Os 10 melhores filmes de terror da década
Os 10 melhores filmes de terror da década
Uma década imperdível para os fãs de horror!
Os últimos dez anos foram muito especiais para o cinema. Vimos a ascensão dos filmes de super-heróis, a retomada da Disney, o embate entre os cinemas e o streaming… e nenhum gênero passou por tantas mudanças nesse pequeno espaço de tempo quanto o horror. Nos últimos anos, vimos terror de todos os tipos, para todos os gostos.
Desde fantasmas e sustos a um horror mais “psicológico”, a última década presenteou os fãs do gênero com uma infinidade de ótimos longas-metragens. E por mais difícil que isso seja, aqui resolvemos listar os 10 melhores filmes de horror lançados nesta década!
Créditos: Divulgação
Corrente do Mal (It Follows, 2014)
Nos últimos anos, vimos a ascensão do que é chamado por alguns de "pós-horror". Essa subcategoria, que é questionada por muitos fãs do gênero (eu incluso) supostamente incluiria filmes que lançam várias críticas sociais e que não se baseiam em jump scares ou sustos gratuitos. Um dos filmes que teria iniciado essa tendência é o excelente Corrente do Mal.
O filme é um horror sobrenatural mais puxado para o lado do medo psicológico. Na trama, uma espécie de assombração é passada através do contato sexual. Esse "fantasma" é capaz de mudar de forma e vai persegui-lo até que você esteja morto... ou passe a "doença" para alguém. A trama parece boba, mas o filme definitivamente compensa pela tensão e pelo desconforto.
O Babadook (The Babadook, 2013)
Outro filme que contribuiu muito para o mito do "pós-horror" é o australiano O Babadook, de Jennifer Kent. A trama se desdobra como um conto de fadas sombrio, já que uma mãe viúva e seu filho precisam lidar com um monstro sobrenatural que sai de um livro de histórias para ninar. "Se está em uma palavra ou em um olhar, você não pode se livrar do Babadook".
O interessante é como a história, na verdade, serve como uma metáfora para o luto e para a depressão - e isso é feito de uma forma muito ambígua, o que ainda nos deixa ler o longa-metragem como um horror sobrenatural. Vencedor de diversos prêmios e contando com atuações espetaculares, O Babadook é um dos melhores - e mais impactantes - da década.
O Lamento (Gok-seong, 2016)
Com lançamentos cada vez mais empolgantes, a Coréia do Sul se tornou um dos países que mais investiu em seu cinema nos últimos anos. No lado do horror, a nação asiática nos trouxe centenas de exemplares ótimos, como é o caso de O Lamento, um thriller/terror de 2016, dirigido pelo conceituado cineasta Hong-jin Na.
Ambientado em um pequeno vilarejo coreano, o filme começa sua trama com a chegada de um misterioso homem. Logo após isso, a população local começa a ficar doente, e essa "maldição" tem uma origem sobrenatural. Além de explorar a mitologia e o folclore coreano, o filme também lida com questões como o ódio a estrangeiros e xenofobia, de uma forma sutil.
Hereditário (Hereditary, 2018)
Nos últimos dez anos, vários cineastas tem surgido com propostas inovadoras e cheias de potencial. Um dos diretores que fez sua estreia bombástica nesta década foi Ari Aster, com o misterioso Hereditário. Meio horror, meio drama familiar, o longa é uma descida lenta até o inferno, quando testemunhamos a ruína de uma família marcada pelo luto.
O longa trouxe uma atuação aclamada por parte de Toni Collette, mas sua premissa é o que o destaca. Após a morte da matriarca, uma família começa a viver momentos sombrios, que podem ter raiz em um culto demoníaco. O longa conquistou o público por seu teor de mistério, e Aster já retornou neste ano com o poderoso Midsommar: O Mal Não Espera a Noite.
IT: A Coisa (It, 2017)
Stephen King é um dos mestres do horror contemporâneo, e suas obras já foram traduzidas para as telonas em dezenas de filmes. Em 2017, um certo palhaço amedrontador conquistou o mundo em IT: A Coisa, o primeiro capítulo de duas adaptações do livro homônimo. Embora a segunda parte, lançada neste ano, tenha decepcionado, o primeiro filme ainda é um primor.
