A Mulher-Maravilha tem alguns momentos bem interessantes com o líder de Apokolips que, olhando por um quadro geral, é o maior vilão da DC Comics nos quadrinhos (e, se tudo der certo, nos cinemas). Um deles, para mostrar o quão poderosa a heroína é, está em Justice League: Origin, nos Novos 52, com a nova versão de Diana cegando o vilão.

Durante a invasão, a Liga percebe que é necessário extinguir os Raios Ômega de Darkseid, que estão causando muitos problemas e Diana decide que, para isso, é necessário cegar o vilão. Ela, com a ajuda do Aquaman, chega até o tirano e enterra sua espada diretamente no olho de Uxas. Isso não é para qualquer um.

Colocar “The Circle” aqui é quase injusto, quando a história é toda baseada na Mulher-Maravilha sendo simplesmente incrível. Ela luta contra soldados gorilas e faz uma aliança com eles, derrota o Capitão Nazi e todo o exército que estava atacando Themyscira e, para fechar, ainda luta e derrota o grupo de Amazonas que a queriam morta desde seu nascimento, salvando a Rainha Hippolyta.

A história ainda mostra muito da compaixão da heroína, quando ela cria empatia pela história do líder nazista e poupa a comandante do Círculo que queria sua cabeça desde pequena.

E em uma das sagas mais clássicas do Superman, quando ele é “presenteado” com a Clemência Negra pelo Mongul, a Mulher-Maravilha, junto do Batman e Jason Todd, tem que lutar contra o vilão para libertar o Homem de Aço.

Considerando o nível de poder do Mongul perto dos heróis presentes, a coisa poderia ser um massacre, mas a coisa vai por outro caminho. Por que? Diana Prince não desiste nunca, certo? Ela luta contra o vilão mesmo em desvantagem e ainda salva o Superman, quando ele já está acordado ajudando os heróis. E, por fim, Diana põe um fim à batalha usando uma arma, coisa que poucas vezes vemos nos quadrinhos.

Na Crise Infinita, temos vários momentos da Mulher-Maravilha que poderiam ser citados. No caso, vamos para apenas dois: Primeiramente, a cena icônica da heroína quebrando o pescoço de Maxwell Lord para libertar o Superman do seu controle. É uma boa lavada na alma também para os fãs do Besouro Azul.

Melhor que essa cena é sua sequência com Diana, depois de sua batalha contra o Superman controlado por Lord, onde ela quebrou o pulso e foi jogada em ferro derretido, levando o OMAC acreditar que estava morta. Ela levanta do lago de ferro e destrói o robô com um sorriso no rosto. Obviamente, os robôs não sabiam com quem estavam lidando.

Voltando a falar sobre o Darkseid, Diana foi uma das únicas personagens no Universo DC que já fizeram o vilão gritar em agonia. Por que? Durante o evento “Our Worlds at War”, Darkseid era necessário para a vitória dos heróis, porém ele estava sem poderes. Para restaurar a força do vilão, a Mulher-Maravilha deu um pedaço de sua alma para Uxas. No fim das contas, Darkseid acaba se gabando de como a sua vitória é completa, enquanto Diana perdeu muitas vidas de Amazonas na batalha e ainda deu um pedaço de sua alma.

Tempos depois, em Apokolips, Darkseid está controlando seu império como sempre até que, inexplicavelmente, ele mostra misericórdia a alguém que, em tempos normais, teria matado em um piscar de olhos (literalmente). É então que ele percebe que a porção da alma que Diana havia lhe dado o mudou, deixando o vilão com um pingo de compaixão. Isso causa tanto ódio em Darkseid que ele grita em completa agonia. Parece que o jogo virou, não é mesmo?

E o caso da Mulher-Maravilha entediada em ser uma deusa, sendo expulsa do Olimpo? Pois é, em Mulher-Maravilha vol.2 #135, depois de morrer e se tornar a deusa da verdade, Diana começa a ficar chateada com a vida divina, quando só pode ajudar aqueles que rezam para eles e, muitas vezes, os pedidos não podem ser atendidos.

