Abrimos a lista com Kylo Ren, personagem que Adam Driver interpretou na nova trilogia de filmes de Star Wars, començando pelo elogiado O Despertar da Força.

Ao longo de toda a saga, acompanhamos a ascensão e a redenção de Kylo Ren.

O vilão começou como uma forte ameaça para a Resistência, mas posteriormente se provou um homem em conflito consigo mesmo, seja pela sua herança ou pela influência do Lado Sombrio. Aqui, Adam Driver pode expressar toda sua emoção em uma franquia popular.

Logo no início de sua carreira, Adam Driver conquistou o coração do público com uma performance adorável dirigida pelos aclamados Irmãos Coen - e com sorte, essa não será a última colaboração entre o ator e os diretores.

Em Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum, o ator vive Al Cody, um amigo de Llewyn Davis, durante uma semana na vida do cantor folk. É um papel simples e belo, que também mostra a primeira vez em que Driver contracenou com Oscar Isaac.

Uma das interpretações mais simples e tocantes da carreira de Adam Driver, Paterson marca sua primeira colaboração com Jim Jamursch, um diretor muito cultuado no meio indie. Aqui, o ator vive Paterson, que coincidentemente vive em Paterson, em Nova Jersey.

No filme, Driver traz uma atuação contida e introspectiva, interpretando o motorista de ônibus que precisa tomar conta de sua própria família enquanto vive seus delírios poéticos. É um filme centrado que se sustenta inteiramente no talento de Adam Driver.

Porém, a colaboração de Adam Driver com Jamursch não parou por aí. Em 2019, o astro estrelou na comédia Os Mortos Não Morrem, que satiriza os filmes de zumbis e traz elementos claramente inspirados nas obras de George Romero.

Apesar do filme não ter conquistado a simpatia dos críticos, o papel de Adam Driver é excepcional. Aqui, ele vive um policial que precisa lidar com o apocalipse dos mortos-vivos, em meio a várias piadas auto-referenciais da carreira do ator e cenas hilárias de violência.

Steven Soderbergh se tornou uma espécie de "referência" quando se fala em filmes de assalto, especialmente após a franquia iniciada por Onze Homens e um Segredo. Com Logan Lucky: Roubo em Família, o cineasta retornou à forma com um longa aclamado - e trazendo Adam Driver junto.

No filme, Driver interpreta Clyde Logan, o dono de um bar que acaba se metendo nos planos de um assalto. Aqui, o astro pôde fornecer mais cenas cômicas, criando um personagem baseado nos estereótipos dos sulistas dos Estados Unidos.

Por mais que Girls tenha - mais de uma vez - causado controvérsias durante suas seis temporadas na HBO, por retratar mulheres vivendo sua sexualidade à flor da pele, a série foi um marco na televisão e na carreira de Adam Driver.

Na série, o astro interpretava o principal interesse amoroso de Hannah Helene Horvath, e apesar do teor cômico da série, Driver sempre entregou um papel mais "sério" e "dramático", com muitos momentos emocionantes que lhe renderam três indicações no Emmy.

Entre os grandes diretores com quem Adam Driver pôde trabalhar ao longo dos anos, um dos mais populares certamente é Martin Scorsese. Em 2016, o astro co-estrelou o filme Silêncio, uma retratação história sobre a crise de fé e a busca por humanidade.

No longa, Driver vive o Padre Francesco Garupe, um homem simples que fazia parte da Ordem Jesuíta no século XVII. Para se preparar para o papel, o astro se entregou de corpo e alma, perdendo cerca de vinte quilos e estudando ao lado de monges jesuítas.

Em seu primeiro trabalho ao lado de Noah Baumbach, Adam Driver provou todo seu apelo cômico - porém, em um papel muito mais humanizado. Frances Ha segue a vida de uma jovem sonhadora que descobre a realidade de Nova York.

Aqui, Adam Driver vive Lev Shapiro, um personagem que divide o apartamento com a protagonista (vivida por Greta Gerwig) por um breve período. Apesar de aparecer pouco, o astro está ótimo no papel de um fotógrafo cínico e mulherengo.

Um dos melhores papeis da carreira de Adam Driver aconteceu em Infiltrado na Klan, de 2018, que chegou a lhe render uma indicação na categoria de Melhor Ator Coadjuvante do Oscar, em um papel mais humorado e que destoa dos trabalhos do astro.

Aqui, ele se destacou como Flip Zimmerman, um policial que se une ao corajoso Ron Stallworth para realizar uma infiltração completa na Ku Klux Klan. O filme dirigido por Spike Lee foi um sucesso de crítica, e rendeu elogios para a interpretação de Driver.

No entanto, talvez o melhor papel da carreira de Adam Driver tenha se dado em 2019, no excelente História de um Casamento - também dirigido por Noah Baumbach. Na trama, ele vive o diretor de teatro Charlie Barber, que passa pelo processo de divórcio.

Aqui, Adam Driver consegue mesclar o melhor de seus talentos para o drama e para a comédia, criando um personagem visceralmente humano. Além disso, o que eleva o filme à décima potência é a química e a relação entre o astro e Scarlett Johansson em tela.