Por pouco essa não foi Luffy vs Arlong, mas o confronto entre o capitão dos Chapéu de Palha e seu primeiro Shichibukai - de uma lista considerável de embates com o grupo - colocou, pela primeira vez, o Luffy no limite e o fez sentir o peso real dos piratas da Grand Line.

Na verdade, o Luffy enfrenta o Crocodile três vezes. Na primeira, ele é derrotado e quase morto pelo vilão; Na segunda, já conhecendo a fraqueza de líquidos do personagem, ele se sai bem, mas o Croco-boy consegue jogar o rival pra longe e escapar.

É na terceira e última vez que tudo fica épico. Nas catacumbas de Alabasta, os dois finalmente lutam com tudo de si. Luffy é envenenado, perfurado várias vezes e usa o próprio sangue para conseguir atingir o rival. Tudo termina com um Gomu Gomu Storm que, literalmente, abre um buraco no chão da capital de Alabasta e joga um Crocodile derrotado para os céus da cidade. Épico é pouco.

Ainda que seja uma luta cômica em vários momentos por conta do visual do Kaku e sua Akuma no Mi da Girafa - e por conta do Usopp participar de boa parte do embate - a batalha do Zoro em Enies Lobby é de arrepiar. Essa é a segunda vez que o espadachim é colocado em cheque em uma batalha - se não contarmos o Mihawk - e precisa quase ir além da própria morte para vencer ajudar o bando.

O que torna essa luta desafiadora é a resistência absurda do haki (na época conhecido como Tekkai) do Kaku e as diversas formas que ele cria durante o embate para usar seu novo corpo de girafa INTEIRO como arma. Mesmo sem a Akuma no Mi, ele já era um inimigo formidável - a fruta, naquele momento, só aumentou sua resistência e alcance. Quem sabe como ele está agora, né?

A batalha termina de forma épica, quando Zoro desperta sua habilidade mais badass, liberando uma aura de Asura - uma classificação de divindade do budismo e hinduísmo ligada ao mal e à destruição - revelando três faces e seis braços, finalizando de vez o Kaku com nove cortes de uma vez só.

Talvez um dos momentos mais épicos de toda a história de One Piece esteja na Guerra dos Melhores, quando o Barba Branca mostra o porquê de ser uma lenda temida por todos os mares do mundo. Durante a guerra, vemos ele usar seu poder da Gura Gura no Mi das formas mais insanas possíveis, mas é quando ele direciona sua destruição para alguém em específico que a coisa muda de nível.

Depois de matar o Ace, Akainu parte para cima do Luffy - que está incapacitado depois de entrar em uma tipo de surto. É então que o Barba Branca surge atrás do Almirante e, se teve um momento onde um anime ou desenho conseguiu passar claramente o tamanho do medo de um personagem para o público, foi esse.

Não sei nem se dá pra chamar de “luta”, porque é uma grande sequência do Barba Branca surrando o Sakazuki como se ele fosse um boneco de pano. Pelo menos eles tiveram alguns rounds antes dessa finalização. O almirante só escapa com vida porque ele cai em uma das rachaduras na ilha que os golpes do pirata criaram e porque novos inimigos surgem para roubar a atenção do Barba Branca.

Essa batalha foi prometida muito, muito antes sequer da saga onde ela acontece começar. Doflamingo é esse vilão que vem assombrando One Piece quase que desde o início da Grand Line, mas o que o autor tinha guardado pra ele fez esse tempo valer à pena.

Luffy vs Doflamingo tem uma aura tão épica quanto Luffy vs Crocodile. É um novo Shichibukai tirano, escravizando uma ilha, que precisa ser derrubado - e não víamos a hora disso acontecer. Essa batalha, inclusive, apresentou VÁRIAS técnicas novas no combate do Luffy e ainda plantou sementes para um novo power up no futuro.

Lutando contra uma Paramecia desperta, Luffy teve de enfrentar literalmente a estrutura da cidade controlada pelo Doflamingo. Se isso não fosse o suficiente, o ex-Shichibukai era um dos personagens mais poderosos de One Piece até aquele momento, com uma força, velocidade e habilidades insanas.

Mas ele subestimou o Chapéu de Palha e quando o Gear 4 foi ativado, o vencedor da luta já estava escrito. Ao contrário do que acontece com o Crocodile, Luffy - que agora voa - lança o Shichibukai celestial dos céus para as ruas de Dressrosa, finalizando a batalha de forma poética.

Quando a saga da Ilha Whole Cake começou, o Katakuri foi uma surpresa pra muita gente. O filho mais poderoso da Big Mom - desculpa, Peros - Katakuri já mostra que algo incrível está por vir direto no visual badass.

Katakuri é o usuário da Fruta do Mochi e seu poder é MUITO parecido com o do Luffy, assim, não é necessário "apenas" poder para derrotá-lo, mas técnica.

A batalha completa é a mais variada em estratégias, técnicas e coreografias que já vimos com o Luffy, quando ele precisa aprimorar seus poderes ao mesmo tempo que os usa ao máximo para derrotar um inimigo tão formidável.

