Os 10 filmes mais decepcionantes de 2016!

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Os 10 filmes mais decepcionantes de 2016!

Por Márcio Jangarélli

2016 também foi um poço de decepção e amargura para a cultura pop. Saímos para 2017 com cicatrizes e desconfiança do que está por vir. Quais são as causas disso? Aqui estão os 10 filmes mais decepcionantes de 2016! Primeiro falemos sobre o cinema, a TV fica para depois. É muita tristeza e rancor para uma lista só.

Obs: Esses não são os piores filmes do ano. São apenas os mais decepcionantes. Várias das produções listadas são boas, só não atingiram todo seu potencial.

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Independence Day: O Ressurgimento

Quem aí lembrava que o clássico de sábados à tarde, Independence Day, tinha ganhado uma sequência em Junho desse ano? Pois é. A melhor crítica que você pode ler sobre o filme será que ele é "uma versão vazia do original, de 1996".

E olha que o longa contava com uma premissa bem interessante, com um contra-ataque humano aos alienígenas que explodiram, de forma tão icônica, a Casa Branca. Não que o primeiro seja um primor – é exatamente um filme de sábado à tarde. Mas ele era carismático. Talvez seja a falta do Will Smith ou o novo elenco não transmita todo o charme do original. Pelo menos lembramos do original.

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Zoolander 2

Outro clássico que ganhou sequência e ninguém deu a mínima: Zoolander. O filme não é tão aclamado como Independence Day, mas fez um sucesso considerável, principalmente em sua versão física. O mesmo não pode ser dito do segundo longa.

É triste, mas, nesse caso, talvez a produção tenha perdido o timing de ser feita. Ela é datada. Realmente dá para sentir que demorou mais de uma década para a sequência sair. Mesmo com um ótimo elenco, é um apanhado de piadas recicladas, aparições especiais e momentos ridículos. Não é à toa que ninguém deu muita bola.

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Festa da Salsicha

É difícil admitir que críamos expectativas para um filme com uma premissa tão bizarra. No fim, ele não foi “esse salsichão todo”. Festa da Salsicha, a animação para maiores de 18 anos onde os alimentos ganham vida – e toda conotação sexual possível – poderia sim ter sido algo divertido e um sucesso.

Porém, o resultado é forçado, o humor é mais chocante que engraçado e várias das melhores ideias do filme são soterradas pelas polêmicas e deslizes da produção. Poderia render um hot-dog completo. Ficamos com o simples e sem molho.

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Batman: A Piada Mortal

Outra animação triste de comentar sobre. A Piada Mortal não é – nem de longe – a melhor história do Batman. Porém, é uma das clássicas, icônicas e para adultos.

Vindo de uma série de animações bem recebidas, a DC apostou em levar a trama para as telas nesse formato. No entanto, o projeto contava com um problema: a história não tem tanto material assim para se encaixar no tempo de um filme. Assim, a produção resolveu andar por caminhos diferentes, prometendo explorar mais da Batgirl.

O final disso é um filme fraco e, talvez, o pior da DC dos últimos anos. É possível notar que a história foi estendida, as direções criativas não foram boas e a Batgirl teve um romance com o Batman. De todas as decisões que a produção poderia tomar, eles escolheram entre as piores para jogar em tela.

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Jason Bourne

Mais ressurreições. Pensando bem, Jason Bourne poderia ter dado muito certo. Você tem a volta de Matt Damon para o papel em toda sua glória, o diretor do segundo e terceiro filmes da franquia retornando e várias outras sagas nerds famosas foram bem recebidas em seus novos filmes nos últimos tempos. Enfim, o resultado não foi uma explosão, mas não foi tão ruim.

Infelizmente, o sentimento do filme é de “desnecessário”. Temos o Bourne de Damon, temos boas cenas e sequências bem bacanas, mas a narrativa diz pouco sobre o herói – que dá nome ao longa – e isso tudo vira apenas mais uma produção preguiçosa para fazer dinheiro.

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Truque de Mestre 2

Polêmica aqui, mas Truque de Mestre 2 não é tão mágico quanto o primeiro filme. E não podemos dizer que eles não tentaram, afinal, o elenco escalou Daniel Radcliffepara quem não lembra, ele era o Harry Potter.

É uma produção ainda mais megalomaníaca que a primeira que, no lugar de se ater a responder às perguntas gritantes deixadas pelo final de Truque de Mestre, resolve ir além e apresentar ainda mais questões sem uma resposta decente. Obviamente, teremos um terceiro, mas, dessa vez, podemos nos preparar. Pelo menos, é uma aventura divertida.

