O capítulo já começou de forma épica. Sem delongas, Porto Real está cercada para o encontro entre os três fronts de Westeros: Jon Snow, Daenerys Targaryen e Cersei Lannister.

Vemos uma tomada detalhada, a primeiro momento, dos exércitos da Khaleesi, com Imaculados e os Dothrakis chegando para botar banca. Dentro da cidade, a armada Lannister se prepara para proteger seus muros, caso seja necessário, sob o olhar de desespero do Jaime e do Bronn.

Por fim, para nivelar as coisas, chegando pelo mar, o time da Rainha dos Dragões vem em seus navios restantes e dá de cara com a frota gigantesca do Euron Greyjoy, aliado da Cersei, os fazendo entender o perigo de onde estão se enfiando.

Uma única fagulha errada pode fazer Porto Real entrar em combustão com praticamente TODO o elenco dentro. Foda, não?

Depois de tanto tempo, vemos uma reunião muito bacana que nem esperávamos que seria tão boa. Bronn, Tyrion e Podrick protagonizam um encontro bem bacana antes da reunião em si, quando cada um deles estava em um canto distinto de Westeros nas últimas temporadas.

O único que continuou com o mesmo espírito alto astral foi o Podrick; Bronn e Tyrion estão de lados opostos agora e, mesmo que a amizade ainda exista, o diálogo serve para lembrar o lugar de cada um no momento. Sensacional.

Outro personagem que teve encontros MUITO bacanas foi o Sandor. Primeiro com a Brienne, que ele citou no episódio passado. De cara, assustado, depois passaram para um papo mais camarada, os dois pareciam intrigados de se ver ainda vivos. A melhor parte fica para a conversa sobre a Arya, que a Brienne garante que não precisa mais de proteção e deixa o Cão feliz.

Logo mais, ele tem uma interação com o Tyrion, quando lembra que deixou Porto Real para não morrer naquele lugar e, agora, sentia que podia morrer ali pelas mãos de Lannisters novamente. Por fim, para deixar bem claro que ainda teremos um Clegane Bowl, ele encara seu irmão morto-vivo de frente, avisando o que resta da consciência de Gregor que ele sabe o que virá para ele em breve.

O foco principal do capítulo foi a reunião entre os três reis e a sequência não poderia ser mais épica. A tensão era palpável entre essas pessoas que, algumas já contracenaram entre si há muito tempo e, outras, nunca estiveram no mesmo set ao mesmo tempo.

Os destaques, aqui, vão para a chegada da Daenerys no Drogon, que não impressiona a Cersei e quando elas trocam o primeiro olhar mortal. Também quando a Leoa está colocando suas condições para o acordo e diz pedir apenas para o Rei do Norte não intervir. E a Khaleesi indaga “Só ele?”, recebendo como resposta, “Sim, só ele. Eu nunca pediria ou esperaria isso de você. Se você me prometesse isso, eu confiaria menos em você do que eu já confio agora”.

Sem contar na menção ao Ned, quando a Rainha coloca que só faria um pedido desses para o filho do Ned Stark, porque só confiaria na palavra de um descendente dele.

Todo o arco de Winterfell nessa temporada pode não fazer tanto sentido assim, mas o julgamento final, colocando o Mindinho para pagar por seus crimes de todas as sete temporadas, foi bem épico.

Essa é a vez que vemos os três lobos de Winterfell se alinharem como nunca atrás de uma caça. Sansa é a líder impiedosa da alcateia, enquanto Arya é a executora e o Bran serve como um guia. Em todas essas temporadas, a Lady de Winterfell nunca brilhou tanto. Essa foi a hora em que ela mostrou seu completo crescimento, que os fãs vinham pedindo há tanto tempo.

Vale uma nota também para o Lorde Baelish pego de surpresa. No fim das contas, como notamos lá naquela conversa com o Bran, ele encontrou alguém que realmente conseguia enxergar o jogo todo.

Para finalizar Winterfell, outra cena bacana foi a reunião das irmãs Stark, reconhecendo suas habilidades, olhando para as terras do Norte enquanto lembravam do Ned.

A própria Arya finalmente assume que provavelmente não sobreviveria ao que a Sansa passou, o que é verdade. E a Sansa já havia reconhecido as habilidades da menina quando deixou o Mindinho aos seus cuidados.

Esse é o selo máximo de confiança entre as duas. Por mais que tenham experiências diferentes e venham de mundos distintos, talvez elas possam se complementar para criar uma visão ampla das coisas.

Para esse autor que vos fala, a melhor cena do episódio foi nada menos que o diálogo entre a Cersei e o Tyrion no intervalo da reunião entre os reis. Foi o momento mais intenso do episódio, quando esses dois irmãos, que se odeiam por tanto tempo e, nos últimos anos, nutriram um ódio ainda maior um pelo outro, colocam tudo para fora, em uma tentativa de encontrar um meio termo.

No fim, ao que tudo indica, o meio termo que surge é a família. Do momento em que a Cersei se recusa a matar o Tyrion, até o gesto simbólico dele colocar uma taça de vinho para ela e ela confessar sua gravidez, tudo gira em torno de proteger o que restou dos Lannister. A conclusão real disso, só na próxima temporada.

Não foi só essa reunião Lannister que foi sensacional. Jaime e Cersei acertaram suas contas no final do episódio, com a Leoa revelando sua artimanha para derrubar seus inimigos, coisa planejada pelas costas do amado.

Deixar os exércitos da Rainha dos Dragões e do Rei do Norte morrerem para os monstros enquanto se fortalece em Porto Real para atacar o que restar deles foi a gota d’água para o Jaime, que mesmo com a Cersei grávida, deixou o castelo e partiu para o Norte. Por enquanto, os dois estão terminados.

Pode parecer um pouco boba, mas é a cena mais poética e forte do episódio, também entre as minhas favoritas. Quando o Jaime está partindo para o Norte, ele olha para o céu e nuvens de tempestade estão se formando. Então, os primeiros flocos de neve começam cair.

Isso marca o início do Inverno em Porto Real, avisando que, de uma forma ou de outra, ele chegou para todos, não importa o quão ao Sul você esteja.

Claro, não podíamos finalizar a lista sem falar da queda da Muralha para o Rei da Noite e o Viserion zumbi. Inclusive, fica a dúvida: o Viserion não pareceu mais rápido e forte pra vocês agora que voltou dos mortos? O que um pouco de atenção não faz com o dragão, não é verdade?

A queda da Muralha é aquilo que todos estavam aguardando, o sinal de que a Guerra começou e não tem mais para onde fugir. O Inverno chegou, a Longa Noite se aproxima e ela é escura e cheia de perigos.

Esquecemos alguma cena? não esqueça de comentar!