Podemos começar a lista com um dos filmes de ação mais divertidos e empolgantes dos últimos anos - e que está prestes a ganhar uma continuação nos cinemas. Círculo de Fogo captura tudo que gostamos em filmes de monstros gigantes, conforme a humanidade precisa criar robôs enormes (os Jaegers) para enfrentar monstros alienígenas (os Kaiju).

O interessante aqui é que, em vez de virem do cosmo sideral, as criaturas surgem das profundezas do oceano, graças a uma abertura inter-dimensional localizada em uma das falhas do Pacífico. A trama sabe muito bem explorara a porradaria entre esses personagens, mas não perde o foco nos humanos que estão por trás de todo o conflito.

Um dos longas mais peculiares do gênero, Eles Vivem é um clássico cult dos anos 80, dirigido por John Carpenter - e você verá o nome dele novamente nesta lista, em breve. Aqui, um homem moribundo descobre que os principais líderes mundiais foram todos substituídos por alienígenas, que passaram a comandar o planeta à sua vontade.

Ao traçar paralelos com essa arriscada empreitada alienígena, a história acaba servindo como uma crítica e metáfora à sociedade conformista e o domínio em massa da mídia. E tudo só vai ficando mais bizarro e amedrontador conforme vemos os intuitos dos "visitantes", e como eles conseguem fazer o povo obedecer sem resistir.

O longa de estreia do cineasta sul-africano Neill Blomkamp, Distrito 9 é o melhor entre todos os seus projetos, por focar em uma questão sociológica ligada à invasão extra-terrestre. O filme aborda perfeitamente a reação da população terrestre a uma invasão alienígena de média-escala, quando os ETs passam a viver em uma comunidade própria e isolada.

A partir daí, seguimos Wikus van de Merwe, um burocrata do sistema de assuntos extra-terrestres, que durante uma inspeção à favela alienígena, acaba sendo infectado pelos fluidos de um invasor. A partir daqui, o longa traça paralelos com Metamorfose de Franz Kafka, conforme o corpo do homem passa a mudar abruptamente, e ele começa a perder seus últimos resquícios de humanidade.

Remake de um clássico da década de 50, Os Invasores de Corpos mergulha ainda mais profundamente no caos causado por uma invasão de alienígenas capazes de duplicar e substituir os seres humanos. Como toda boa ficção científica, o filme serve para trazer reflexões sobre a sociedade da época, e o alvo da crítica aqui é o egoísmo humano e a paranoia.

Contendo um elenco espetacular, com Donald Sutherland, Veronica Cartwright, Jeff Goldblum e Leonard Nimoy (sim, o icônico Spock de Star Trek), o longa não apenas conseguiu superar seu original, mas também trouxe uma trama altamente impactante e aterrorizante, já que nada é mais digno de medo que ver as pessoas ao seu redor sendo transformadas em criaturas sem vida e maliciosas.

Inspirado pelo icônico clássico literário de H. G. Wells, temos aqui o longa mais sombrio e brutal da carreira de Steven Spielberg, deixando de lado qualquer utopia para focar-se em um mundo devastado pela chegada de invasores hostis, prontos para escravizar e conter a humanidade.

Assim como os grandes filmes de ficção científica fazem, a trama começa a partir de um único indivíduo, conforme Ray Ferrier (interpretado por Tom Cruise) se vê tentando salvar sua família e amigos no meio do pandemônio, e é nisso que vemos um dos filmes mais viscerais de todo o "gênero". Curiosamente, o filme também é uma grande resposta aos ataques do 11 de setembro, mesmo tendo sido lançado cerca de quatro anos após o evento.

Você provavelmente já deve ter ouvido falar do remake de 2008, protagonizado por Keanu Reeves. Se esse for o caso, esqueça e conheça o filme original, lançado no ano de 1951. Em vez de apresentar uma invasão em larga escala, a trama se baseia na promessa e na ameaça, conforme uma nave alienígena chega ao planeta, e seu piloto logo é baleado em meio à população histérica.

A partir daí, vemos como Klaatu pretendia vir em paz, apenas para entregar um dispositivo que permitia o estudo de vida em outros planetas. Mas o furor causado pelo alienígena é grande, e sua vida passa a correr risco, ao mesmo tempo em que o planeta se afunda no terror do desconhecido. Além disso, é uma grande mensagem anti-guerra - o que deve ter causado um grande efeito nos primórdios da Guerra Fria.

Por mais que apenas um alienígena seja mostrado em todo o filme, é a sugestão de que há mais pelo Planeta que deixa O Enigma de Outro Mundo assustador. Remake de um filme clássico - trazido ao Brasil como O Monstro do Ártico -, esse é o primeiro da Trilogia do Apocalipse de John Carpenter, um dos mestres do cinema de horror.

O filme aposta pesado na ideia de horror corporal, criando uma trama onde um alienígena transmorfo invade uma base isolada na Antártica. Porém, quando a equipe residente descobre o que está acontecendo, é tarde demais e a caçada já começou. O filme foi um dos primeiros a colocar o nome de Kurt Russell no mapa, e é celebrado até hoje (apesar de já ter um remake mais recente e não tão bom quanto).

Escrito e dirigido por Steven Spielberg, e co-estrelado pelo cineasta francês François Truffaut, o longa de 1977 é um prato cheio para os entusiastas da ufologia, o estudo de alienígenas e objetos voadores não-identificados, já que seguimos uma dupla de cientistas que logo descobre a presença de um OVNI.

A trama então continua, abordando abduções e a intensa tentativa dos visitantes em contactar o povo da Terra. Felizmente, trazemos aqui uma "invasão" pacífica, e que em seu cerne, carrega uma história sobre o medo do desconhecido e a importância da diplomacia.

Na época em que M. Night Shyamalan estava em seu auge, logo após O Sexto Sentido, o controverso cineasta produziu um dos melhores filmes de invasão alienígena de todos os tempos, com Sinais. O longa, protagonizado por Mel Gibson e Joaquin Phoenix, levava a assinatura do diretor ao trazer uma história pessoal como recorte para algo muito maior.

Lidando com questões referentes a religião, o filme fala sobre um ex-Reverendo tentando se adaptar a uma nova realidade após a morte de sua esposa. Porém, tudo começa a ganhar proporções assustadoras quando sua plantação é marcada e o mundo passa a receber estranhos sinais de presença alienígena. A partir daqui, ele precisa reconectar-se com sua fé para salvar sua família.

Em primeiro lugar da lista, temos um dos filmes mais imponentes e geniais dos últimos anos: A Chegada, dirigido pelo aclamado diretor Denis Villeneuve. O filme traz um twist na ideia de presença alienígena, explorando uma vertente muito mais otimista na qual os extra-terrestres vêm em paz ao nosso planeta.

O longa possui uma reviravolta genial, e trabalha muito bem os conceitos de tempo e de linguagem como uma forma de aproximar civilizações. Além disso, é um dos sci-fi mais reflexivos dos últimos anos, nos colocando para questionar de fato a existência de vida em outros mundos. Destaque também para o design dos alienígenas e a incrível interpretação de Amy Adams.