A história segue um grupo de amigos na cidade de Derry, no Maine. Eles precisam unir forças para enfrentar Pennywise, uma criatura extra-terrestre que se alimenta do medo e do pavor de crianças. O filme sabe equilibrar muito bem o horror e a comédia, além de ser um grande blockbuster que não perde a essência do que faz o terror um gênero tão único.
O Animal Cordial (2018)
O cinema brasileiro também não decepcionou, e o horror foi um dos gêneros mais trabalhados nesses últimos anos. Um dos exemplos que nos trouxe muito orgulho foi O Animal Cordial, o longa de estreia de Gabriela Amaral Almeida, uma das melhores cineastas dessa nova safra. Diferente dos longas citados anteriormente, esse aqui não possui nada sobrenatural.
A história se passa em um restaurante paulista, cujos funcionários e clientes se tornam reféns em um assalto. Porém, aos poucos as máscaras vão caindo e vemos a natureza humana como ela é - crua e animalesca, livre de amarras. É um filme cheio de tensão e gore, mas que explora esses elementos de uma maneira bem equilibrada.
Invasão Zumbi (Busanhaeng, 2016)
Ainda falando do cinema sul-coreano, não podemos nos esquecer de Invasão Zumbi, um dos filmes "estrangeiros" de horror que mais fez sucesso nos Estados Unidos e no mundo. O longa é dirigido por Yeon Sang-ho, um dos cineastas mais aclamados da Coréia do Sul, e é basicamente uma história de sobrevivência envolvendo zumbis.
O que torna o filme tão espetacular é sua ambientação, já que se passa quase que inteiramente em um trem a caminho de Busan. O filme é excepcional, tanto em sua trama - que vai ficando cada vez mais claustrofóbica e assustadora - e até mesmo em seu visual. É possivelmente um dos melhores filmes de zumbis de todos os tempos.
Invocação do Mal (The Conjuring, 2013)
James Wan solidificou sua carreira nos cinemas através do horror, tendo criado várias franquias icônicas como Jogos Mortais e Sobrenatural. Entretanto, seu sucesso mais recente foi em Invocação do Mal, o filme que abriu as portas para um universo compartilhado, com uma sequência e cinco spin-offs lançados até o momento - e mais por vir.
Ainda assim, o primeiro longa da franquia continua sendo o melhor. A história gira em torno de Ed e Lorraine Warren, um famoso casal de demonologistas (que existiram no mundo real), que precisam investigar uma casa assombrada pelo sobrenatural. O primeiro filme conta com jump scares elaborados e atuações sensacionais, além de uma trama arrepiante.
A Bruxa (The Witch, 2015)
Um dos filmes mais divisivos dos últimos anos é o incompreendido A Bruxa. Aclamado pela crítica, o filme recebeu uma reação mista do público, por não ser um terror necessariamente assustador. A trama gira em torno de uma família isolada em uma floresta, na época colonial dos Estados Unidos. Aos poucos, eles começam a ser assombrados pelo que pode ser uma bruxa.
Apesar de realmente abraçar o sobrenatural, o filme caminha na ambiguidade - além de mostrar como o fanatismo pode destruir até mesmo entidades fortalecidas, como a família. É um longa excepcional e que quebrou barreiras no gênero. Seu diretor, Robert Eggers, já lançou seu segundo filme, O Farol, que só não está na lista pois ainda não estreou no Brasil.
Corra! (Get Out, 2017)
No entanto, poucos filmes conseguiram ser tão relevantes e surpreendentes como Corra!, o longa de estreia de Jordan Peele. O filme tece um horror ácido, pontuado pela comédia e pelo humor - além de ter sido um sucesso de público e de crítica, garantindo seu lugar até mesmo na premiação de cinema mais conceituada, o Academy Awards (ou Oscar).
A história é cheia de críticas sociais muito pertinentes, e explora o racismo de uma forma bem diferente do que estamos acostumados. Na trama, um fotógrafo negro vai conhecer a família de sua namorada branca, e logo se vê no meio de uma conspiração assustadora. Peele inclusive não nos decepcionou e, neste ano, lançou seu novo filme, o aclamado Nós.