Tudo isso acaba quando a Liga da Justiça fica presa no Inferno, então, mesmo com a proibição de Zeus, ela ajuda seus amigos. Diana é expulsa do Olimpo e é condenada a uma vida “mortal” novamente. Mortal no nível Mulher-Maravilha de ser.

E mesmo que possua um respeito gigantesco por seus deuses e os presentes que eles fornecem, Diana carrega princípios muito mais fortes. É por isso que ela não pensa duas vezes em jogar fora seu Laço da Verdade, um presente dado pelos deuses, para salvar sua irmã, Donna, quando ele a estava machucando. Esse episódio está em Mulher-Maravilha vol.3 #37.

E na história JLA: A League of One, para salvar seus amigos da Liga e o mundo, Diana tem que ir contra seus próprios princípios. Depois de receber uma profecia dizendo que um dragão iria destruir a Liga, Diana entra na missão de separar o grupo, um por um, para somente ela ser a Liga e, assim, a única vítima do dragão no final.

Para fazer isso, Diana faz algo que NUNCA faz: mentir. Ela mente, mesmo sendo horrível nisso, para salvar seus amigos e, enfim, ela consegue lutar contra o dragão sozinha. E o fogo do dragão, na verdade, queima a vítima de dentro para fora, mirando nas mentiras da pessoa. Assim, Diana percebe que realmente salvou seus amigos, pois até mesmo o Superman, em todo seu pedestal, tem sua gama de mentiras. Ela cumpre a profecia, derrota o dragão e morre, até o Homem de Aço a ressuscitar.

Um dos momentos mais agoniantes de Diana é quando ela tem que lutar contra a Medusa e, ainda, levar as consequências da batalha por muito tempo. A Medusa transforma uma criança em pedra na embaixada de Themyscira e, então, tudo começa em um grande plano de Athena para tomar o trono de Zeus. No meio disso, Diana é levada a lutar contra o monstro em uma batalha televisionada para o mundo inteiro, cortesia da Circe.

Diana não é idiota e vai preparada, com um capacete que cobre seus olhos e uma venda por baixo. Porém, a Medusa consegue remover as duas proteções e ainda derruba Diana. No momento em que iria ser transformada em pedra, Diana pega uma das serpentes que caíram do corpo do monstro e cega a si mesma com seu veneno. E a Amazona corta a cabeça da Medusa fora, mesmo cega.

Diana continua cega por algum tempo, com Athena colocando-a em provação e realizando vários trabalhos para ela. A cada trabalhado, é recompensada com um pedido, mas nunca pede seus olhos de volta. Seu pedido é sempre o mesmo: remover a maldição da Medusa da criança, reforçando todos os ideais que a Amazona carrega.

No fim, depois de muita história, Athena atende o pedido e, ainda sem Diana pedir novamente, devolve a visão da heroína com um bônus, linkando os olhos de Diana aos seus próprios, concedendo a ela a visão de uma deusa.

E, claro, mesmo não sendo quadrinhos, não podemos esquecer de citar Gal Gadot, a primeira Mulher-Maravilha dos cinemas, sua gloriosa participação em Batman vs Superman e o trailer incrível de seu filme solo.

Considerada a melhor parte do filme, os relatos são de palmas e gritos em todas as aparições da Amazona em tela. Gadot fez um trabalho incrível e é maravilhoso vermos a heroína icônica sendo retratada dessa forma nas novas produções. Claro que os ânimos estão baixos depois de Esquadrão Suicida, mas Mulher-Maravilha chega ano que vem e, bom, tenhamos esperança. In Diana Prince we trust.

Esse não é um momento dela, mas é algo para mostrar o quão poderosa Diana é. Todos sabemos que o Batman tem planos de contingência para todos os heróis da Liga, como suas Kriptonitas de reserva caso o Superman enlouqueça. Em Justice League #20, o Morcego está com algumas dessas caixas em um cofre na Batcaverna. Então, ele mostra para o Superman a caixa da Mulher-Maravilha e, bom, ela está vazia. A razão para isso: Diana, pelo menos a atual, não possui fraquezas específicas.