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Warcraft

Mais polêmica. Depois de muita espera, finalmente a franquia Warcraft, da Blizzard, chegou aos cinemas em 2016, prometendo revolucionar o sub-gênero de filmes de games. Não foi o caso. A crítica não aceitou muito bem o longa e as salas de cinema não lotaram o quanto as produtoras gostariam. Mas e aí, Warcraft é ruim?

Não. Principalmente se você for fã. Os efeitos – deixando de lado todo o exagero de expectativas criado pela promoção do filme e alguns deslizes – são bem bacanas e fiéis à origem; cenários, atuações, produção, tudo digno de um bom blockbuster.

O problema aqui é outro. Foi o filme não se atentar a si mesmo e pensar muito além, já planejando toda uma franquia, deixando coisas que o público não familiarizado com esse universo não vai entender. Várias pontas foram abertas para serem respondidas depois. Tudo isso foi minando o longa pelo caminho, não fazendo algo ruim, apenas médio. E médio, aqui, não é o bastante, quando existe todo um preconceito já corrente sobre esse tipo de projeto.

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X-Men: Apocalipse

Finalmente chegamos aos heróis. Quando se para e analisa, 2016 foi um ano bem chato no mundo dos filmes super-heroicos. Com dois longas muito bem feitos antecedendo – incluindo plot com viagem no tempo, o que é uma loucura ter saído direitoX-Men: Apocalipse tinha o cargo de fugir da maldição do terceiro filme. Não conseguiu.

Na verdade, Apocalipse é bem divertido, mas, olhando todo o contexto, é broxante. De novo, poderia ter sido muito mais e foi apenas mediano. O filme não entrega nada digno de 'Dias de Um Futuro Esquecido' ou 'Primeira Classe', que possuem narrativas muito mais difíceis de serem adaptadas.

Existem acertos, claro. A nova turma de mutantes, principalmente com a Jean, o Scott e o Kurt, são ótimos e trazem aquele espírito que muitos fãs gostariam de ver mais. O próprio Apocalipse não é tão ruim assim. Mas a produção comete deslizes bobos, erros que, com tanto tempo de estrada, não devia cometer mais. Os X-Men estão nos cinemas desde o começo dos anos 2000; são quase 20 anos e vários dos mesmos erros continuam reaparecendo.

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Batman vs Superman

Não podemos dizer que Batman vs Superman não fez sucesso, afinal, deve ser o filme mais famoso do ano. O tão aguardado embate entre os heróis, prometido e reafirmado por muito tempo por toda a produção do longa, foi um grande coito interrompido. Não entendam mal. É sim um bom filme. Tem seus erros, mas é bom.

Porém, prometeu muito mais do que cumpriu e foi ambicioso demais para uma fase em que a DC deveria ter sido mais cautelosa. É o início de um Universo Cinematográfico, é hora de jogar de forma segura e não apenas se apoiar no nome dos dois heróis.

Não é grande demais para mentes pequenas. É ambicioso demais, pesado demais – para um filme de super-herói que deve suportar um universo nas costas – e se leva a sério demais. Não foi de todo mal, apresentou um bom Batman e uma ótima Mulher-Maravilha. Mas, para esses heróis, precisava ter sido mais; Honrar o legado de quase 80 anos dessa trindade.

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Esquadrão Suicida

Analisando o ano como um todo, os filmes da DC foram, no mínimo, populares, quando os personagens mais famosos da editora entre o grande público, no momento, são a Arlequina e o Coringa.

Esquadrão Suicida se apresentou, pela primeira vez, obscuro, peculiar, interessante. Aí, em sua segunda abordagem, todos esqueceram a apresentação e se focaram no que parecia ser o “Guardiões da Galáxia de 2016”.

Esquadrão teria dado certo – no sentido de qualidade, afinal, no lucrativo funcionou – se tivesse seguido apenas um caminho, não vários. O longa é dividido em três partes extremamente delimitadas. É possível enxergar as diferentes escolhas que a direção tomou e as mudanças que foram feitas ao longo do filme.

De longe é o mais decepcionante de 2016, quando se pensa em todo o potencial que o projeto tinha. O extrato final é com alguns personagens bons, que devem ser explorados no futuro, rios de dinheiro e cosplays para a próxima década.