E convenhamos: por puro orgulho - e por ter se divertido na batalha - o Katakuri meio que deixa o Luffy ganhar quando se auto-perfura para igualar um golpe injusto que o oponente levou. Quem sabe um rematch no futuro não seja interessante?

Antes de sua luta contra o Kaku, a primeira vez em que o Zoro teve de ultrapassar o seu limite foi em Alabasta, enfrentando o Mr. 1 da Baroque Works, Daz Bones.

Nessa época, o espadachim ainda não tinha alcançado a habilidade de cortar aço. Acontece que o Daz Bones, por conta da sua Akuma no Mi do Corte, pode transformar seu corpo todo em lâminas de aço, impedindo qualquer ataque de espada.

Foi uma batalha árdua, mas incrível pela determinação do Zoro, mesmo beirando a morte. Tão incrível que gera uma espécie de admiração no próprio adversário. A luta termina quando, se agarrando ao último fio de vida, Zoro finalmente escuta a “voz de todas as coisas” e entende como cortar o rival. É aí que surge o Ittoryu Iai: ShiShi SonSon, a Canção do Leão, uma das técnicas mais fodas do espadachim.

Talvez o número um na lista de muitos fãs, Luffy vs Rob Lucci realmente faz por merecer um dos primeiros lugares entre as maiores lutas de One Piece. É o ápice da saga Enies Lobby, quando temos a satisfação de ver o Rob Lucci, um dos vilões mais odiosos do anime até então, finalmente ser confrontado pelo protagonista.

Depois de mostrar um pouco das suas novas habilidades com o Blueno, é contra o Lucci que o Luffy realmente apresenta o Gear 2 e o Gear 3 - resultados da luta quase mortal contra o Crocodile. É a primeira grande evolução do Luffy e ele dando tudo de si não só para vencer uma batalha e escapar com vida de um forte da Marinha, mas para vingar tudo o que a CP9 fez com uma nakama, Nico Robin.

Extremamente bem coreografada, com doses de humor e um final épico, não é à toa que essa tenha ganho o coração de tantos fãs assim.

Mas estamos falando de batalhas, não exatamente de vitórias. Acompanhamos uma crescente dos Chapéu de Palha, parecia que nada poderia parar a tripulação e o One Piece estava no papo, mas… aí chegou o Arquipélago de Sabaody e a grande derrota do bando.

Em Sabaody, Luffy soca um Tenryuubito - um dos melhores momentos do anime - e atrai toda atenção do Governo Mundial e da Marinha para si. É então que o arquipélago é invadido por Pacifistas e o Almirante Kizaru é enviado para exterminar a tripulação de vez.

Essa luta é a mais desesperadora de todo o anime. O máximo do máximo de cada um dos nove tripulantes não é o suficiente nem mesmo quando o Rayleigh surge para ajudá-los. Eles só escapam porque Bartholomew Kuma tinha seus próprios planos para o bando, mas, sem isso, estariam todos mortos ou presos em Impel Down.

Ainda assim, é uma batalha realmente incrível e emocionante, mesmo com o resultado crítico. Vemos os Chapéu de Palha ultrapassando seu limite para tentar sobreviver, mas isso não sendo o bastante.

Falamos bastante do Zoro, mas o Sanji teve sua própria grande batalha durante Enies Lobby. Essa quase perdeu para Sanji vs Bon Clay, mas é contra o Jabura que ele demonstra seu maior crescimento no anime até então.

Enquanto o Zoro cuidava do Kaku, Sanji ficou encarregado de outro membro da CP9: Jabura, que comeu a Fruta do Lobo. Depois de Alabasta, todos os Chapéu de Palha precisaram melhorar seu jogo, afinal, aquele foi o primeiro embate com um poder tão grande - e era só o começo da Grand Line. Bon Clay foi um adversário formidável para o Sanji e fez com que o cozinheiro criasse sua nova técnica, especialmente para assar um lobo: Diable Jambe.

Não dá pra dizer que foi mais impactante que as lutas contra o Lucci e o Kaku, mas chegou quase lá. Sanji acendendo sua perna pela primeira vez para flambar um inimigo é um dos momentos mais legais do personagem até hoje e merece seu lugar aqui.

Para fechar, todos os Chapéu de Palha vs o maior inimigo que já enfrentaram até hoje - se bem que temos que compará-lo depois com o Pika e o Kaido para ver se o título ainda se mantém - Oars!

Oars é o zumbi gigantesco, com a sombra do Luffy, controlado (até certo ponto) pelo Gecko Moria. Um inimigo difícil de se derrotar sozinho até na situação atual dos heróis. Para a batalha final, foi necessário o Luffy absorver MUITAS sombras e se transformar no Nightmare Luffy, a forma mais absurda do personagem até então - ele sabia até usar espada! - além de todos os Chapéu de Palha terem de trabalhar em equipe pela primeira vez para derrotar um único inimigo.

Essa formação é raríssima de acontecer, com todos os membros do bando lutando juntos - de memória, lembro de Sabaody, Ilha dos Homens-Peixe e só - e é algo legal demais. Ver como eles trabalham em equipe, tentando harmonizar suas habilidades para derrubar algo tão grandioso, é realmente foda e devia ser explorado mais vezes (para felicidade dos fãs, poxa).