Durante o arco da Ilha dos Homens-Peixe podemos ver os comentários sobre Eiichiro Oda, sobre racismo, principalmente contra os homens peixes. O tema é evidenciado quando os heróis conhecem a história do local, principalmente com a tentativa de Otohime de unir os humanos e os Homens-Peixe.

Após a morte de Fisher Tiger, que foi baleado pela marinha, depois de viver anos como escravos, seus piratas, chamado de Piratas do Sol, atacaram Mjosgard, um nobre do governo. Otohime chega para salvá-lo, deixando o grupo de homens-peixes chocados. Ela cura o nobre e consegue acalmar os piratas.

Algumas semanas depois Mjosgard está curado e Otohime decide acompanhá-lo para tentar formar uma paz entre os homens-peixes e humanos. Após uma semana, ela retorna dizendo que conseguiu um tratado, mas enquanto estava coletando assinaturas, seus papéis pegam fogo e ela é baleada. Com ninguém disposta a ajudá-la, já que ela não era humana, a garota é morta e isso amplifica ainda mais o rancor dos Homens-peixe contra os humanos.

Esse talvez seja um dos pontos mais trabalhados ao longo de One Piece. Logo no início da obra, descobrimos os Poneglyphs, grandes pedras indestrutíveis que contém um pedaço de um século de história que foi perdido, e foi proibido pelo Governo Mundial por ser lido.

Nico Robin, uma das integrantes dos Chapéus de Palha, é uma das poucas no mundo que conseguem ler os objetos e teve sua vila inteira dizimada, só porque alguns arqueólogos buscavam entender essa história.

Algum tempo depois no anime descobrimos que durante esse século, existia um reino próspero e poderoso, que foi completamente destruído pelos 19 reinos que eventualmente fundaram o Governo Mundial. Esse mesmo governo utiliza seu poder e influência para impedir que o povo descubra o passado, controlando completamente a narrativa deste mundo.

One Piece, apesar de focar muito na jornada de Luffy e seus amigos ao redor do mundo, mas geralmente ao fim de grandes sagas, separa um tempinho para mostrar o estado do mundo após um grande evento, ou o início de algum. Entre essas aconteceu o Reverie, uma grande reunião entre os principais reinos do mundo e o Governo Mundial, que acontece a cada 4 anos.

Lá podemos ver um pouco mais da construção desse mundo e também da relação entre esses países, mostrando a diplomacia entre eles. Essa reunião se assemelha muito a eventos da nova vida, como o G5, uma organização formada por Brasil, México, Índia, África do Sul e China, com o objetivo de promover o diálogo entre os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos.

Um ponto que foi muito importante durante o arco de Wano, é como a pobreza, principalmente a gerada por pessoas em escalões altos de poder afetam seus povos e reduzem a chance de uma represália ou revolução. Em Wano, enquanto o Shogun Kozuki Momonosuke ou até mesmo Kaido com banquetes e outras mordomias, seu povo não tinha o que comer e às vezes mal tinha água para beber.

Luffy ao chegar no local e descobrir o estado daquele país não pode ficar sem fazer nada e um dos momentos mais marcantes foi ele dizendo a Otama que ela jamais passaria fome de novo. Então o protagonista lutou contra toda a tirania de Kaido para que aquele povo pudesse viver de forma decente novamente, sem precisar passar fome ou necessidade.

Apesar da Marinha e o Governo Mundial serem considerados o lado certo da história dentro do mundo de One Piece, lutando contra os terríveis piratas que atormentam a vida dos cidadãos comuns, constantemente é mostrado como a organização está constantemente causando coisas mais terríveis que a maioria dos piratas; e como eles utilizam de sua influência e poder para benefício próprio.

Logo nos primeiros episódios de One Piece conhecemos Morgan, um capitão da Marinha que dominava com punhos de ferro Shells Town e qualquer um que ousasse discordar de suas ações. Um outro exemplo é o Governo Mundial usando toda a sua força para apagar do mapa Ohara, onde havia alguns arqueólogos explorando o século perdido. Com o Buster Call eles exterminaram o local e com isso todos os seus habitantes, mesmo quem não tinha nada a ver com o assunto.