo que está acontecendo e tem um conhecimento fatídico do futuro - motivo pelo qual ele faz a barganha de oferecer a Joia do Tempo em troca da vida de Tony Stark.

Porém, isso não torna suas cenas de combate menos animadoras e poderosas. É seguro dizer que a luta onde ele cria várias réplicas suas e parte para o Titã é justamente a melhor batalha do filme. E sua dinâmica com outros personagens, seja com o próprio Vingador Dourado, com o Homem-Aranha e com Wong é realmente fiel ao que o personagem representa nas HQs.

Os fãs rezaram para Odin e suas preces finalmente foram atendidas. Desde o ano passado, a Marvel Studios percebeu que a jornada do Thor estava ficando entediante e sem graça. Com isso, veio Ragnarok, que mudou a percepção sobre o Deus do Trovão. E agora, com Guerra Infinita, temos a coroação definitiva de Odinson.

Ele não é apenas o personagem que une quase todos os frontes de batalha aqui, como também é um dos heróis mais poderosos da história, ainda mais agora que está munido de seu novo martelo, o Rompe-Tormentas. Poder e dignidade se misturam, e Chris Hemsworth consegue dar uma grande dimensão emocional ao herói, principalmente no comovente diálogo com Rocky Racum sobre as perdas de sua vida.

Particularmente falando, eu nunca gostei muito do desenvolvimento dado à Gamora nos filmes dos Guardiões da Galáxia. Sempre achei que o fato dela ter sido filha de Thanos nunca a influenciou muito, salvo raros momentos ao lado de Nebulosa. E fico feliz em admitir que eu estava errado.

Do lado dos heróis, a personagem tem o arco dramático mais devastador do filme, já que temos um vislumbre de sua origem em meio à invasão do Titã Louco, seu "pai", em seu planeta natal. Além disso, ela é a moeda de troca do vilão pela Joia da Alma, e a sequência é tão impactante que até o público sentiu sua própria alma indo embora.

Em primeiríssimo lugar, temos uma escola indiscutível. Não há melhor personagem de Vingadores: Guerra Infinita que seu próprio protagonista, o Titã Louco Thanos. Mas sua alcunha aqui não passa de um apelido, já que que de louco ele não tem nada. Conhecemos um vilão carregado de emoção e de uma forte motivação que realmente o coloca como herói de sua própria história.

Em sua jornada pessoal pelas seis Joias do Infinito, ele prova como realmente deseja causar um genocídio para manter o equilíbrio e, assim, salvar o universo. Como se isso não bastasse, ele ainda compartilha uma cena devastadora junto com Gamora, onde podemos ver que ele está longe de ser apenas mais um antagonista megalomaníaco e insano.