Podemos dizer que a Jessica não foi nada sutil com seus inimigos nessa série. Ela jogou todos os membros do Tentáculo pra longe pelo menos uma vez. Mas a mais marcante e épica, que merece nosso top 10, foi o ataque surpresa da moça à Elektra.

Elas já tinham se encontrado mais cedo e a Jessica estava devendo uma para a Elektra. Assim, no final de "Royal Dragon", quando a vilã já está fazendo pose para começar lutar contra os quatro ali presentes, a Jess invade o restaurante com um carro, atropela a Elektra e joga ela longe, saindo tranquilinha e se juntando à equipe com um sorriso de “estamos quites”.

Um dos méritos de Defensores é que a série terminou muito bem. Diferente do que poderíamos imaginar, ela finaliza a história encaminhando todos os personagens para seus próximos passos em suas devidas séries perfeitamente, ainda que se restringindo um pouquinho.

Então vale citar a Jessica reabrindo a Alias; o Luke livre no Harlem; o Danny reconhecendo NYC como sua casa e assumindo o papel de protetor das ruas enquanto o Demolidor está longe; e, por fim, o Matt, com o final mais interessante: acordando em uma cama de convento, sendo cuidado por freiras, dando espaço para uma história BEM interessante em seu terceiro ano na Netflix.

Por mais que a Elektra não seja a melhor coisa de Defensores, temos que dar o mérito para a sequência de treinamento que a Alexandra proporcionou para ela. A Alexandra, em si, vale esse espaço aqui, uma personagem incrível que foi mal utilizada no final.

A parte mais bacana, por fim, é quando a Líder do Tentáculo resolve controlar a Elektra com suas próprias mãos e vemos a Sigourney Weaver “lutando”. Aquilo, meus caros, foi épico.

Só não foi mais épico que a cara dos outros Defensores ao conhecer o verdadeiro Diabo de Hell’s Kitchen. Até o Matt surgir com o uniforme e mostrar do que realmente era capaz, ele estava sendo bem subestimado. Depois da cena de interrogatório com o Sowande, no episódio 5, a dinâmica mudou completamente.

Aquele é o Demolidor que conhecemos da série solo - principalmente da primeira temporada. Brutal, impiedoso, violento, que deixou até o Luke e a Jessica assustados. Essa cena foi incrível tanto por vermos o Matt de volta à forma, como pela reafirmação de que, se os Defensores têm um líder, ele é e sempre foi o Demolidor.

Agora precisamos falar daquela cena genial no episódio 6, quando os três Defensores se reúnem contra o Danny. A tensão criada nesse diálogo chega a ser cômica, porque parece uma resposta da Netflix à rejeição que Punho de Ferro sofreu da crítica: o Danny sendo metralhado pelos outros protagonistas.

Melhor ainda: o rapaz já estava se redimindo junto do Luke por aqui, mas se você queria se sentir vingado depois de assistir aqueles 13 episódios frustrantes, bom, o Demolidor fez o serviço para você. Não teve Imortal Punho de Ferro que desse conta da fúria do Homem Sem Medo.

Outro acerto de Defensores é que a série apresentou outras possibilidades de times para o futuro. Um deles é o grupo formado pela Misty Knight, Colleen Wing e, pelo visto, a Claire Temple, como Filhas do Dragão!

No capítulo final, nós vemos o que pode ser o início desse trio. Ninguém estava dando muita bola pra trama da Colleen com o Bakuto até que… a Misty chega e perde o braço na batalha. Esse momento foi épico, porque marca o nascimento da personagem que conhecemos nos quadrinhos - parceira da Misty, com braço mecânico fodão.

Falando sobre equipes, pra quem duvidou que Luke Cage e Punho de Ferro funcionariam juntos… bom, já queremos uma série em dupla dos dois pra ontem.

Em vários momentos, a produção sugere que os dois trabalharão juntos no futuro, principalmente pela parte do Danny. É super divertida a química entre os heróis e cara, sério, se fizerem direito, essa pode ser uma das melhores apostas da Netflix.

O Danny sozinho pode não ter funcionado tão bem, mas junto do Luke, os dois formaram uma equipe 10/10.

Falando em duplas, os dois primeiros heróis da Netflix também criaram uma relação muito legal. Desde o momento que o Matt entra para defender a Jessica com advogado, até a perseguição mútua, hilária, que os dois criam nas ruas de NYC, o Demolidor e a investigadora funcionaram tão bem juntos quanto Danny e Luke.

Melhor ainda: não houve um clima romântico nem nada do tipo. Foi parceria. Os dois trocaram farpas, se entenderam e, se tivessem passado um pouquinho mais de tempo juntos, talvez tivessem se tornado o mais próximo de amigos que essas pessoas problemáticas conseguem ter.

Corredores são símbolos das séries produzidas pela Marvel e Netflix, certo? Então, nessa, com os 4 heróis reunidos, a cena tinha que ser mais que épica. E foi.

Começa pelo lugar, a sede final do Tentáculo e vai seguindo pela ordem de chegada dos heróis, como cada um vai interagindo entre si. Não, não tem o mesmo impacto da primeira, mas podemos afirmar que foi digna desse quarteto.

O último item, porém, não é um momento, mas um episódio inteiro. O quarto capítulo de Defensores, “Royal Dragon”, deve ser uma das melhores coisas que a Netflix já fez dentro do UCM.

É incrível como, do começo ao fim, cores, trilha, câmeras e as atuações dos heróis estão coordenadas para entregar a identidade de cada série, ao mesmo tempo que vão misturando, pouco a pouco, para formar os Defensores de vez.

Se existem capítulos que definem uma série, esse é o de Defensores.

Mas e vocês, quais foram seus momentos favoritos? Não esqueçam de comentar!